BREVE RESUMO SOBRE AS ORIGENS DA “CONSPIRAÇÃO” HOJE
Este
meu texto foi inspirado por um artigo muito interessante assinado por Roger
Sandeli, publicado em Magónia nº8, em
1982.
Mas,
põe-se a questão: será tudo verdade?
Geralmente, os “teóricos
da conspiração” não acreditam em coincidências e não se deixam levar pelo
acaso. Muito pelo contrário, eles pensam que há sempre “propósitos”, razões
concretas para as coisas acontecerem da forma como são. Seja por intermédio de
mitos populares, lendas urbanas, fábulas místicas ou superstições criativas, as
“conspirações” envolvem-se em política, economia, ciência e sociedade para trabalhar
na discussão crítica de acontecimentos popularmente impactantes.
É claro que não
é confiável acreditar piamente em teorias da conspiração, considerando que
todos são humanos e, como tais, não devem ser superestimados em termos de
honestidade. Mesmo assim, toda a teoria da conspiração representa uma versão
diferente para os eventos “convencionais” da História, o que por si só
contribui para desestigmatizar factos gerais e amplamente aceites, mas que
no fim das contas podem-se mostrar não verídicos.
O problema é que
para os conspiradores de plantão, uma teoria da conspiração não é só uma
questão de opinião, mas sim uma questão de facto, o que por vezes dificulta
encontrar a verdade.
Os chamados
“teóricos da conspiração” são comumente vistos como produtores de ideias
associadas à loucura e paranóia, que poderá ser resultado de uma forte campanha
de contra-informação com objectivo de conseguir que as pessoas não acreditem no
que dizem, visto não conseguirem calá-los com argumentos credíveis e sem
revelarem quem são. Não há absolutamente
nada de errado em ter uma mente repleta de cepticismo inquiridor.
Políticos, banqueiros ou jornalistas, por exemplo, mentem o tempo todo, pelo
seu próprio ofício, e sabem que sacrificar a verdade muitas vezes é necessário
para poderem apresentar os seus pontos de vista sob um ângulo apropriado. Certo
grau de cinismo perspicaz e inteligente também é saudável. No entanto, algumas
das maiores descobertas da humanidade foram inicialmente recebidas com ironia,
sarcasmo, descrença ou então foram consideradas blasfemas e socialmente
heréticas.
Dizem
que não há fumo sem fogo. Deve haver “algo” que não aparece à luz do dia, mas
que influencia praticamente tudo o que se passa no nosso mundo visível. Portanto
comecemos:
Em
Março de 1967, Luís Castilho, um criminoso americano, foi preso nas Filipinas
sob suspeita de conspirar para assassinar o Presidente Marcos. Sob
interrogatório ele contou uma história estranha que manteve até mesmo sob a
acção hipnótica.
Alegou
que, ao longo de um período de anos, a sua mente fora controlada por uma
organização misteriosa. Lembra-se de ter sido levado a uma “fábrica”, fora de
Chicago, onde encontrou uma mulher que não conhecia. Ela designou-lhe tarefas
que levou a cabo, em transe, e quando executava uma dessas tarefas, em 1963,
foi levado para Dallas, num carro preto, acompanhado por um homem com “olhos
orientais” que ordenaram que ele atirasse no Presidente Kennedy de um edifício
alto (Valer Bowart, Operation Mind
Control, Fontana, 1978).
Havia
breves contactos entre as polícias das Filipinas e EUA, mas não havia nenhuma
evidência para apoiar a história de Castilho da qual ele logo se retractou. O
incidente foi esquecido, excepto por uma parte da Imprensa underground (contracultura) americana que, com fé em regressões
hipnóticas, comparável à de Ufólogos, continuou a alegar que o assassinato de
Kennedy havia sido resolvido (D. Russel, “I
Know who Killed JFK”, Village Voice,
1 September 1975).
Embora
esta história tenha sido contada no contexto das lendas e rumores de
conspirações internacionais que controlam eventos políticos, os leitores da Magonia terão certamente notado muitas
semelhanças com relatos de UFOs. O carro preto e homens com feições orientais
aparecem em muitos relatos sobre os “homens de negro” (MIB), enquanto a
regressão hipnótica revela uma experiência similar ao sonho, que lembra muitos
contactos imediatos e casos de abdução, assim como as denúncias subsequentes de
encobrimento oficial.
