INFLUÊNCIA PERNICIOSA DO HOMEM NO CLIMA
Todos falam da influência perniciosa da ação do Homem sobre o planeta e intromissão no ecossistema que desestabilizou o clima do planeta. A “dita” sociedade civilizada, resolveu que não devia obedecer à Natureza mas sim vencê-la, contrariando o desenvolvimento natural do mundo a que pertence. Os estragos são muitos e o Homem, em vez de reconhecer que está errado (pois tem inteligência suficiente para entender isso, não fosse o seu Ego imaturo que não está ao ritmo das pulsações do mundo natural) atira tudo aquilo que não assume, porque não compreende, para o campo místico, para um pecado original e a um castigo dos deuses.
Muitos seres humanos inteligentes já chegaram às conclusões lógicas e chamam a atenção dos senhores do Sistema Científico que apontam sempre para o esgotamento dos recursos naturais, sem reconhecerem que “eles” é que são os causadores desse esgotamento, como que “adormecidos” e na esperança de encontrarem mais e mais recursos para explorar. Não se preocupam, ou não têm a consciência de que a humanidade terá que trilhar um caminho que não divirja dos desígnios naturais porque só assim a Natureza poderá ficar em equilíbrio e harmonia, conseguindo ter tempo para renovar os recursos necessários para todos os seres que habitam o planeta.
O Homem tem de aprofundar mais os seus conhecimentos para encontrar as suas raízes naturais onde se senta, porque não passa de mais um ser (apesar de consciente) que depende do mesmo meio ambiente criando para todos sobreviverem e evoluírem neste mundo material. Embora seja um ser espiritual, pela sua evolução mais avançada, estará sempre sujeito às Leis da Natureza e não deverá tentar, sequer, sobrepor-se a elas. Terá de compreender isso e terá de “desmontar” o atual sistema sócio-cultural, para compreender onde começa e onde acaba a responsabilidade individual, com a intervenção “perturbadora para ele” dos mecanismos naturais.
Vejamos um exemplo altamente desestabilizador da harmonia da Natureza e que muitos danos provoca: Relatório Unidos na Ciência 2022, da Organização Meteorológica Mundial. Cf. Clara Barata, “Crise Climática Leva-nos para Territórios Desconhecidos de Destruição”, in Público, 14 de Setembro de 2022.
É sobre a poluição luminosa que é um aspeto que não tem merecido a devida atenção. A Europa está cada vez mais brilhante durante a noite e Portugal é um dos países com maior índice de poluição luminosa. O uso dos LED apenas agravou a situação, pondo luz onde não existia e ainda mais luz onde ela já existia. A revista Journal of Environmental Management de 2019, citada por Raul Cerveira Lima, Investigador da Universidade de Coimbra, alerta para o facto de Portugal ser o pior país da Europa em poluição luminosa no que respeita ao fluxo luminoso per capita e também em função do PIB. A poluição luminosa é responsável pela diminuição de insetos e também afeta as aves noturnas, os roedores, os morcegos e outra fauna. Nos seres humanos, a poluição luminosa pode estar relacionada com problemas do sono ou depressão. A escassez de insetos associada à poluição luminosa, agravada pelos sucessivos incêndios florestais e pragas agrícolas, pode criar um problema económico assinalável. Da polinização depende cerca de um terço da comida que consumimos e há locais onde a falta de abelhas, borboletas ou libélulas põe em causa a polinização e a floração.
O maior crime: o desmatamento da Amazónia.
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