TEMPO PARA ESTUDAR OS FACTOS
Os fenómenos estranhos, que abundam na Terra, suscitam os mais diversos comportamentos nos seres humanos que se reúnem em seitas e religiões de autêntica adoração ao desconhecido, partindo do princípio de que tais eventos serão provocados por alienígenas, ou seres sobrenaturais, que influenciam e controlam a humanidade.
Imagem: Notícias R7
Toda a humanidade se encontra dividida com as interpretações que fazem sobre esses seres superiores e a confusão e contradições são tantas que o resultado é ninguém ter a certeza de nada.
Entretanto a Ciência, com métodos mais objectivos e credíveis, também tenta compreender, e estudar, os factos que vão surgindo misteriosamente.
Vejamos um artigo de Mark Milchiker, biofísico, numa edição de Outubro de 1989 na revista mensal “SPUTNIK” da imprensa soviética (na altura). Como se sabe a ex-União Soviética levava muito a sério a existência de extraterrestres e estudava abertamente todos esses fenómenos insólitos. Este artigo já era uma condensação de um artigo anterior da revista “Priroda I Chelovek”, Tom Mickus, 20.11.89 “É Tempo de Estudar os Factos”.
Um notável cientista do nosso tempo, fundador do mundo da cosmonáutica, emitiu esta chamada de atenção, mostrando claramente o que pensava sobre o possível contacto entre a civilização humana e seres inteligentes de outros mundos.
Terão esses seres visitado o nosso planeta? Manterão contactos com eles actualmente? Esses contactos serão possíveis no futuro?
Estas questões agitam muitas pessoas, principalmente os entusiastas que pesquisam o problema. O professor Tsiolkovsky, de Kaluga, não somente previu a conquista do espaço pela humanidade, mas também, muito antes da era espacial e do enorme crescimento do interesse em “visitantes”, declarou que civilizações extraterrestres podiam existir e fazer contacto com a humanidade. Konstantin Eduardovich Tsiolkovski foi um cientista de foguetes russo e soviético e pioneiro na teoria astronáutica. Junto do francês Robert Esnault-Pelterie, o alemão Hermann Oberth e o americano Robert H. Goddard, ele é considerado como sendo um dos pais fundadores do foguetismo e astronáutica moderna.
Carl Sagan em “Intelligent Life in the Universe” escreveu: “Parece possível que a Terra tenha sido visitada muitas vezes, nos últimos 10.000 anos, por várias civilizações galácticas. Não está fora de questão que as naves destas visitas ainda existam... ou até mesmo que algum tipo de base seja mantida dentro do Sistema Solar para providenciar a continuidade de futuras expedições...”.
Como sabemos,Carl Edward Sagan, nosso contemporâneo, foi um cientista planetário, astrónomo, astro-biólogo, astrofísico, escritor, divulgador científico e activista norte-americano. Sagan é autor de mais de 600 publicações científicas e também de mais de vinte livros de ciência e ficção científica.
Imagem: TR-3B UFO ASTRA – Video Dailymotion
Não se sabe de que narrativa os factos foram colectados pelas “pessoas cujo julgamento era confiável” e que Tsiolkovky tinha em mente. Pela frase em si mesma a sugestão era de que tais factos existiram mesmo nos seus dias. Factos esses que as pessoas colectavam e tentavam analisar há mais de um século. Sabe-se que há vinte anos, grupos de pesquisadores de todo o mundo, colectaram cerca de duzentos e cinquenta mil histórias sobre objectos voadores, contos de fenómenos insólitos e de contactos de humanos com alienígenas referidos como humanoides. Se toda essa colecta foi falsificação ou alucinação, só pode sugerir que o mundo está cheio de lunáticos, pelo que essas histórias devem ser estudadas com o mínimo de rigor e cuidado.
Tsiolkovky escreveu em 1928 na sua obra “O Futuro do Universo, Forças Inteligentes Desconhecidas”: “Uma massa de inexplicáveis fenómenos tem sido registada na História e na Literatura. A maioria deles pode ser, sem dúvida, classificados como alucinações e outras ilusões. Será que isto se aplica em todos os fenómenos? Agora que a possibilidade de viagens interplanetárias foi comprovada, o homem poderia mostrar maior consideração por tal fenómeno 'incompreensível'. Eu acredito que alguns destes fenómenos não são ilusões, mas a prova real da presença de forças do espaço inteligentes e desconhecidas”.
Tsiolkovsky classificou como tais fenómenos, em particular, imagens de uma figura geométrica e um homem que foram observados no céu na Primavera de 1886, e a palavra “chAU”, que foi soletrada em caracteres cirílicos, no horizonte, durante o entardecer de 31 de Maio de 1928. E evidências de possíveis contactos entre humanos e não humanos no passado distante. Então Tsiolkovky observou, ele mesmo, o que é um fenómeno anómalo.
Este fenómeno obscuro existe de facto. Contudo, pesquisadores têm encontrado evidências de possíveis contactos entre humanos e não humanos no passado distante. Nos nossos dias, também, centenas de pessoas têm visto objectos, a que Tom Mickus chamou de ALO (Astra – levitating objects), objectos astro-levitantes ou objectos voadores das estrela, no céu.