Este
caso provê uma compreensão (intuição)
considerável, no facto de as teorias da conspiração acreditarem em forças de
poder sobre-humano capazes de controlar a mente humana. Ao mesmo tempo, as
actividades destas forças são encobertas pelos governos que também podem estar
sob o controlo delas (For the facts on mind Control experiments, see Marks and
Marchetti, The CIA and the Search for the
Manchurian Candidate).
O
assassino “zombie”, em estado catatónico e sem vontade própria, que leva a cabo
missões para alguma conspiração secreta, é apenas uma de uma série de histórias
semelhantes no mito de “conspiração”, como a ideia comum, entre extremistas de
direita nos EUA, que a adição de fluor na água é um dispositivo para drogar
populações inteiras.
A
cultura dos UFOs tem muitas características paralelas. Desde os “Deros”
de Ray Palmer, que controlam a mente humana com máquina de raios, às
especulações de Earl de Claucarty de que os Aliens
abduzem seres humanos e os devolvem com “chips” implantados para controlar as suas mentes.
Este
site, a seguir, explica o que são os Deros:
https://pt.howwhatdo.com/13053729-deros-advanced-ancient-creatures-from-the-bowels-of-the-earth
A
revista UFO é muito rica sobre estas
matérias. Infelizmente o seu padrão inicial bastante alto, foi decaindo com as
mudanças de editores e editoras, para se tornar um expoente de ideias cultistas
muito bizarras. Um dos artigos, por exemplo, defende que os Aliens se disfarçam de conselheiros em
acampamentos de Verão (uma actividade
muito tradicional nos EUA) para fazerem lavagem cerebral às crianças e que
alguns psiquiatras são na realidade alienígenas que controlam as mentes dos
seus pacientes. Estas ideias reflectem intimamente os medos da direita
conservadora americana de que o sistema de ensino está a criar crianças “sem
Deus”, e que os programas de saúde mental são um plano comunista.
De
onde surgirão estas ideias?
Uma
pista surpreendente vem de Milão no ano de 1630. Enquanto a cidade era
destruída pela peste, desenvolveu-se um medo das bruxas. Começou por um homem
que alegou ter sido apanhado por um estranho numa carruagem preta puxada por
cavalos pretos. O estranho levou-o para uma casa cheia de fantasmas e demónios
que preparavam venenos para espalhar a peste. Ofereceram-lhe grandes somas de
dinheiro para ajudar a administrar os venenos nos seus cidadãos vizinhos (Charles Mackay, Extraordinary Popular Delusions and de Madness of Crowds.
Wordsworth Referense, 1995, Quoted in Roberts and Gilbertson, Dark Gods,
Spearman, 1980).
Esta
história combina vários arquétipos UFOs como o veículo preto e a reunião com
seres sobrenaturais a realizarem uma conspiração. De facto, é comparável às
alegações feitas por teóricos da conspiração, mais recentes, como o vigarista
francês do século XIX, Leo Taxil, que afirmou que um alegado laboratório
Maçónico/Satânico sob a rocha de Gibraltar estaria a fabricar doenças para
serem espalhadas pela Europa (Norman Cohn,
Warrant for Genocide). Mais
recentemente, o ex-Director de Segurança para a Barry Goldwater, alegou que
aeronaves soviéticas libertavam germes e doenças no espaço aéreo
norte-americano (Macdonald and Broca, Appointment in Dallas, Zebra Books,
1975), e do outro lado da cerca política Castro alegou que os EUA têm
libertado doenças para destruir a colheita de açúcar cubana.
Sobre a
forma como esses químicos são espalhados na atmosfera, chamam-lhes Chemtrails.
