AUTÊNTICOS MUNDOS SOB A CROSTA TERRESTRE
Imagem: Canal Gama
Para
os mais cépticos a matéria que exponho aqui não passa de histórias maravilhosas
e fantásticas que são difíceis de comprovar. Começo por falar da mitologia
antiga, para depois abordar o tema mediante as descobertas arqueológicas e as
informações mais recentes dadas pelos estudiosos ocultistas. Os mais crédulos
também não devem aceitar tudo como verdadeiro porque realmente as opiniões são
muitas e apesar de serem possíveis são, no entanto, improváveis.
Todo
o Conhecimento paira no ar, e depende
de cada um preparar-se para conseguir atingir a evolução espiritual suficiente
que lhe permita estabelecer a conexão segura com o Espírito Universal de Deus e
compreender o Saber a que tem acesso.
É preciso ultrapassar a fase do simples “pressentimento” e entrar na fase da
interpretação com a “certeza” que alcança, muito superior à simples Fé. Esse
conhecimento, que chega em bruto, tem que ser trabalhado em nós próprios, numa
construção que nos leve à compreensão do mundo pelos nossos olhos e não pelos
olhos de terceiros. Por isso, é sempre conveniente procurar outras fontes para
ter uma visão mais alargada do tema, e só depois tirar conclusões sem nenhum
tipo de preconceito.
A
verdade é que na História recente, já se aborda abertamente a possibilidade da
existência de mundos intraterrenos pelas descobertas fantásticas da nossa
arqueologia de imensas passagens subterrâneas e locais enormes capazes de
sustentar uma civilização.
Culturas
do passado, e do presente, fazem referência a mundos subterrâneos. As lendas,
presumidamente mágicas, transmitem sempre algo que poderá estar acima da mera
fantasia. Para os Celtas, por exemplo, esse lugar místico pertencia ao deus Mider
que era representado com um arco que ele utilizava para mortais.
Na
mitologia chinesa, por outro lado, esse mundo subterrâneo era formado por
cidades e palácios, sendo um desses palácios pertencentes ao Rei Yama,
aquele que decidia, após um longo interrogatório, quais eram as Almas justas e
as pecadoras. Esta insistência em colocar o Inferno no interior da Terra, tem
como origem as superstições criadas a partir da violência dos fenómenos
naturais, pois o que poderiam ser os terramotos e os vulcões se não a força
colérica de uma entidade maligna.
Templo
da caverna do Inca de Kenko. Imagem: Dreamstime
No
entanto, nem todos os povos vêem esse mundo interior como um lugar maléfico.
Para os Incas, por exemplo, o mundo encontrava-se dividido em três planos,
sendo o primeiro reservado aos deuses, o segundo aos humanos, animais e
plantas, e o terceiro, o mundo interior, reservado aos mortos. Todos os planos
estavam ligados por vias que davam acesso a cada um dos mundos. Do mundo
interior podia-se aceder ao mundo da superfície por condutas naturais que
ligavam os dois lugares e pelos quais brotavam as águas da Terra. Segundo a
lenda, foi através dessas condutas subterrâneas que chegaram os fundadores do
Império Inca. Temos assim um mundo subterrâneo, não como um lugar maléfico, mas
como um lugar de onde veio a humanidade.
Uma
lenda dos Índios Hopi diz: “Nós soubemos
que, no início, o Grande Espírito distribuiu espigas de milho entre o povo, que
tinha acabado de emergir neste novo mundo, vindo dos formigueiros subterrâneos,
onde tinha sido protegido durante a destruição do terceiro mundo e enquanto os
Pólos mudavam de lugar…”.
Outras
referências a esses mundos foi dada por um monge Tibetano de nome Djwhal Khul,
e cujo testemunho foi incluído no livro “Tratado
Sobre Fogo Cósmico” de Alice A. Bailey e que diz o seguinte: “Encontra-se, nas profundezas da Terra, uma evolução de
natureza peculiar, bastante semelhante à humana. Apresentam corpos de um tipo
grosseiro, que poderiam ser considerados como definitivamente físicos, na
acepção em que entendemos esse termo. Vivem em colónias, ou grupos, sob uma
forma de governo adequado às suas necessidades, nas cavernas centrais,
localizadas muitas milhas abaixo da crosta da Terra”.
Outra
crença, é a da cidade de Shambhala
situada, segundo a tradição budista tibetana, por baixo do grande Himalaia.
