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segunda-feira, 28 de maio de 2018


REALIDADE UNIVERSAL

O Universo apresenta fenómenos de actividades da Divindade nos diversos níveis de realidade cósmica, de significados da Mente e de valores do Espírito.

A Divindade é personalizável como DEUS de forma tão complexa que o nível evolutivo do ser humano ainda não tem capacidade para compreender na totalidade. Simplisticamente, a Divindade é a qualidade unificadora de tudo o que existe no Universo dos universos. É UMA FUNÇÃO.

O nível finito da realidade caracteriza-se pela vida da criatura nas limitações do tempo e do espaço. Estas realidades finitas podem não ter fim, mas têm sempre um começo, porque elas são criadas. O outro nível de realidade, o nível absoluto, não tem começo nem fim, é por fora do Espaço e do Tempo. No Paraíso, por exemplo o status tempo/espaço é absoluto. O Tempo e o Espaço não existem.

Aí a Divindade (função conhecida como Deus) existe por meio da Trindade, ou seja: A Divindade pode ser existencial, como no Filho Eterno, experiencial como no Ser Supremo, o Pai, e indivisa como na Trindade do Paraíso.

Complicado de mais para o nível evolutivo em que nos encontramos!!!

Como em tudo, a Divindade nos seus vários aspectos (percepcionados pelo ser criado) apresenta-se em várias fases de perfeição, de acordo com a capacidade do ser humano conceber a perfeição e formas de relatividade. Por isso são conhecidos, no Livro de Urântia, sete tipos concebíveis para o homem.

1 -
A Perfeição Absoluta em todos os aspectos.
2 -
A Perfeição Absoluta em algumas fases e a Perfeição Relativa em todos os outros aspectos.
3 -
Os aspectos absolutos, relativos e imperfeitos, em combinações variadas.
4 -
A Perfeição Absoluta em alguns aspectos e a imperfeição em todos os outros.
5 -
A Perfeição Absoluta em nenhuma direcção e a imperfeição relativa em todas as manifestações.
6 -
A Perfeição Absoluta em nenhuma fase, uma perfeição relativa em algumas fases e a imperfeição em outras.
7 -
A perfeição em nenhum atributo e a imperfeição em todos eles.

 
Por isto, todo o conceito de Deus variou sempre conforme o desenvolvimento das culturas e a percepção cada vez maior do mundo espiritual. Daí advém as disparidades do Deus do Velho Testamento, cujo grau de perfeição varia de livro para livro, conforme a percepção dos humanos na altura, que umas vezes O revela como amoroso e outras vezes ciumento e vingativo e desejoso de sacrifícios de sangue.

Jesus veio então revelar o Pai, o Deus amoroso, no Novo Testamento, que ama e considera TODOS os humanos como filhos (e não apenas aquela tribo obscura que fundiu a sua história secular com a história religiosa humana e se considerava como os únicos filhos e o "Povo escolhido"). Essa condição de filho depende do livre arbítrio, de que dotou o Homem, de "escolher" se aceita, ou não, essa condição.

O Homem foi dotado do livre arbítrio e consequentemente Deus nunca interferirá nas suas escolhas. O Homem tem liberdade total e tudo o que acontece na Terra é consequência do seu comportamento e da sua aceitação ou não aceitação dos Mandamentos (leis do Reino de Deus).

Individualmente, o ser humano que aceita a paternidade de Deus e age conforme as suas Leis, beneficia sempre da protecção dos seus Anjos. Motivo porque nos textos sagrados se fala dos "filhos de Deus" e dos "filhos do Homem". Ou seja, os filhos do Homem são aqueles que optaram pelas Leis materiais e pela vivência desregrada do mundo material tão influenciado pelo astral inferior, ou mundo das trevas, o submundo povoado pelos demónios e toda a gama de seres maléficos que nunca poderão ascender aos Céus e vivem à custa dos sentimentos humanos.

Individualmente, os filhos de Deus pedem auxílio em momentos de aflição e pela oração, e pela fé, terão sempre resposta. A compreensão da resposta depende sempre do grau de espiritualização do indivíduo e sua capacidade em "ouvir" o seu espírito interior. Muitos "milagres" acontecem e nem damos por eles. Em casos mais radicais, catástrofes, (se observarem bem), descobrirão que a sua maior incidência é sobre povos não cristãos.

O caso do Haiti, por exemplo, no meio de tantos outros, revela-nos um desses "milagres" que não são coincidência.

O Haiti está localizado numa ilha e faz fronteira com a Republica Dominicana. A Republica Dominicana é fortemente Cristã e o Haiti, por Lei, passou a considerar o Vodu (práticas de bruxaria) como religião oficial do Estado. No mesmo momento, da aplicação desta Lei, dá-se o forte terramoto que destruiu praticamente tudo, e o mais estranho é que na vizinha Republica Dominicana não houve tremores directos tão arrasadores.

Coincidência? Não, não acredito em coincidências. E para este caso, uma ilha dividida a meio, é muito estranho todo o tremor destrutivo se ter dado apenas num lado e não ter passado a fronteira. O mais lógico seria destruir toda a ilha.

Todo o Salmo 91 deve ser lido com frequência para surtir efeito sobre a vida individual. Vejamos apenas o versículo 7: "Podem cair mil a teu lado e dez mil à tua direita, a ti nada te atingirá".