Mais de 4000 portugueses subscreveram uma petição
sobre rastos deixados pelos aviões (chemtrails) nos céus, mas os
deputados não pareceram muito dispostos a discutir o tema. Só se inscreveram
para falar já depois de o tema ter sido aberto à discussão e apenas três das
seis bancadas parlamentares falaram. Deputados do PSD, CDS-PP e PS falaram para
dizer que não há evidências científicas sobre este tema, mas aproveitaram para
saudar a iniciativa dos peticionários, que defendem que os rastos deixados no
céu pelos aviões são de químicos e não de vapor de água condensado.
Quando olhamos para paralelos como estes, é difícil resistir à conclusão de que os teóricos da conspiração e cultistas UFOs estão a fornecer versões modernas de ideias medievais e renascentistas que viam a humanidade à mercê de seres poderosos e malignos. Nem há nada de surpreendente nesta identificação.
Ufólogos
como Keel, Vallée e Creighton têm notado semelhanças entre os relatos de UFOs e
o folclore relacionado com demónios. Quando o dramaturgo americano Arthur
Miller quis encontrar uma metáfora para os EUA durante a negra era Mccarthy,
escreveu a sua peça “The Crucible”,
que descreve uma caça às bruxas do século XVIII, uma semelhança que um recente
antropólogo retractou com mais detalhe (New Society, 8 October 1981). Vários teóricos ligam as conspirações de hoje
com grupos acusados de satanismo na Idade Média, como os Judeus e os Cavaleiros
Templários (See for exemple: Nesta
Wesbter, Secret Societies and subversive Movements, and Roberts and Gilbertson,
op. Cit.).
É
interessante notar, neste contexto, que os partidários dos grupos de Cristãos Renascidos, nos EUA, têm
disseminado ambas as teorias, as que interpretam os UFOs em condições
demoníacas e as teorias da conspiração que envolvem satanismo.
Hal Linsey, o escritor evangélico americano best-seller, no seu livro mais recente
vê a Comissão Trilateral (um fórum de discussão privado fundado em Julho de 1973 por iniciativa
de David Rockefeller) a preparar o caminho do Anticristo (Hal Linsey, Countdown for the 80s). Outros escritores, com veia semelhante
denunciam o rock como sendo
controlado por conspiradores que incorporam nos discos padrões de som para
controlar as mentes (New Musical Express,
November 1981).
Se os conspiradores malignos dotados de poder
sobre-humanos, e próximos da omnipotência, controlam os assuntos humanos, que
esperança haverá para o mundo? É, dificilmente, surpresa que alguns crentes
procurem por ajuda sobrenatural para a libertação. George Adamski acreditava
que a ciência futurista dos Venusianos salvaria o mundo de conspiradores
malévolos cujo poder estava baseado no monopólio de matérias-primas. E como o
grupo Humanidade Unida acreditava que
os planos dos governantes ocultos seriam frustrados por grupos secretos de supertecnologia
ricos, mas benevolentes (O que se está a
verificar na guerra real entre os Illuminati e seus aliados contra os Aliens
que estão ao lado da humanidade e vieram em seu socorro. Essa guerra trava-se
no espaço, no ar, nas profundezas dos oceanos e bases subterrâneas. A
humanidade “adormecida” não se apercebe do que se está a passar, acreditando
nas informações falsas que as autoridades vão dando sobre certos “fenómenos”
anómalos que têm acontecido, resultantes dessa escaramuça, como sendo caída de
meteoritos, sismos, tsunamis e erupções vulcânicas, cada vez mais numerosos e
em locais completamente imprevisíveis para se darem esses fenómenos).
Para muitos, a revelação da existência de
“conspiração” vem directamente de forças sobre-humanas. John Day, o contactado
britânico, afirmou ter sido informado telepaticamente que John Lennon foi
assassinado pela CIA, que usou Mark Chapman como um assassino involuntário
devidamente “programado”, para evitar que Lennon usasse a sua influência, e
dinheiro, para montar um grande movimento pacifista (The Supermaturalist, nº 1, Autumn, 1981). Alguns documentos
subterrâneos (fora do circuito normal dos
mídia) na América, avançaram com ideias semelhantes (New Musical Express, op.cit.).