Para eles, Shambhala é um oásis de cultura cósmica que serve de guia à
humanidade, onde vivem espíritos esclarecidos e iluminados. É um lugar onde se
encontram os seres que atingiram uma dimensão superior. Seres que aprenderam a
falar a linguagem do Universo e que, por isso mesmo, estão em sintonia com
este.
Andrew
Thomas escreveu no seu livro “Shambhala”:
“A irmandade de Shambhala é presidida por uma restrita hierarquia de seres
superiores aos quais frequentemente se faz alusão sob o nome de Mahatmas, o que em sânscrito significa
‘as grandes Almas’. São seres sobre-humanos dotados de grande poder que
acabaram a sua evolução neste planeta, permanecendo com a humanidade para
facilitar o seu progresso espiritual”.
Portanto,
algo completamente diferente dos lugares infernais onde viveriam as Almas
renegadas, um lugar de paz onde se encontrariam seres iluminados.
Além
de todas as lendas e testemunhos, os sábios ocultistas, senhores do Saber e acesso privilegiado ao Conhecimento que permanece gravado nas
moléculas do Espírito Universal de Deus, teceram a História da humanidade que
vai chegando aos mais desenvolvidos espiritualmente que, cada vez mais libertos
das fraquezas da “carne”, da vida material onde todos nós fazemos a
aprendizagem de como dominar a matéria e tudo o que se relacione com a VIDA
material.
O
objectivo do Homem é dominar a matéria para depois ir evoluindo no mundo espiritual,
passando pelos diversos planos dimensionais (ou Céus) até chegar à completa entidade espiritual individualizada,
tornando-se um espírito de Luz e se identificar com o Pai da Criação.
Segundo
a História apurada, pelas Escolas de Mistérios e mestres ascensos, sabe-se que
o ciclo da Evolução tende a repetir-se em ritmos semelhantes porque a evolução
processa-se em espiral, trilhando os mesmos caminhos com outras roupagens, por
fases mais perfeitas numa melhoria nítida e cada vez melhor na moldagem do
indivíduo e tentativa de fusão entre o corpo físico e o corpo astral ou
espírito que foi doado para vivificar o corpo físico. Muitos não conseguem essa
fusão, e outras tarefas lhes estarão destinadas para ajudar o enriquecimento da
experiência evolutiva universal.
Segundo
os sábios ocultistas que se dedicaram a essa tarefa de “descoberta” ou “leitura
e interpretação” do Registo arquivado no oceano imenso que é o Espírito
Universal de Deus (memória da Natureza
para os gnósticos) a História da humanidade, precisamente no fim do ciclo
da sua existência há cerca de setenta milhões de anos atrás, foi criada a
terceira raça da humanidade actual.
Começaram,
por aqui, a registar a evolução humana, porque foi a primeira raça física a surgir a que chamaram Lemuriana.
Aos poucos, numa sucessão de milhões de anos, essa raça desenvolveu uma
civilização muito avançada em termos tecnológicos, sem o respectivo desenvolvimento espiritual, como acontece, aliás,
actualmente. Esse não “alinhamento” entre o intelecto (resultante do desenvolvimento
físico/material cerebral) e o espírito, provoca o grande
desequilíbrio entre o raciocínio lógico e o sentimento que vem da conexão da
Mente com o Espírito Universal de Deus.
Apesar
das advertências dos “seres”, que criaram a nova raça, de que estavam a
enveredar por caminhos muito perigosos (os
melhoramentos têm sido introduzidos periodicamente nas “linhagens” que mais
avançam na evolução material. Normalmente, os saltos biológicos, ou evolutivos,
dão-se sempre subitamente, e para além
da velocidade evolutiva natural da Vida, muito mais lenta e demorada e, por
vezes, sem saída ou possibilidade de um salto evolutivo natural) ao usarem a energia nuclear como
sustentáculo de toda uma civilização (como
acontece hoje. Por enquanto a humanidade ainda está estagnada no alinhamento
harmonioso entre o físico e o espírito).
Aquele
povo, seguro de tudo aquilo que tinha alcançado, não deu ouvidos a essas
advertências. Desenvolveram uma civilização que assentava exclusivamente nessa
energia, vivendo acomodados às virtudes e benesses de uma tecnologia que tudo
lhes proporcionava. Mas chegou um dia em que toda aquela tecnologia se
desmoronou. Num curto período de tempo, a poluição da atmosfera subiu
perigosamente pondo em risco a Vida.