Os relatos das testemunhas oculares são bastante numerosos e bem documentados. Um grupo de entusiastas do Ocidente até criou uma organização internacional para coordenar os estudos de UFOs, a ICUFON (Intercontinental UFO Galactic Spacecraft Research and Analitic Network).
Um dos relatos mais recentes de avistamento, veio de Moçambique. Em 11 de Fevereiro de 1988, centenas de pessoas da cidade da Beira testemunharam o voo de um ALO. O objecto apareceu no céu por volta das 15h00 (hora local) a pairar sobre a cidade. Os funcionários de uma estação meteorológica local disseram que o objecto, que parecia um paraquedas, tinha duas luzes poderosas, permaneceu a uma altura aproximada de três quilómetros, podia ser perfeitamente observado através de binóculos. Ele girava continuamente em volta de um eixo. Esse objecto foi observado mais de perto por pilotos e passageiros de um avião da Companhia Aérea Moçambicana (LAM), que descolou do aeroporto da cidade e estava ainda a ganhar altitude. Só três horas mais tarde é que esse objecto brilhante rumou para o Sul. O jornal Izvestia de Moçambique relata o acontecimento na sua edição de 18 de Fevereiro de 1988.
Como podem então os cientistas classificar estes factos? Ou são falsificações muito bem apresentadas ou histórias verdadeiras. Cada um poderá interpretar como quiser, apesar de ser mais simples rir destas histórias.
Durante o primeiro encontro entre Mikhail Gorbachev e Ronald Reagan em Genebra, o presidente dos Estados Unidos disse que, se a Terra fosse ameaçada por uma invasão extraterrestre, os EUA e a União Soviética deveriam combinar os seus esforços para repelir qualquer ataque. O presidente Reagan tinha séries razões para fazer tal declaração. (Acredito que o tal acordo, e depois da implementação do Projecto Guerra das Estrelas, se mantém com a Federação Russa, herdeira da extinta União Soviética, apesar de desacordos na política externa na Terra.)
Possivelmente, os esforços para decifrar a estrutura dos ALO, e sua tecnologia de fabrico, estão a ser feitos nos Estados Unidos, e os americanos trabalham seriamente o problema dos contactos com mensageiros das civilizações extraterrestres. Em 1981, o Dr. Colman S. Von Kevietzky, director da ICUFON, um membro do Instituto Americano de Aeronáutica, Astronáutica e Aeroespaço, e ex-militar, enviou ao presidente Reagan dois pacotes de material com provas da actividade militar dos UFOs, e perguntou se o governo previa uma guerra fatal entre os Estados Unidos e forças galácticas.
Von Kevietzky recebeu uma resposta do Assistente Presidencial para os Negócios de Segurança Nacional no Conselho de Segurança Nacional dos EUA, o major-General Robert L. Schweitzer, dizendo que o presidente estava plenamente consciente da ameaça delineada de modo tão competente no documento de Kevitzky.
Logo depois, o General Schweitzer foi demitido. Na opinião dos pesquisadores dos EUA, com uma desculpa esfarrapada. Parece que a razão real para a demissão foi a admissão indirecta do General do aumento de problemas ligados com contactos com UFOs nos Estados Unidos. Isto custou-lhe o seu posto.
O facto mais curioso foi que antes disto acontecer, a revista “National Enquirer” publicou extratos de declarações de representantes oficiais do Departamento de Estado dos EUA sobre uma possível ameaça apresentada pelos visitantes extraterrestres.
Com o silêncio lançado sobre o assunto, o Dr. Von Kevitzky publicou todas as informações acerca das actividades de UFOs que ele arquivara, num memorando dirigido aos governantes e às pessoas de todos os países. Um comunicado da Imprensa que circulou avisava que a perseguição de UFOs pelas forças militares da Terra podia provocar um ataque global dos Aliens. O memorando dizia que o homem deveria perceber que não era uma entidade isolada a viver num planeta isolado no Universo, em vez de se meter em disputas insanas com todos os seus arsenais nucleares e missões militares secretas dirigidas a uma guerra espacial.
Outro comunicado, emitido pelo ICUFON, juntamente com um designado Comité de Cidadãos Profissionais Planetários, em 1982, dizia que o tempo tinha chegado, para levantar a cortina de segredo que envolvia o problema global com os UFOs. Todos os documentos disponíveis sobre a actividade dos UFOs deveriam ser cedidos às Instituições e indivíduos interessados.
UFO sobre a Turquia – Bk Kent Week
Depois de 15 anos de pesquisas pessoais, em conjunto com especialistas de vários campos, o Dr. Kevitzky estava profundamente convencido da objectividade e autenticidade de muitos dados sobre esses objectos voadores.