Uma combinação muito interessante de relatos de
UFOs, visões sobrenaturais e criadores de teorias da conspiração, foi provido
pelo culto que surgiu em torno de Verónica Leuken, uma dona de casa, de Nova
Iorque, que tinha visões da Virgem Maria desde 1970. Multidões, principalmente
da classe trabalhadora e mulheres católicas, amontoavam-se para manter vigílias
com a senhora Leuken, e mantiveram a sua fé confirmada pelo aparecimento de
luzes e discos no céu sobre eles. Nas visões da senhora, a Virgem fala-lhe
sobre a maldade e corrupção dentro da igreja. O Papa Paulo VI foi sequestrado por
cardeais maus e um impostor substituiu-o, e João Paulo VI foi envenenado. Tudo
contado pela visão.
Até mesmo os teóricos da conspiração, que não
se consideram possuidores de uma revelação sobrenatural, agem frequentemente
como se fizessem parte de uma luta titânica entre o bem e o mal. Os Black Hundreds, o grupo anti-semita que
primeiro disseminou os Protocolos de Sião,
adoptaram como seu emblema a imagem do Anjo Miguel a lutar contra um dragão.
Esta é uma imagem tirada directamente do Livro das Revelações (Apocalipse), um comentário hábil no
conceito apocalíptico do seu próprio papel. Este emblema foi adoptado, mais
tarde, pela Guarda de Ferro romena fascista. Variantes deste tema do cavaleiro
guerreiro que luta contra o monstro mau são ainda de uso comum como imagens
visuais de grupos que acreditam em teorias da conspiração. Aliás, imagens
semelhantes aparecem nas caricaturas políticas não-publicadas, supostamente
preparadas sob orientação extraterrestre, pelo contacto britânico Norman
Harrison (Nigel Watson, “Stranger in the City”, MUFOB, Spring
1979).
A
ficção científica, como que uma prossecutora do futuro, sempre um passo à
frente do desenvolvimento científico e tecnológico, ilumina frequentemente o
significado mítico das “lendas” e crenças contemporâneas e neste contexto a
série de televisão Quatermass da BBC, de 1979, é bastante esclarecedora.
Passa-se
em Inglaterra dos anos noventa, abalada por um colapso económico e violência
urbana. A história revela que este é o efeito na mente humana – especialmente
entre os jovens – de um campo de força
maligno que cerca a Terra (precisamente
o que se pensa que está a acontecer na Terra desde 2012). No clímax, esse
campo de força é neutralizado e a imagem final é a tradicional cena rural
idílica (Nigel Kneale, Quatermass, Arrow, 1979).
Os
teóricos da conspiração, e alguns ocultistas, parecem partilhar um mundo
semelhante no qual as crises da sociedade não são vistas como o resultado de
qualquer falha dentro da sociedade, mas simplesmente o produto da acção do Mal
a operar de fora. Se essas forças e conspirações podem ser desmascaradas, e
destruídas, uma utopia vagamente definida pode ser trazida sem qualquer
necessidade adicional de mudança social. De forma semelhante contactados
fornecem descrições, rebuscadas, de sociedades utópicas em planetas distantes
sem, no entanto, dar qualquer descrição dos arranjos políticos e económicos
dessas sociedades.
Hoje,
já há algo de concreto. Os humanos que “acordaram”, e muitos mais estão a
acordar, já identificaram o inimigo, essas forças que sempre manipularam a sociedade,
encerrando-a numa bolha (Matrix), e
outras forças tenebrosas que vêm do mundo invisível que querem continuar a
dominar a humanidade, enegrecem cada vez mais essa aura de Mal que rodeia o
planeta, chamando até a atenção de outros seres muito mais evoluídos, que têm
aparecido por “postas estelares” e se aliaram à resistência organizada pelos
humanos que acordaram e estão agora plenos do seu poder e autoridade que Deus
lhes deu, que estavam congelados pelas forças satânicas do Mal.