Não
tinham progredido como Raça, acomodando-se às virtudes da sua civilização
mecanizada que agora falhava. Tal era a poluição que tiveram de abandonar as
cidades fugindo para o campo que, mais tarde, com o aumento da radioactividade,
os obrigaram a fugir para o interior do planeta. Os mais sábios, ignorados
durante o período que precedera a catástrofe, começaram a relatar por escrito
as histórias daquele povo, os perigos de uma tecnologia demasiado avançada sem a consequente compensação espiritual (o que acontece hoje. O Homem não aprendeu ao fim de tantos anos).
Seria
um aviso para as gerações futuras, uma forma de evitar que os mesmos erros
fossem cometidos no futuro. Nesses mundos
subterrâneos tiveram a oportunidade de começar de novo, construindo uma
nova civilização.
Durante
gerações ignoraram a existência de um mundo na superfície que era lembrado
apenas sobre a forma de lendas e mitos, e assim viveram no interior da Terra.
Séculos
depois, após a evolução lenta, mas segura, encontraram-se no mesmo dilema dos
seus antepassados. Ao descobrirem alguns dos segredos do Átomo, puderam
compreender os avisos deixados pelos sábios do passado em livros para eles, até
então, enigmáticos. Avisos esses que não foram ignorados. Optaram pela energia
magnética que logo abandonaram por terem compreendido que campos de elevada
intensidade produziam alterações físicas nos objectos e nos seres. A energia Ono-Zone
proveniente das estrelas, chegava-lhes através de poços magnéticos, e com o
domínio dessa energia, deram grandes passos rumo a uma perfeição não apenas
tecnológica mas, acima de tudo, espiritual. A própria energia trazia em si a
harmonia do todo, pois era como se fosse um pedaço da omnipresença e
omnisciência da consciência universal. Podia, ao mesmo tempo, destruir e criar,
ferir e curar. Através de uma das subdivisões dessa energia, a energia Brill,
entraram em zonas mais profundas da Terra, desmaterializando a rocha à sua
passagem, e assim construíram novas cidades permitindo que a civilização
intraterrenas pudesse crescer.
Nota actual: Ono-Zone
- Nas vibrações de energias cósmicas encontram-se infindáveis possibilidades
curativas. A certa altura determinado raio cósmico se fará notar na face da
Terra, e a essência do Fogo do Espaço desenvolverá de maneira especial a
consciência da humanidade. Há um manancial imenso de energias a serem (re)descobertas
pelo ser humano. Hoje já se sabe que os raios da Lua favorecem as plantas e o
mundo concreto. Poucos sabem, porém, que a luz da Lua emana da energia subtil
chamada Brill, que tem muitas
aplicações como, por exemplo, iluminar as cidades intraterrenas. Enquanto as
modalidades de energia usadas pela civilização da superfície da Terra
interferem no equilíbrio do ambiente, Brill restaura-o e equilibra-o. Após a
purificação global, o homem saberá mais a respeito dos raios luminosos, pois a
vida planetária como um todo entrará em estado vibratório mais subtil.
Antes
dessa descoberta, no entanto, muitos, motivados pelas histórias do passado,
resolveram ir à procura do berço da sua civilização. Ao chegarem à superfície,
viram que a natureza tinha recuperado, e ficaram fascinados com a luz do Sol e
paisagens tão belas. Não havia sinais de contaminação radioactiva, pelo que
muitos decidiram ficar naquele novo mundo para eles, e os que voltaram contaram
as maravilhas que viram, o que predispôs a muitos partirem para a superfície.
Os governantes intraterrenos, receando que houvesse um regresso à degeneração
dos outros tempos, proibiram a partida e deram um prazo para o regresso dos que
já tinham partido. Findo esse prazo, as portas dos mundos intraterrenos seriam
fechadas para sempre.
Na
superfície evoluiu uma humanidade paralela que com o tempo esqueceu a sua
origem, dando expressão à raça Atlante,
e assim foram quebrados os laços entre esses dois mundos que nunca mais se
encontraram. Logo depois que os povos intraterrenos descobriram a energia
Ono-Zone, um novo passo foi dado na sua crescente espiritualização quando os
seres extraterrestres se deram a conhecer.
Passaram,
a partir de então, a acompanhar os seus irmãos da superfície, voando pelos céus
do mundo como tutores da nossa raça, tendo alcançado o patamar de perfeição
para o qual ainda caminhamos.