Quem interfere na História humana (no colectivo) é o Diabo (um dos nomes desse Anjo superior caído), por intermédio dos seus demónios e pelo poder que lhe resta, o dos ares, que unicamente serve para sugerir, influenciar e nunca ordenar ou obrigar, porque o Poder na Terra foi dado ao Homem.

Deus será então (entre muitos outros nomes atribuídos) a palavra/símbolo que designa TODAS as personalizações da Divindade (Ente Divino, Ser Supremo, o Criador, o Arquitecto do Universo, o Grande Foco, etc) que requere sempre definições diferentes para cada nível pessoal de função e ainda será, futuramente, redefinido dentro de cada um desses níveis para designar as personalizações diversas. O termo DEUS denota sempre personalidade. Divindade pode referir-se, ou não, às suas personalidades.

Para mim, dentro do que compreendi do estudo da Bíblia Sagrada, do Curso de Filosofia Rosacruz, ou Cristianismo científico, e da leitura do Livro de Urântia (Que abarca praticamente o melhor registado por todas as Filosofias conhecidas que, provavelmente, beberam dos ensinamentos perdidos de Maquiventa/melquizedeque que enviou missionários por todo o mundo, o que me facilita muito a exposição do tema, visto o principal já estar escrito) a palavra DEUS é usada com os seguintes significados: (Reparem nas definições diferentes para cada nível pessoal de função)

1 -
Deus, o Pai – Criador. O Pai Universal, a primeira pessoa da Divindade (Jesus é que nos deu a conhecer o Pai).
2 -
Deus, o Filho – O executor da Criação. O controlador do Espírito e administrador espiritual. A segunda pessoa da Divindade. (Jesus, na personalidade Filho, deixou o Espírito Santo na Terra).
3 -
Deus, o Espírito Santo – O integrador universal e outorgador da Mente humana. A terceira pessoa da Divindade.
4 -
Deus, o Supremo – O Deus do Tempo e do Espaço, em factualização (aquele que faz ou executa alguma coisa) e em evolução. A Divindade pessoal com quem o ser humano se irá identificar na sua evolução espaço/temporal.
5 -
Deus o Séptuplo – É a personalidade, a Divindade que atua em todos os lugares, no Tempo e no Espaço. Neste nível, no Universo dos universos, as personalidades do Paraíso (todos os seres celestes que não passaram pelo mesmo processo das criaturas mortais e que compõem o corpo administrativo e executivo da hierarquia responsável pelo processo evolutivo das criaturas em ascensão) fazem a sua descensão, no Tempo/Espaço, em associação reciproca com a ascensão, no Espaço e no Tempo, das criaturas evolucionárias.
6 -
Deus, o Último – O Deus em processamento corrente, do supra-Tempo e do Espaço transcendido. O segundo nível experiencial de manifestação da Divindade unificadora.
7 -
Deus, o Absoluto – O Deus que se experiencializa, dos valores supra-pessoais transcendidos e dos significados da Divindade, tornando agora existencial como o Absoluto da Divindade. Este é o terceiro nível da expressão e da expansão da Divindade unificadora.

Quanto ao Paraíso, são todas as formas da realidade: Divindade, personalidade e energia espiritual, mental ou material. Todas estas formas compartilham o Paraíso como o seu lugar de origem, função e destino, com respeito aos valores, aos significados e à existência factual.

Concluindo: As qualidades da realidade Universal estão manifestadas na experiência humana.

1 -
Corpo – O organismo material ou físico do homem. O mecanismo electroquímico vivo da natureza e origem animal.
2 -
Mente – O mecanismo de pensar, perceber e sentir o organismo humano. A experiência total, consciente e inconsciente. A inteligência associada à vida emocional, buscando pelo meio da adoração e da sabedoria alcançar o nível acima, do espírito.
3 -
Espírito – O Espírito divino que reside na mente do homem. Este Espírito imortal é pré-pessoal, não é uma personalidade, se bem que esteja destinado a transformar-se em uma parte da personalidade da criatura mortal, quando da sua sobrevivência.
4 -
Alma – A Alma do homem é uma aquisição experiencial resultante da parceria corpo e espírito. À medida que a criatura mortal escolhe "cumprir a vontade do Pai dos Céus", o Espírito torna-se o pai de uma nova realidade na experiência humana. A substância dessa nova realidade não é nem material nem espiritual – é conhecida como astral. Esta Alma emergente está destinada a sobreviver à morte física e iniciar a ascensão ao Paraíso, passando pelos diversos níveis, ou planos dimensionais, ou pelos diversos Céus.

Personalidade – A personalidade do homem mortal não é Corpo, nem Mente, nem Espírito, nem Alma. A personalidade é a única realidade invariável no meio de uma experiência constantemente mutável da criatura (pelos diversos planos dimensionais, ou Céus). Ela unifica todos os outros factores associados da individualidade. A Personalidade é o único dom que o Pai Universal confere às energias vivas e associadas de matéria, Mente e Espírito e que sobrevive juntamente com a Alma Astral.

Astral – Termo que utilizo para designar o nível que se encontra entre o mundo material e o mundo espiritual. Um nível em que os elos do tecido Astral são espirituais e a sua trama é física. É um mundo que não é espírito nem é físico. Está no meio e tem características dos dois mundos.

(Texto sem adopção às regras do acordo ortográfico de 1990).

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