A
guerra começou a partir de 2012, e até os “adormecidos” já dão conta do caos,
catástrofes e insanidade que assolam o mundo. Estes acontecimentos, que os
cépticos e não informados julgam ser fantasia e loucura dos teóricos da
conspiração, têm sido comentados com detalhes e factos, em muitos textos
anteriores deste meu blog. Basta entrar em ruca909.blogspot.com e procurar.
Ninguém é obrigado a fazê-lo. Só os que procuram é que encontrarão as
respostas, e passarão a compreender o que realmente se tem passado no nosso
mundo (e até veriam esta guerra imposta
na Ucrânia com outros olhos e se aperceberão da hipocrisia e interesses
económicos e a alta finança que está por detrás de tudo).
Já
devem ter lido que os desenhos animados dos Simpsons têm revelado, com muita
antecedência, factos que iriam acontecer, como a eleição para a Presidência dos
EUA de Donald Trump, numa altura em que ninguém acreditava que isso fosse
possível. E agora, vejam só, encontrei na Revista Nova Gente nº 2374 de 10 a 16.3.2022, esta previsão de 1998, do
regresso da União Soviética, como pretende Putin. Como é que essa série animada consegue adivinhar o que vai acontecer no
futuro? Dizem que os senhores que realmente mandam no mundo e provocam os
factos, conforme as suas conveniências, “gostam” de revelar com antecedência o
que vai acontecer, numa mostra do seu poder.
Para
terminar, vejamos alguns factos que, pela estranheza do desenrolar dos
acontecimentos, e sem se conseguir dar uma explicação do que realmente se passou
e quem estava envolvido, permanecendo tudo no tal limbo que permite imensas
teorias com a finalidade de encontrar uma solução satisfatória A morte da princesa Diana terá sido planeada?
Quando a princesa
Diana foi morta em um acidente de carro em Agosto de 1997, o público exigiu
respostas. Conspirações surgiram de todas as partes, e um grupo de teóricos
alega que Diana foi assassinada pela família real para impedi-la de espalhar
informações sigilosas e comprometedoras sobre seu ex-marido, o príncipe Carlos.
Em 2013, a Scotland Yard anunciou que
ia reabrir a cobertura do caso da morte de Diana, com base em denúncias de que
o acidente fatal foi forjado pelas Forças Especiais Britânicas. Embora os
governos britânico e francês admitam a morte de Diana como sendo um trágico
acidente, permanece o combustível por trás das teorias de conspiração que Diana
foi morta como forma de ser silenciada.
Illuminati
Segundo as explicações
da mídia do sistema, o movimento dos Illuminati
consistiu de livres pensadores, secularistas, republicanos e pró-feministas
recrutados em lojas maçónicas da Alemanha no século XVII. Os membros da seita
dos Illuminati procuraram promover o
perfeccionismo social através de escolas de mistério. Em meados de 1780, a
ordem foi infiltrada, reprimida e quebrada por agentes do governo de Charles
Theodore, da Baviera, na sua campanha massiva para neutralizar a ameaça das
sociedades secretas que nunca poderiam tornar-se focos de conspirações para
derrubar a monarquia, religião e estado. No final do século XVIII, teóricos da
conspiração reaccionários começaram a especular que os Illuminati sobreviveram à repressão e tornaram-se os cérebros por
trás da Revolução Francesa e do Reino do Terror. Os Illuminati foram acusados de serem absolutistas que,
secretamente, estavam a tentar orquestrar uma revolução mundial através de um
batalhão de idealizadores que entrariam em vigor para implantar ma Nova
Ordem Mundial. Sinais são ligados aos Illuminati, como a pirâmide e o olho no dólar americano. Este
mistério configura uma das maiores teorias conspiratórias da história, e os
maçons ainda são comumente pensados como aqueles que estão por trás de um
esquema astuto para dominar o mundo.