E agora. O que se apurou
muito recentemente:
O enigma
dos mundos subterrâneos constitui parte de um segredo bem guardado e tudo
aquilo que se sabe não passa de uma leve ponta do Iceberg.
Os
ocultistas, sinónimo de homens sábios na antiguidade, guardiões do conhecimento
passado directamente de indivíduo para indivíduo, fazem menção de “outros
mundos” que existem além da crosta terrestre, do mistério de muitas grutas e
túneis extensos e labirínticos que rasgam o subsolo do nosso planeta. Falam dos
“Filhos de Deus” e da “Ilha sagrada” que pode ser encontrada na Terra. Madame
Blavastsky, um dos pilares do conhecimento oculto, disse textualmente que “a Ilha, segundo a crença, existe ainda hoje, como um
oásis rodeado pela terrível solidão do Grande Deserto de Gobi, cujas areias não
há memória humana de que tenham sido pisadas”.
Segundo
ela, os registos do Grande Livro explicam que numa época muito antiga, onde
actualmente só se encontram lagos secos e desolados desertos nus, havia um
vasto mar interior, que se estendia sobre a Ásia Central, ao norte da
cordilheira dos Himalaias, e do seu prolongamento ocidental. Uma ilha era
habitada pelos últimos remanescentes da raça que precede a nossa. Essa raça
podia viver com igual facilidade na água, no ar ou no fogo, pois possuía um
controlo ilimitado sobre os elementos. Eram os “Filhos de Deus”. Não aqueles
que viram as filhas dos homens, mas os verdadeiros Elohim, embora na Cabala
oriental eles tenham outro nome.
Foram eles
que ensinaram aos homens os segredos mais maravilhosos da Natureza e lhes revelaram
a “Palavra”
indescritível e actualmente perdida. Essa “Palavra”, QUE NÃO É UMA PALAVRA,
percorreu o globo, e ressoou ainda como um remoto eco no coração de alguns
homens privilegiados. Os hierofantes (altos
sacerdotes) de todos os Colégios Sacerdotais estavam a par da existência
dessa ilha, mas a “Palavra” era conhecida apenas pelos mestres principais de
todos os Colégios, que a passavam ao seu sucessor apenas no instante da sua
morte. Havia vários Colégios e os autores clássicos antigos fazem menção deles.
Não havia
nenhuma comunicação por mar com a bela ilha, mas sim passagens subterrâneas
conhecidas apenas por chefes. Comunicavam com a ilha em todas as direcções.
Quem poderá afirmar que a Atlântida
perdida – que é também mencionada no Livro Secreto, mas sob outro nome
pronunciado na língua sagrada – não existia naqueles dias?
Sobre os
túneis misteriosos, por exemplo, que foram encontrados na Índia, conta a
tradição (a Arqueologia aceita a
veracidade da lenda) que há mais de uma cidade florescente construída sobre
várias outras, constituindo assim uma verdade cidade subterrânea com seis ou
sete pisos. Delhi é uma delas. Allahabad é outra. Vêem-se exemplos
semelhantes na Europa, como Florença,
que está edificada sobre diversas cidades mortas Etruscas e outras. Deste modo,
por que razão Ellora, Elefanta, Karli e Ajunta não podiam
ter sido construídas por cima de labirintos e passagens subterrâneas, como se
afirma?
Claro que
não são grutas como as que os europeus conhecem de vista ou por ouvir dizer,
apesar da sua grande antiguidade. Mas, de facto, conhecidos pelos brâmanes
iniciados, da Índia, especialmente pelos Yoguis,
de não existir no país um só templo-gruta
que não tenha corredores subterrâneos inumeráveis e corredores.
São
mencionadas também as passagens que existem sob o solo das Américas e sobre as
bibliotecas e os arquivos antigos que se acham encerrados em locais secretos
nestas regiões indevassáveis.
As ruínas
que cobrem as duas Américas (do Sul e
Centro), e que se encontram em muitas ilhas das Índias Ocidentais, são
todas atribuídas aos atlantes submersos. Assim como os hierofantes do mundo
antigo, o qual, no tempo da Atlântida, estavam unidos ao mundo novo por terra,
os mágicos da nação actualmente submersa dispunham de uma rede de passagens
subterrâneas que corriam em todas as direcções.
Os membros
de várias Escolas Esotéricas, cujo centro está situado além dos Himalaias e de
que se podem encontrar ramificações na China, no Japão, no Tibete e até mesmo
na Síria, como também na América do Sul, afirmam que têm em seu poder a soma
total das obras sagradas e filosóficas, manuscritas ou impressas, enfim, todas
as obras que têm sido escritas, nas diversas línguas ou caracteres, desde os
hieróglifos até ao alfabeto de Cadmo
e o Devanagari.