Colectou imensas informações sobre locais de presumidas aterragens, relatos de testemunhas, fotografias e dados de várias análises físico-químicas nos lugares das supostas aterragens desses objectos e de contactos de seres da Terra com Aliens, ajudados por detecção biológica e medidas de estruturas tomadas de campos residuais induzidos pelos visitantes no chão e na atmosfera. Foi estabelecido que esses campos permanecem por cerca de sete a nove anos.
O investigador observou que qualquer leitor sensato pode pensar que todas as histórias narradas pelos testemunhos não passam de fantasias e paródias. Mas a surpresa é a abundância de provas desses encontros. Tal profusão de factos, coincidentes em todos os Continentes, só podem levar a acreditar que os terrestres são susceptíveis a uma psicose colectiva, apesar de isso não ser possível pelos pormenores coincidentes de Continente para Continente, ou uma civilização extraterrestre estuda o nosso planeta.
Retornando às visões de Tsiolkovsky, cujos trabalhos ainda são pouco conhecidos, ele, nos seus escritos, afirma que a Vida existe em outros planetas, que o espaço exterior é povoado por seres altamente desenvolvidos. Na sua obra “Ética Científica” escreveu: “Desde que a vida apareceu na Terra, porque não poderia ela ter aparecido em biliões de outros planetas que tinham as mesmas condições do nosso? A presença de vida no Universo é um facto incontestável. Assumir que, fora o Homem, o Universo é sem vida e não povoado porque não podemos vê-la, é uma ilusão total”.
De acordo com Tsiolkovsky, quando a civilização se espalha de uma área do espaço para outra, ela “cria uma larga variedade de seres perfeitos capazes de viver em atmosferas diferentes, em gravidades diferentes, em planetas diferentes, no vácuo ou gás rarafeito, vivendo de comida ou sem comida exclusivamente sob os raios do Sol, seres resistentes ao frio e às abruptas e consideráveis variações de temperatura”. Aliás, há exemplos de criaturas na Terra que se desenvolvem nas águas ferventes de origem vulcânica, seres nas grandes profundezas oceânicas sem um único raio de luz e sob pressões tremendas e seres em lagos subterrâneos por baixo das calotas polares.
Mas surge uma questão, por que os representantes das civilizações falharam (até hoje) em apresentar-se de forma clara à humanidade.
Em 1933, já Tsiolkovsky escreveu numa carta, dirigida a um estudante, de nome A. Yudin, de Tomsk. “Os esforços dos seres elevados em ajudar-nos são uma possibilidade. Nós, (por exemplo), não tentamos convencer os animais de que eles são irracionais. A distância entre nós e os seres perfeitos é dificilmente inferior”.
Mas, se aceitarmos que as pessoas possam encontrar sondas e Aliens, deveríamos pensar em fazer os preparativos para tais contactos. A importância, de tal disposição psicológica vai além dos limites da cosmonáutica em si. Se o Homem conseguir tais contactos, poderia pelo menos silenciar o problema e conversar abertamente sobre ele. A procura por contactos seguros com civilizações extraterrestres deve ir para além das especulações puramente académicas, para abraçar a pesquisa científica e das acções não limitadas à radioastronomia. É preciso envolver vários ramos da Ciência, como natural, engenharia e social. Laboratórios preparados com equipamentos especiais para uma pesquisa objectiva e rigorosa, confirmando e analisando meticulosamente os “contactos”.
O Homem ainda está para estudar todo o Universo, um lugar onde abundam fenómenos desconhecidos e simplesmente obscuros. E ele, por preconceito e obstáculos semeados pelas elites “donas” do sistema que só funciona com o que eles aprovam, ainda vem colocar tapumes entre o possível e o impossível. Impossível não quer dizer improvável.
A história da formação de muitas disciplinas científicas, incluindo a cosmonáutica, mostra que as ideias não ortodoxas não são aceites, logo à partida. A pesquisa dos UFOs está em estado embrionário. Por enquanto, é considerada como um “absurdo” porque “contradiz a Ciência”.
Gastam-se fortunas em projectos que nada trazem para já, para o desenvolvimento da sociedade e do planeta, como a exploração espacial sem ter em conta a existência de seres mais evoluídos que nos poderiam ensinar muito, se todo o nosso esforço fosse orientado nesse sentido. O próprio planeta não é devidamente explorado. Desconhece-se o que existe nas profundezas dos nossos oceanos, no nosso subsolo, apesar de inúmeras pistas deixadas pelos antigos. O nosso espaço é continuamente atravessado por naves desconhecidas, com imensas provas apuradas, e as Nações não procuram explorar rigorosamente o que se passa, pelo menos abertamente, como se já soubessem a verdade e se mantenham prudentemente ao largo por medo ou por já terem estabelecido contactos secretos que não revelam ao público por razões óbvias. Em circunstâncias “normais”, para manutenção de soberania, deveriam, em primeiro lugar, estudar abertamente o que se passa realmente no nosso planeta, principalmente sobre a possível existência de Aliens com bases permanentes espalhadas por todo o lado. Existe muita especulação e um ditado popular diz que “não há fumo sem fogo”.
Fonte principal: Arquivo UFO. Tradução minha para português de Portugal sem respeitar as regras do acordo ortográfico de 1990.