VISITANTES NA IDADE MÉDIA
Mais
mistérios que Jacques Bergier revelou no seu livro “Os Extraterrestres na
História”, editora Hemus -1970.
Quando
Bergier escreveu os seus livros sobre factos misteriosos, não pôde contar com a
ajuda da Internet, pelo que teve muito trabalho de pesquisa pelos locais que
realça e talvez (como todos os investigadores sobre a história do passado) tenha
pesquisado nos locais, em bibliotecas e alfarrabistas.
O
conhecimento está aí, ao dispor dos investigadores. Milhões de manuscritos e
obras antigas, com pistas e segredos que passaram despercebidos face à
dificuldade das comunicações, deslocações e conhecimento científico, que se tem
desenvolvido ao longo dos anos, que abrem uma porta e permite ir ao encontro
dos segredos que eram guardados e transmitidos em seitas esotéricas e
ocultistas.
Hoje,
como em todas as “profissões” a tendência é haver cada vez mais operadores
informáticos do que “profissionais” autênticos com o conhecimento adquirido com
o estudo e experiência. Os engenheiros, por exemplo, arquitectos,
“desenhadores” de Artes Gráficas, mecânicos e outras profissões essencialmente
técnicas utilizam os computadores, e Internet, para executarem os seus
projectos, sendo mais operadores de computadores do que propriamente profissionais
do ramo que representam. Robôs substituem a mão de obra e o “profissional” tem
que estar apenas preparado para saber ligá-los e calibrá-los para uma tarefa
específica o que já sai do âmbito da profissão genuína para o âmbito de
operador de informática. Julgo que já não há “criação”, mas sim adaptação e
utilização de cálculos já existentes e arquivados, bem como qualquer tipo de
ideia a concretizar. O computador já tem os esquemas e desenhos necessários
para desenvolver qualquer projecto. Os próprios “profissionais” já não precisam
de executar cálculos complicados e demorados. Os fotógrafos, por exemplo, já
não precisam de fazer os reveladores e fixadores de película, juntando com
precisão os vários elementos que os compõem, pois os produtos já vêm
devidamente calibrados e é só adicionar água. Não precisam de coordenar os
tempos de exposição e velocidade da objectiva, conforme as velocidades, e luz
dos objectos, a fotografar. Para reproduzir uma foto a cores já não é
necessário um fotógrafo, porque uma máquina separa automaticamente as cores,
calibra a sua densidade e contraste, e imprime-as com perfeição. As máquinas
automatizadas fazem tudo. Os mecânicos auto para alinharem uma direcção ou
afinarem um motor já não necessitam da sua capacidade manual e saber
profissional, mas sim saber operar com as máquinas que fazem esse trabalho. Até
os curiosos já conseguem exercer qualquer tarefa seguindo as indicações
detalhadas num vídeo ao dispor na Internet. Até nas salas de aulas os
alunos já utilizam máquinas de calcular e não despendem tanta energia.
Se
houver um “apagão” regredimos porque ninguém, a não ser profissionais já
reformados, sabe como se fazem as coisas. Regressaríamos à era do papel e
teríamos de aprender tudo novamente, consultando obras impressas porque todo o
acervo informático se volatilizou.
Ora,
o que pretendo dizer é que o conhecimento está aí, e agora só é necessário
alguém ter tempo para pesquisar, reunir um tema e pô-lo à disposição de quem
queira aprender, por curiosidade ou por interesse.
Assim, faço
aqui um pequeno resumo da obra de Bergier, juntando algumas considerações
minhas e imagens encontradas na Net.