Muitos
pilares do conhecimento tradicional orientados por Lei, passaram a falar mais
abertamente sobre estes assuntos, apesar da resistência exercida pelo
conhecimento oficial e até por certas Escolas esotéricas.
O marquês Saint-Yves
d’Alveydre, estudioso das filosofias comparadas e das línguas mais antigas da
humanidade, autor de várias obras de profundo valor iniciático, no seu livro “La Mission de la India”, publicado no
início do século XX, fala abertamente dos mundos subterrâneos e cita a
misteriosa região de Paradesha e
Agartha. Escreveu: “E quanto a mim,
depois de ter preparado os Judeus Cristãos com todo o significado social das
suas tradições, tomo a própria Paradesha como garantia da verdade dos meus
anteriores testemunhos e desta”.
O marquês
fala desta cidade misteriosa, alvo de tantas buscas de pesquisadores e
ocultistas, como se ela fosse, para ele, algo muito confidencial e sagrado. Com
autoridade, ele descreve Agartha, não
como alguém que ouviu falar dela, mas já a incorporara há muito nas suas
experiências, de modo que não pudessem considerar que tais assertivas se
tratassem de hipóteses remotas ou fantasiosas de uma mente doentia.
Escreveu: “Na superfície e nas entranhas da Terra a extensão real
de Agartha desafia a opressão e a coacção da profanação e da violência. Se
falar das Américas, cujo subsolo ignorado pertenceu à mais longínqua
antiguidade, assim como a Ásia, cerca de quinhentos milhões de homens, mais ou
menos, conhecem a sua existência e a sua extensão”.
Com
intimidade fala da organização desta cidade mágica, almejada por todos os
adeptos: “O território de Agartha é independente,
organizado sinárquicamente e composto de uma população que se eleva a uma cifra
de quase vinte milhões de Almas. Não existe nada parecido com os nossos
horríveis sistemas judiciais ou penitenciários. Não existem prisões. Nas suas
células subterrâneas a população dos Dwijas dedica-se ao estudo de todas as
línguas sagradas, e coroa os trabalhos de filosofia mais surpreendentes com os
maravilhosos descobrimentos da língua universal da qual vou falar, a língua
Vatan. Nenhum iniciado pode copiar de Agartha os textos originais dos seus
livros de estudo que esto gravados em pedra em caracteres indecifráveis para o
vulgo. Só a memória pode conservar a sua imagem. Platão ousou pronunciar esta
afirmação paradoxal: A ciência no dia em que se publicou um livro”.
Em relação
às “cartas” de S. Paulo, o próprio Saint-Yves levanta a hipótese de que estas
tenham sido trazidas dessas regiões inacessíveis às pessoas comuns. O apóstolo
estava cônscio de que não poderia falar abertamente nas suas exortações iniciáticas
procurando ocultar através do conteúdo das suas “cartas” os ensinamentos
recebidos naquelas regiões. Para o marquês iniciado, os títulos das Epístolas
de Paulo não deixam nenhuma dúvida e são prova cabal de tal experiência. “Finalmente, até nas Epístolas, o título do texto hebreu
nos mostra escrito com todas as letras o nome Agartha: Agartha-al-Ephesim,
Agartha-al-Romin, de Agartha aos Gálatas, de Agartha aos Efésios, de Agartha
aos Romanos”.
Na carta
aos Hebreus 5:11-13, Paulo exorta a
todos os buscadores a não arrogar por si mesmos a honra de se investirem da
dignidade de sumo-sacerdotes do Altíssimo, à maneira de Melquisedeque, ou seja,
destas regiões desconhecidas. “Temos muito a
dizer sobre este assunto, mas é difícil explicar, porque vos tornastes lentos
para compreender. Depois de tanto tempo já devíeis ser mestres; no entanto
ainda precisais de alguém que vos ensine coisas mais elementares das palavras
de Deus. Em vez de alimento sólido, ainda precisais de leite. Ora, quem precisa
de leite ainda é criança e não tem experiência para distinguir o que é certo e
o que é errado”. O alimento sólido é um simbolismo que oculta os
grandes segredos dos mundos por ele visitados, no interior da Terra, que
exigiria do seu ouvinte muito mais do que o embasamento intelectual.
