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sexta-feira, 24 de março de 2023

 

MEMÓRIA CURTA



Até à reação imprevista de Putin em invadir a Ucrânia, os sinais que apontavam para esse caminho eram muitos. E o mais surpreendente é que os líderes da Alemanha e da França até apoiaram os “protestos”, ou “avisos”, de Putin contra as investidas dos Illuminati que pretendiam implantar abertamente a Nova Ordem Mundial.

Os “Senhores do mundo”, com o desmantelamento da URSS e fortalecimento do “bloco ocidental”, acharam que era altura de impor a sua planeada Nova Ordem Mundial, e puseram às claras as suas intenções, subestimando o “outro” bloco de interesses que se estava a organizar para sair da influência do sistema imposto pela alta finança ocidental, e líderes do mundo, que se impuseram enquanto a humanidade permanecia adormecida naquele limbo (Matrix) que eles criaram para a manter escravizada e manipulada.

Com o avanço das novas tecnologias de informação, que começaram a sair do seu controlo, os Illuminati iam perdendo terreno pelo que, como defesa, aceleraram a sua agenda para o domínio completo dos seres humanos que consideravam como o seu rebanho dócil e sem contestatários.

Até que o “porta-voz” das chamadas economias emergentes, que eram marginalizadas pelos “senhores” ocidentais por não serem “puros” e fora do sistema Ocidental, passou às “advertências” sobre a política de mudanças de regime “impostas” pela força do único bloco forte, financeiramente e militarmente, controlado pelos Illuminati.

Os russos, apesar de terem brancos (caucasianos) a dominar o vasto país com mais de 150 etnias diferentes, pelo prestígio que tinham na extinta URSS, encabeçaram (em parte, porque a nação mais forte é a China) essa nova força que começaram a organizar (BRICS), sendo a face mais visível desse novo bloco económico e, possivelmente, militar.


              Imagem: iStock


"O BRICS é um agrupamento económico atualmente composto por cinco países: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Não se trata de um bloco económico ou uma instituição internacional, mas de um mecanismo internacional na forma de um agrupamento informal, ou seja, não registado burocraticamente com estatuto e carta de princípios. Atualmente, são detentores de mais de 21% do PIB mundial, formando o grupo de países que mais crescem no planeta. Além disso, representam 42% da população mundial, 45% da força de trabalho e o maior poder de consumo do mundo. Destacam-se também pela abundância de suas riquezas nacionais e as condições favoráveis que atualmente apresentam para explorá-las." . Condições ideais para se tornarem o contraponto económico, financeiro e militar dos países que têm dominado até aqui.

Em 12 de Abril de 2003, depois das forças coligadas dos EUA e UE terem invadido o Iraque e tomado Bagdade, Putin “advertiu” o presidente Bush para se retirar, “pois não permitiremos (no plural) que invada um país e faça uma “mudança de regime”. Putin falou pela Rússia e pelos presidentes da Alemanha e da França.

No Sify News de 12 de Abril de 2003, vem que o presidente Putin advertiu a coligação ocidental liderada pelos Estados Unidos, a não atacar outros países sob o protesto de promover valores capitalistas e democráticos após ter derrotado o regime ditatorial do Iraque. “Não vamos exportar revoluções capitalistas e democráticas”, disse o líder russo, ao mesmo tempo em que rumores em Washington davam conta que alguns elementos da administração dos EUA pensavam no lançamento de operações militares contra outros países do Médio Oriente.



Se fizermos isso, vamos terminar numa ladeira escorregadia de conflitos militares intermináveis. Não podemos permitir que isso aconteça”. Putin fez estas declarações numa conferência conjunta à imprensa com o chanceler alemão Gerhard Schoeder e o presidente francês Jacques Chirac, depois de manter conversações com eles. Apesar de eles estarem presentes, o porta-voz foi o russo Putin, só podendo significar que a Rússia poderia ser a única superpotência que estaria disposta a enfrentar os Estados Unidos. Digo “só poderia significar ser a única superpotência” sabendo perfeitamente, como sabiam os bons analistas, que o poderio militar russo não tinha nada a ver com o poderio militar da ex-URSS. Putin conseguia convencer os seus opositores da grandiosidade dos seus exércitos, um bleff muito bem montado, que acabou por ser desmascarado nesta última aventura militar em que se meteu quando invadiu a Ucrânia que só serviu para mostrar ao mundo a fraqueza da Federação Russa quanto às forças armadas convencionais. Estão mal comandadas, mal preparadas, mal treinadas, mal equipadas e mal municiadas. Putin julgou, e julga, que a ameaça nuclear convence os possíveis inimigos da sua superioridade, e se submeteriam às suas exigências, só que neste caso da Ucrânia não assustou ninguém, que reagiram ao contrário do que ele supunha.

Os preparativos militares que Putin iniciou eram um forte “aviso” de que a Rússia estava a preparar-se para futuros confrontos militares. E mais vincados eram os avisos porque Putin, na altura, posicionou as unidades navais russas precisamente nas áreas geográficas em que os Estados Unidos planeavam efetuar as próximas “mudanças de regime” por meio de ações militares na região do Golfo Pérsico – Síria, Irão e Arábia Saudita – e na península coreana.

Apesar destes “sinais” os EUA não tomaram ação alguma e os países da União Europeia continuaram a desinvestir nas suas Forças Armadas.

Em suma: Putin deu um puxão de orelhas a George W. Bush (que falou abertamente na Nova Ordem Mundial) e começou a mover-se também para o Médio Oriente. Talvez do modo necessário para um dia marchar contra Israel, no cumprimento de Ezequiel 38-39.