Big Brother
Já não é segredo para
ninguém que somos vigiados em todo o lado por avançadas tecnologias de
espionagem. Mesmo que isso se mostre evidente, quando alguém diz que
“eles” estão a espionar-nos, essa pessoa pode ser rotulada como paranóica,
mas isso apenas se dará até que a privacidade do outro represente uma ameaça
real para a sua segurança. O Big Brother
não é apenas uma desconfiança juvenil no governo. A maioria dos
conspiradores não duvidam que agentes do governo estão, neste exacto
momento, a analisar as nossas transmissões e a vasculhar informações, mas é
claro, eles fazem isso sob os auspícios da segurança nacional. Em um mundo
perigoso e desequilibrado, certas liberdades devem ser sacrificadas em prol da
segurança, certo? Segundo os conspirólogos do Big Brother, isso é manifestamente falso. Não só existe nenhuma
evidência de que agências os têm protegido contra o terrorismo. Na verdade, há
cada vez mais evidências de que ela nos torna mais vulneráveis ao terror. Em Junho
de 2014, o jornal Washington Post
relatou que quase 90% dos dados que são colectados pelos programas de
vigilância são de usuários da internet
sem conexão com actividades terroristas: trata-se de uma clara violação da
Constituição e dos Direitos Humanos.
De acordo com os
teóricos da conspiração Big Brother,
há um bom tempo já existem televisões digitais através das quais a dinâmica
comportamental das pessoas é observada e utilizada para fins de controle
social.
Outra teoria ligada a
esta é que tecnologias hipermodernas são usadas não só para controlar a mente
do público, mas também para plantar propagandas com mensagens subliminares,
influenciando as pessoas a acreditarem naquilo que o governo quer que elas
acreditem.
Mais do que nunca, vivemos em estados de vigilância. A tecnologia parece avançar na medida
em que a nossa privacidade reduz. Mas, ao contrário dos conspirólogos do Big Brother, esperamos que isso não seja
verdade.
Yoga é um ritual satânico
De acordo com o padre,
exorcista e teórico da conspiração Gabriel Amorth, que inclusive já foi chefe
do Vaticano, quando se pratica yoga,
está-se de facto a realizar um ritual satânico. Gabriel acredita que a yoga, ao invés de ser um exercício
espiritual, é na verdade uma demonstração demoníaca. Além disso, Amorth também
acredita que os romances de J.K. Rowling promovem, antes de tudo, uma “crença distorcida de magia negra”.
Segundo ele, “praticar yoga é satânico, e isso leva a
outros males como a leitura de Harry Potter”.
Apesar da sua crença
ser infundada (Infundada porquê?), ridícula e ignorante (quem define isso? O sistema?), existem pessoas em círculos
religiosos que ainda se recusam a praticar yoga
ou ler Harry Potter.
A Idade das Trevas nunca existiu
Desenvolvida pelo
historiador alemão Heribert Illig em 1991, a teoria da Mancha Negra alega que
não há uma quantidade grande o suficiente de provas para que se possa remontar
à Idade das Trevas e, portanto, tais acontecimentos não podem ser concretizados
como factos históricos. Infelizmente, essa teoria não levou em consideração o
facto de que o mundo não consiste simplesmente da Europa Ocidental. Durante o
período útil que perfaz a teoria da Mancha Negra, o extremo leste europeu, Ásia
e boa parte do Médio Oriente floresciam, o que nos permite datar objectivamente
os eventos da Idade das Trevas contra as suposições de fraudulência histórica
feitas por Illig.
Aliens entre nós
Há uma teoria
sobre a coexistência harmónica de humanos e alienígenas. Em meados de 1954,
Dwight Eisenhower (então presidente dos
EUA) organizou uma aparente reunião entre a sua equipe e dois grupos de aliens. Um dos grupos, estaria disposto
a trocar conhecimentos tecnológicos e em outras áreas, na condição da total
destruição das armas nucleares americanas. Eisenhower, é claro, negou-se a
fazer isso e, acabou por aceitar um pacto com o outro grupo, os “grays” que pediram ao presidente para
assinar um tratado permitindo que os seres extraterrestres vivessem na Terra
sob condições seguras, em troca de eles compartilharem a sua tecnologia superavançada
para fins evolutivos. A teoria afirma que Eisenhower concordou com esta segunda
proposta, de que veio a arrepender-se porque os grays não respeitaram o acordo. Nesse acordo os grays poderiam sequestrar seres humanos
para examiná-los eventualmente, mas as memórias das pessoas sequestradas
deveriam ser totalmente apagadas. Dessa forma, mantinha-se o sigilo e a
privacidade interessantes a ambas as partes, e o mistério da conspiração também
permaneceu.