Outro
sábio, o Mestre Tibetano Djwhal Khul, que dizia tratar-se apenas de um
discípulo de certo grau a viver num corpo físico na região do Tibete, ocultava,
de facto, o grande iniciado e emissário dos mundos subterrâneos, pelo que
afirmava Alice A. Bailey nos seus livros em co-autoria com o mesmo.
Especialmente, no seu livro “Tratado
Sobre a Magia Branca”, Khul fala abertamente dos mundos subterrâneos e dos
grandes mistérios que seriam revelados à humanidade neste grande momento de transição planetária (Publiquei neste meu blogue um texto
intitulado “O que Será a Transição Planetária”). Escreveu assim: “O primeiro posto avançado para a Fraternidade de
Shambhala foi o templo original de IBEZ, situado no centro da América do Sul, e
um dos seus ramos, em período muito posterior, encontrava-se nas antigas
instituições Maias e na adoração ao Sol, como fonte de vida nos corações de
todos os homens”.
“Um segundo ramo estabeleceu-se posteriormente na Ásia, sendo os
seus representantes os adeptos do Himalaia e do Sul da Índia, ainda que o
trabalho tenha sido transferido materialmente. No futuro far-se-ão descobertas
que revelarão a realidade do antigo modelo de trabalho hierárquico. Arquivos
antigos e monumentos serão revelados, alguns sobre a Terra e muitos em abrigos
subterrâneos”.
“À medida que se exploram os mistérios da Ásia Central nas
terras que se estendem desde a Caldeia, a Babilónia, através do Turquestão até
à Manchúria, incluindo o deserto de Gobi, espera-se revelar grande parte da
História primitiva dos trabalhadores de IBEZ”.
No livro “Iniciação Humana e Solar”, Djwhal Khul
fala de Shambhala, o ponto sagrado da manifestação planetária, que está
localizado na região mais central do nosso planeta físico, a Terra. Segundo
ele, “Shambhala é a cidade dos deuses, que fica
para o ocidente de algumas nações, ao oriente de outras, ainda ao norte e sul
de outras. É a Ilha Sagrada no deserto de Gobi. É o lar do misticismo e da
Doutrina Secreta”.
Os Astecas, Maias e Incas foram os
povos que dominaram boa parte das Américas antes da chegada dos europeus ao
continente, no século 16. A civilização Maia foi a primeira a consolidar-se como
um Império, atingindo o auge no final do século 9. Arqueólogos especulam que as
guerras e o esgotamento das terras cultiváveis levou a civilização a um rápido
declínio. Os Astecas, pelo seu lado, estavam no auge nessa altura. Começaram a
crescer a partir do século 12, formaram alianças com os estados vizinhos. Mais
a Sul, os Incas viveram história semelhante expandindo-se a partir do século
16.
Suponho que
a sua experiência com os “deuses” tenha sido semelhante, pelos vestígios e
inúmeras gravuras e artefactos misteriosos que, por não serem compreendidos,
ficaram esquecidos em armazéns poeirentos, da nossa civilização recente. A
partir de dado momento e com a aceitação dos “deuses astronautas” e visitas de aliens, começaram a vir à luz do dia e a
serem interpretados, de acordo, com a ciência e tecnologia avançada que já dava
para “compreender” as mensagens deixadas por esses povos.
Segundo os
cânones universais, o continente Sul-Americano guarda profundos mistérios
relacionados com o Império Oculto dos deuses no seio da Terra. Uma obra
incomum, intitulada “A Clã Perdida dos Incas”, assinada por O.B.R Diamor, fala
da mais antiga tradição deste povo e das suas lendas. Através de um homem
moribundo encontrado na floresta amazónica, o manuscrito que contém esta
fantástica história é trazido a lume e o autor envereda-se pela vida incrível do povo Inca, que há cinco
séculos desapareceu da face da Terra, levando consigo homens, mulheres,
crianças e um imenso legado em ouro e conhecimento.
Os
integrantes desta raça eram altamente desenvolvidos, especialmente no aspecto
moral, facto que veio confrontar-se brutalmente com a barbárie dos gananciosos
invasores europeus.
O livro
fala de intihsuyo secreto, uma região que ninguém sabe onde fica
exactamente, no meio da densa floresta da amazónia. Trata-se de um lugar
desconhecido que sugere estar relacionado aos mundos subterrâneos, para onde determinados
habitantes do Império Inca se teriam recolhido após a invasão.