Na DEBKAfile Exclusive Military Report, de 24 de Janeiro de 2005 vem a notícia sobre a “venda de mísseis à Síria, que se encaixa com o sistema secreto de Defesa Aérea para o Irão”. A notícia versava assim: “O presidente russo Vladimir Putin e o presidente sírio Bashar Assad, que chegou a Moscovo na Segunda-feira, 24 de Janeiro, assinarão um acordo de 70 milhões de dólares para a venda de 20 baterias SA-18 Igla-S, montadas sobre veículos blindados leves de transporte de tropas. Um dos mais eficientes mísseis contra aviões de voo em baixa altitude no mercado, o SA-18 é produzido em KBM perto de Moscovo”.



O Igla-S também é eficiente contra alvos pequenos, como aviões não tripulados de reconhecimento, helicópteros e mísseis de cruzeiro. Os especialistas em mísseis informam que quando disparados contra aviões de caça, um Igla-S tem a eficiência de dois mísseis disparados numa única rodada, ou cinco mísseis quando lançados contra um míssil de cruzeiro”.

O objetivo de Moscovo era proteger o seu principal investimento no Centro Nuclear Iraniano em Bushehr, no Golfo Pérsico. Serviu de exemplo o trágico destino do Centro Nuclear de Tamuz construido pelos franceses no Iraque, que foi bombardeado e destruído pela Força Aérea Israelita, vinte e quatro anos atrás.

Quando Putin fez a sua “advertência”, sabia do imenso esforço necessário para construir essas centrais nucleares e centrais para enriquecimento do urânio no Irão. Putin quis proteger o seu investimento e tem sido o dissuasor de ações militares americanas e israelitas para restringir o armamento nuclear no Irão. Esta cooperação russo-iraniana acabou por ser precursora de entendimentos geoestratégicos em outros lugares, como no Afeganistão, Índia, Iraque e no Golfo Pérsico.

De acordo com as informações impressas nos mídea, a Rússia assumiu a responsabilidade de proteger toda a industria nuclear do Irão de cima para baixo, desde a instalação de equipamentos sofisticados até ao planeamento militar e a cooperação operacional contra um ataque americano ou israelita.

Segue-se a proteção da Rússia à Síria, aproveitando a inação de Bush ao não compreender esta mudança geoestratégica noutros locais, em todo o Médio Oriente, preocupando-se apenas na sua nova visão da “guerra contra o terror” e “ataque unilateral” desde os ataques terroristas de 11.9.2001, o que, aliás, a Rússia em grande parte seguiu tacitamente, essas novas doutrinas de Bush para cumprir o seu encontro particular com a História profética como líder designado das forças que marcharão contra Israel no fim dos tempos.

Será aquele afastamento da política norteamericana o início da aguardada incursão russa na política do Médio Oriente?

Logo a seguir ao “guarda-chuva” militar russo sobre o Irão, foi vazada a notícia de um grande contrato para a venda de armamento à Síria, o que preocupou Washington e Jerusalém foi a possibilidade de Assad e Putin se decidirem pelo mesmo sistema de radar 36D6 que Moscovo cedeu ao Irão, um sistema avançado na própria proteção de Moscovo, que pode operar de forma independente como um posto de observação e de deteção aérea, como parte de sistemas de controlo assistidos por computador, ou como elemento num complexo de mísseis guiados antiaéreos, onde ele realiza reconhecimento e identificação de alvos.

Radar 36D6

A Síria ao obter este sistema sofisticado, uma barreira de radares Iraniana-Síria-Libanesa coordenada pela Rússia, daria origem a séries consequências que ultrapassariam o equilíbrio de forças no Médio Oriente. Ou seja: a utilização destes radares 36D6, iriam confinar as operações aéreas americanas no Iraque a um estreito corredor cercado pelos sofisticados radares e sistemas de reconhecimento russos. A sua utilização no norte do Irão perto da fronteira com o Afeganistão iria obstruir qualquer operação aérea americana montada no norte contra o Irão, a partir das bases no Afeganistão, enquanto estes radares na Síria iriam obstruir o ataque americano, ou israelita, contra o Irão a partir do Oeste.

Se os EUA ou Israel não tiverem uma resposta sofisticada para esse escudo de defesa aéreo, sofrerão uma grande perda na sua capacidade de ação em todo o Médio Oriente.

Se, de facto, as forças americanas conseguirem derrotar este sistema russo, Putin saberá que não pode, de futuro, defender Moscovo.

Os Estados Unidos, face a esta realidade, têm feito ameaças vazias desde meados de 2003, sem tomar qualquer ação.

No “The Turkish Press” de 25 de Janeiro de 2005, vem o alerta sobre a restauração dos laços da era soviética entre a Síria e a Rússia. O presidente sírio Basear al-Assad assinou uma declaração com o presidente Vladimir Putin sobre os laços de defesa, nomeadamente armas defensivas de defesa aérea, para evitar que aviões entrem no seu espaço aéreo. Putin prometeu revigorar os laços entre Moscovo e Damasco, um estado-cliente da ex-União Soviética, que tradicionalmente foi sempre um grande comprador de armamento russo. Isto significa que, se Putin procura restaurar os laços de era soviética com a Síria, também deseja restaurar os laços com os estados árabes que eram, no passado, aliados da antiga URSS. E essa “entrada” no Médio Oriente está mais próximo do que muitos pensam.

Os EUA têm apoiado as forças que se opõem a Assad, enquanto que a Federação Russa correu em em auxílio do ditador sírio, numa brutal e sangrenta guerra. E o sistema de defesa aéreo russo já está instalado no Irão, motivo por que o Irão se tem mostrado tão audacioso e seja fornecedor privilegiado dos drones altamente mortíferos à Rússia, sem recear as possíveis consequências.

Os eventos no Médio Oriente movem-se para um conflito total, exatamente como vem profetizado na Bíblia Sagrada.



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