Elite
reptiliana
A teoria conspiratória
da elite reptiliana foi popularizada pelo escritor e orador britânico David
Icke, que propôs o polémico argumento de que reptilianos vivem entre nós com a
real intenção de escravizar a raça humana sob uma liderança ditatorial. Foram
eles que criaram os grays. Segundo a teoria
defendida por Icke, os tais reptilianos são actualmente personificados nos
nossos líderes, executivos, heróis e todos aqueles que idolatramos por um
motivo ou outro. Icke acredita que estes são os mesmos seres responsáveis pelas
piores barbáries da civilização, que tais criaturas comem sangue e carne
humanos para manter a sua própria aparência humana, e sugere que todos devam
ser extintos. Alguns críticos adversos à teoria da elite reptiliana acusaram
Icke de anti-semitismo, alegando que seu discurso de répteis era uma espécie de
código judaico, no entanto, Icke rebateu, esclarecendo que os répteis aos quais
se referia eram literais, não metafóricos.
Projecto
MK-Ultra
Embora possa ser vista
como mais uma teoria da conspiração fantasiosa, o MK-Ultra foi um facto. A CIA realmente executou experiências
secretas de controlo mental sobre cidadãos americanos entre as décadas de 1950
e 1970, a fim de encontrar possíveis espiões comunistas. Aplicando técnicas de
engenharia comportamental como hipnose, privação sensorial e verbal, tortura e
abuso sexual, além de ministrarem drogas alucinogénias, vários presos e
acusados foram mortos como resultado das experiências. Os conspiradores sugerem
que o MK-Ultra contratou dezenas de
instituições, incluindo universidades, hospitais, prisões e empresas
farmacêuticas para viabilizar tal projecto. A maior parte dos arquivos
relacionados ao MK-Ultra foi
destruída no meio da década de 1970, o que contribuiu para que nenhuma pessoa
sequer fosse levada á justiça pelos acontecimentos. A operação MK-Ultra foi tão verdade que, em 1995, o
presidente Clinton emitiu um pedido formal de desculpas em nome do governo dos
EUA.
9/11
Há inúmeras teorias sobre
o papel do governo dos EUA nos acontecimentos de 11 de Setembro de 2001, mas a
maioria sugere que a administração Bush tinha conhecimento prévio dos ataques e
não agiu, ou então que orquestrou a coisa toda. No mais, todos continuam a
abraçar explicações alternativas para essa atrocidade. Há quem acredite que o
ataque foi um trabalho interno, bem planeado, a fim de consolidar o lugar dos
EUA como a principal potência mundial e também assegurar as reservas americanas
de petróleo no Médio Oriente. Também é comum a crença de que, no dia do
atentado, a força aérea dos EUA foi deliberadamente parada ou enviada em
exercícios para evitar a intervenção que poderia ter salvado a vida de quase
3.000 pessoas.
Outra teoria é que os
proprietários do World Trade Center
foram os responsáveis pelo evento (pois
eles teriam a ganhar US$ 500 milhões em lucros de seguros). Enfim, daí tiram-se
dezenas de conclusões.
Aparentemente os teóricos
da conspiração estão nos seus limites imaginativos: uma foto encontrada nos
arquivos digitais da Universidade de Washington iniciou uma teoria da
conspiração um tanto bizarra, que afirma que a activista Greta Thunberg é
uma viajante do tempo de 120 anos. Ela teria sido enviada para nos salvar,
segundo os teóricos da conspiração. Alguns chegaram a afirmar que a imagem
desta foto tirada em 1898, havia sofrido alterações digitais, embora o arquivo
original esteja disponível online