Na
narrativa fantástica, que mistura aventura, realidade e lenda, o autor fala do
segredo da floresta encantada, iluminada pelos discos rosados (UFOs) que vinham
do interior da Terra, quando se abriam certas embocaduras na floresta e o deus Wiracocha se manifestava.
Segundo o
relato de um ancião Inca, a tradição fala dos povos antigos que partiram da
Terra na época do seu último grande cataclismo. Decorrido um longo período,
estes antigos habitantes retornaram com os seus discos voadores rosados,
semelhantes a imensos sóis a descer da abóboda celeste. Era um espectáculo
transcendental que os sobreviventes dos grandes cataclismos, a viver em
condições primitivas por terem regressado à barbárie após a horrível hecatombe.
O tal facto
ocorrera há cerca de sete mil anos. A visão daqueles sóis que desciam na Terra
e de homens iluminados a saírem daquelas máquinas desconhecidas, marcou
profundamente as mentes daquele povo, que começou a gravar nos paredões de
pedra, os estranhos objectos e as figuras enigmáticas que podem ser vistos em
vários países nos dias de hoje.
As estelas
Maias, por exemplo, numa alusão ao conhecimento e contacto com os
extraterrestres, são enigmáticas como esta a seguir:
Segundo o
relato do Ancião, o povo Inca, para sua salvaguarda, instalou-se no interior do
planeta, em grandes bolsões que se formavam, preservando um mundo que ainda
permanece sob intenso sigilo.
Diamor
escreveu: “As pequenas fendas e bolsões, em relação
ao volume da mãe Terra, eram muito vastos, quase irreais pela sua beleza
exótica. Um poder inacessível parece ter destinado o ventre de Pachamama para
abrigo desconhecido e habitat natural de uma humanidade superior futura”.
(Pachamamma é
a deidade máxima dos povos indígenas dos Andes centrais).
“O mundo interior, longe de ter a escuridão dos
abismos e o calor dos infernos manipulados à superfície, é iluminado e
vitalizado pelas radiações mais íntimas do planeta, tl como em FEBEA. A sua
atmosfera é o néctar da vida, aguçando os sentidos e incentivando as forças
mentais”.
E foi assim que por todos os cantos do mundo os “discos”
desceram, começando um segundo período de evolução para o homem da Terra que
estava agora a gatinhar com dificuldade na trilha do progresso. Podemos
acreditar nesta história, tendo em conta o facto de que os homens das cavernas,
começaram, inexplicavelmente, a
construir cidades e templos, como aconteceu na antiga Suméria.
Voltando ao clã perdido dos Incas, continuando a história
revelada pelo Ancião Inca sobre Intihsuyo,
em 1950, outra história ainda mais fantástica fala de homens avançados a viver
nos mundos subterrâneos com a sua mais sofisticada tecnologia e espiritualidade.
Godfré Ray King, um espiritualista consciente fala sobre os
seus contactos com o Mestre Ascencionado Saint Germain e sobre as visitas que
fez, na sua companhia, a determinadas regiões do nosso planeta. No livro
“Mistérios Desvelados” Fala dos Santuários subterrâneos, cuja entrada é vedada
ao homem não espiritualizado (talvez numa
Dimensão mais elevada só acessível ao corpo astral). Relata que numa
montanha a sudeste de Tucson, Arizona, na companhia do Mestre, penetrou pelo
interior da Terra por um túnel, chegando a uma região paradisíaca: “Continuamos
pelo túnel adentro por mais de uma hora e chegamos finalmente a uma porta
maciça de metal, que se abriu vagarosamente ao ser tocada pelo meu guia. Este
afastou-se para o lado e convidou-me a passar. Avancei no meio à brilhante luz
solar, quase sem respirar, deleitado com a beleza da cena que se estendia
diante de mim. À nossa frente estendia-se um vale magnifico com cerca de
quarenta hectares de extensão”.
