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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017


A MINHA OPINIÃO SOBRE O MUNDO DE HOJE

Encontrei este texto nos meus Arquivos e como está atual vou partilhá-lo.

 
O sistema em que vivemos é o assassino ambiental e humano perfeito e, contudo, é o sistema que controla o Mundo e a mente das pessoas. Para este sistema sobreviver e aumentar a produção todos os anos, é indispensável que nós violentemos o planeta para conseguir mais e mais recursos e o envenenemos com cada vez mais poluição.
Este é o sistema apoiado por todos os principais movimentos políticos capitalistas do mundo. Esta é a "sabedoria" convencional que está a destruir a Terra. Daí em pensar na evolução negativa, ou involução, da sociedade. Tudo advém do problema das estruturas e mecanismos económicos da ideologia vigente, do poder financeiro e seu capitalismo selvagem.

As novas gerações estão mal-educadas, tanto na formação cívica como na formação académica, onde aprendem que o dinheiro é que conta. Quem não produzir é um peso para a sociedade e há-de cortar nas regalias sociais. Quanto menos educação receberem melhor, menos ambições terão e permanecerão sempre na ignorância a serem explorados por uma elite de Homens ricos que lhes incutem nas mentes que "eles" é que criam os empregos e o trabalhador ficará dependente disso e não do seu esforço no trabalho que na realidade é que permite haver empregos. Se lhes faltarem as máquinas de calcular e computadores nem uma simples conta de subtrair sabem fazer, e muito menos calcular uma raiz quadrada. Basta ir a um estabelecimento comercial e verificar que esses jovens não conseguem fazer um troco de cabeça, tendo de recorrer sempre às máquinas de calcular. Pode haver excepções, mas a regra é esta.

Para mim a geração da informática, podem ser exímios na manipulação de máquinas informáticas, nada sabem e nada têm retido nos seus cérebros. Se houver um "apagão" prolongado, provocado ou por acidente, regressarão à idade da pedra. Eu, observei, na minha vida profissional, no contacto que tive com licenciados, na sua dificuldade em redigir e fazer contas e, até, para projectos estruturais recorrem a cálculos já efectuados por outros (que estão em memória informática) que adaptam às situações presentes. De vez em quando lá vem a notícia de que determinada obra, ainda em construção, ruiu.

Hoje, o "técnico" superior ou médio, aprende a operar com computadores, onde a informação está, mesmo a mais rudimentar (em vez de estar nos seus cérebros), do que efectiva prática profissional sem precisar de recorrer às máquinas. Nem a Tabuada sabem! Hoje não ensinam a Tabuada no ensino básico.
Tudo isto, toda esta nova tecnologia mal aplicada (de auxiliar do homem passou para orientadora do homem), recursos mal aproveitados (consequência da falta de formação efectiva), falta de educação (cívica e académica), contribui para a degradação do homem, para o primitivismo, para os atropelos, para a lei do mais forte, porque se deixam seduzir com muito mais facilidade pelo materialismo e desejo de enriquecer a qualquer custo. Deixa de haver um freio moral, um consciente racional, o amor pelo próximo e a manutenção da Instituição familiar (o núcleo de apoio de qualquer povo) com uma perspectiva de realização e felicidade pessoal completamente distorcida da realidade. Os membros idosos deixam de ser respeitados e passam a ser amontoados em "depósitos" para esperarem pela morte. Até os espectáculos públicos deixaram de ser classificados e as crianças absorvem tudo de mal que apareça e que não deve ser para a sua idade. Já não há filtros nenhuns e como a criança mistura realidade com ficção, acaba por experimentar na vida real aquilo que vê na televisão, cinema ou computador.

Hoje, o sinónimo de realização é conseguir obter dinheiro, boas casas, bons carros e


bens materiais supérfluos, atropelando tudo e todos para os conseguirem.
A ostentação, o mostrar ser superior do vizinho do lado, é uma constante, mesmo que se endividem até a ponta dos cabelos. A nova vida mundana, com novos atractivos, cada vez mais radicais, levando a práticas bizarras por serem diferentes e impressionarem os "outros" levam ao que lemos nas páginas classificadas dos jornais: "relações íntimas, promiscuidade, troca de casais, bruxarias, mesinhas, amarrações" até às notícias do aumento de criminalidade com autênticos requintes de selvajaria, como notícias de importância capital como se não houvesse nada mais importante no mundo. Há subsídios para praticarem o aborto, mas não há para a prevenção e para a natalidade. Não há subsídios para a Cultura. Desmantelam Orquestras sinfónicas e companhias de ballet por falta de dinheiro, mas correm rios de dinheiro para o futebol e estádios a apodrecerem por falta de uso.

Não há respeito pelo semelhante, pelos seres vivos, já não se pode circular pelas ruas em sossego e tranquilidade, mesmo à luz do dia. As residências precisam de gradeamentos e de alarmes anti-roubo, e ainda me querem convencer de que estamos melhor?

Os leques salariais são cada vez mais alargados e já não existe uma classe média como existia. As injustiças são cada vez maiores e a distância entre os ricos e os pobres aumenta cada vez mais. Há trinta anos atrás a repartição de riqueza era mais justa, porque todo aquele espaço vazio de hoje, entre ricos e pobres, era ocupado pelos remediados.
De resto, já não vale a pena falar. Das elites que se colaram aos partidos, aos compadrios e das famílias, onde os privilégios passam de pais para filhos, sobre o olhar complacente do povo explorado que, na sua ignorância, ainda bate palmas e tem esperança de que "esses" indivíduos lhes possam valer, e confiam nos partidos ultrapassados que ainda nos governam, mesmo depois dos grandes escândalos que provocaram a actual crise mundial.
 
E para resolver a crise são esses pobres que terão de contribuir com a fatia maior. Milhares de falências, milhares de desempregados, e esses indivíduos, na maioria desta geração, oriundos das juventudes partidárias e filhos de papás que passaram a pasta, preocuparam-se mais em subsidiar Bancos, que apresentam lucros imensos, e grandes empresas semi-estatais que lhes assegurarão um bom "tacho" quando terminarem aquela comissão de serviço, e não se preocuparam em salvar as pequenas empresas em falência.

Será que estamos melhor?

 
R.

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