Timothy Paterson, sobrinho do malogrado Coronel Fawcett,
também um eminente explorador e esoterista, ex-oficial de Infantaria do
exército Inglês, já esteve algumas vezes no Brasil. Em 1980 publicou um livro,
em Itália, onde residia, intitulado “O
Templo de IBEZ” (publicado no Brasil em 1983) onde procurou explicar a
origem de IBEZ, enigma de carácter
universal que oculta o mistério do Rei do Mundo. Também tratou da expedição do
Coronel Fawcett, sob o ponto de vista iniciático e do seu desaparecimento na
Serra do Roncador, além de tratar especialmente daquela região misteriosa do
Estado de Mato Grosso. Escreveu: “A actual cidade de IBEZ no Roncador, da qual
o Monastério Teúrgico do Roncador é um prolongamento externo, é presidida pelo
Logos Solar dos Mestres Teúrgicos, chefiada, por sua vez, pelo Quinto Senhor”. “Na
cidade subterrânea de IBEZ, as pessoas movem-se ainda entre a Terceira e a
Quarta Dimensões, onde ainda os deuses caminhavam entre os homens, como
acontecia sobre a Terra antes da sua queda quando, afirma o Mestre Tibetano (por
instruções recebidas dos Mestres de Shambhala) os adeptos de IBEZ começaram a retirar-se dos
Templos (Isto é debaixo da Terra) para
tornar os mistérios mais inacessíveis e evitar abusos e distorções”. “Na cidade
subterrânea de IBEZ, no Roncador, está conservado o resplandecente Homem de
Ouro, que não é outro senão o EL DORADO que os conquistadores espanhóis
procuraram em vão durante anos”. “A cidade inteira é iluminada por esta mesma
luz azulada, gerada pelo BULWER LYTTON, chama de VRIL, o chamado ELEMENTO
UNIVERSAL, sobre aquelas torres de pedra, sobre a Terra, e outras construções
vistas pelos índios, que através das suas portas e janelas brilha uma luz que
JAMAIS SE APAGA”.
Udo Oscar Luckner, explorou várias
regiões do Brasil e quando se dirigiu à Cordilheira dos Andes, seguindo as
pistas que ia decifrando, conheceu o seu Mestre que, muito tempo depois, o
conduziu aos mundos subterrâneos da região inexplorada do Roncador. Descreveu o
que ia encontrando até que, numa plataforma, viu uma cidade: observou que era construída em círculos e que do seu
centro partiam as ruas comerciais, iguais a rodas raiadas. Uma das cidades
visitada por ele, a que deu especial destaque, chamou-a de LETHA, situando-a nas entranhas da Montanha do Roncador. Segundo as
suas palavras “LETHA é uma cidade fabulosamente cheia de
riquezas, de alegria, de vitalidade e harmonia. Milhões de visitantes do mundo
intraterrenos e extraterreno enchem as suas casas e praças espaçosas. Parece
uma cidade de conto de fadas, cheia de vitalidade, ensinamentos e pureza”.
Polo Noel Atan, na sua obra “A Cidade dos Sete Planetas”, refere-se a
esta cidade como muito antiga que foi construída pelos Grandes Sacerdotes Atlantes.
Ao perguntar ao seu acompanhante Alídio sobre quem teria construído esta
cidade, este lhe teria respondido que foram os Atlantes e que a sua fuga,
dentro das cavernas lhes proporcionou a descoberta de caminhos e passagens
abertas, já há muito construídas. “Nós sempre tivemos contacto com esses mundos
subterrâneos. Foram eles os únicos que abriram campo para a nossa permanência
nesta crosta. Graças à boa vontade dos Sacerdotes, os meus irmãos
interplanetários trouxeram muito material para acabamento e complementação da
cidade”.
Para finalizar, e entrar no campo mais
aceite pelos cépticos, ou por aqueles que não têm capacidade de encaixar na sua
mente, demasiadamente comprimida pelo sistema “racional” e “científico” criado
na sociedade actual que não permite aos espíritos livres sonharem em mundos
para além da “bolha” em que estamos contidos (Matrix), em que os interesses de uma elite prevalecem, e se
apoderaram da “verdade” conforme querem que seja.
Neste caso, a saída possível, e não
atacada como falsidade, é colocar tudo aquilo que os assusta, ou não
compreendem e nem têm capacidade de imaginar, no campo da “Ficção Científica”.
Com este rótulo já tudo é possível.
Vários escritores, conhecedores destas
lendas e até alguns deles iniciados nas diversas Escolas esotéricas, vão
revelando estes mundos subterrâneos fantásticos sob a capa de Ficção
Científica. Pelo menos, as pistas estão nas suas obras para serem estudadas na
altura em que as elites, os senhores do pretenso saber, tenham as mentes mais
abertas e comecem a aceitar como possivelmente verdadeiros esses relatos
fantásticos.
Conan Doyle, Júlio Verne e H.G. Wells
são os autores clássicos mais conhecidos.
Em
todas essas obras fantásticas, muito subtilmente, as pistas estão lá.
Sem comentários:
Enviar um comentário