Em 13 de Agosto
de 1491, Facius Cardan, pai do matemático Jerôme Cardan, registou esta
aventura: “Quando completei os ritos
habituais, por volta das vinte horas, apareceram sete homens, vestidos com
roupa de seda que lembravam túnicas gregas, e calçados cintilantes. Usavam
cotas de malha e, sob elas, roupas interiores vermelhas de extraordinária graça
e beleza. Dois deles pareciam ser um pouco mais nobres que os outros. O que
tinha ar de comando tinha o rosto de cor vermelho-escuro. Disseram ter quarenta
anos, embora nenhum deles não parecesse ter mais do que trinta. Perguntei quem
eram. Responderam que eram homens compostos de ar, e seres como nós, sujeitos
ao nascimento e à morte. A sua vida era muito mais longa do que a nossa,
podendo chegar a três séculos. Interrogados sobre o porquê, não revelaram aos
homens os tesouros do seu conhecimento. Responderam que uma lei severa impunha
penalidades àqueles que revelavam o seu saber aos homens. Demoraram com o meu
pai cerca de três horas. O que parecia ser o chefe negou que Deus tenha feito o
mundo para toda a eternidade. Ao contrário, disse ele, o mundo é criado a cada
instante. Caso Deus ‘desanime’, o mundo corre perigo”.
Estes
visitantes parece terem sido os últimos de uma longa série, surgidos na Idade
Média. Tinham a particularidade de poderem comunicar com os homens, não
passavam por anjos, não traziam nenhuma revelação. A sua atitude era mais
racionalista. Estes visitantes até negaram a existência de uma alma imortal,
defendendo a teoria a respeito da criação contínua do Universo.
Na minha
opinião, tendo em atenção de que Cardan falou em “ritos habituais”, portanto um
tipo de ritual que normalmente são utilizados para a comunicação com os
espíritos, mundo espiritual ou outra dimensão, estes visitantes foram
“convocados” e poderiam vir do submundo, dos seres materiais não
espiritualizados que não podem progredir na escala da evolução, como os
humanos, e que fazem tudo para que os humanos não transitem para uma nova
dimensão, como está previsto e já está a acontecer. Estes seres alimentam-se da
energia libertada pelos humanos. No texto que publiquei neste blogue em 30 de
Julho de 2021, intitulado “A Transição da Terra”, vem explicada a
acção nefasta desses seres negativos que
só podem existir enquanto tiverem as emanações mentais libertadas pelos seres
humanos e obviamente tudo fazem para prenderem a humanidade ao plano mais denso
da matéria, desligando-os completamente do plano espiritual.
Os Alquimistas e místicos da
Idade Média, procuraram ligar estes visitantes aos “espíritos” de que a Cabala
e a Bíblia falam, tratando-se evidentemente de uma colaboração mitológica. De
facto, houve, aparentemente, contactos com seres “fabricados”, “feitos a partir
do ar”, segundo os visitantes de Cardan. Eles insistiram nos castigos que
sofreriam se revelassem qualquer segredo. Toda esta tradição permaneceu até ao
século XVIII, data em que certos segredos seriam desvendados.
Estes seres foram assinalados,
mais tarde, noutras regiões fora da Europa. Nos fins do século XVIII, no Japão
e junto dos índios da América do Norte. Naquela época os índios da Califórnia
descreveram seres humanos luminosos que paralisavam as pessoas com a ajuda de
um pequeno tubo. A lenda índia precisa que as pessoas que foram paralisadas
tiveram a impressão de terem sido bombardeadas com picos de cactos. Na Escócia,
na Irlanda, tais aparições foram mencionadas desde tempos imemoriais até ao
século XIX, algumas vezes até ao século XX. No século XIX encontravam-se traços
de um personagem estranho chamado Springheel Jack, luminoso à
noite, capaz de saltar e voar e que tentou entrar em comunicação com os homens
(curiosamente os Rolling Stones lançaram uma música intitulada “Jumping
Jacki Flash).
A primeira
aparição data de Novembro de 1837, segundo testemunhos seguros e precisos em 20
de Fevereiro de 1838, e a última em 1877. Desta vez, o estranho visitante
cometeu a imprudência de aparecer perto do campo de manobras de Aldershot. Duas
sentinelas abriram fogo e o visitante reagiu com jactos de chamas azuis, que
cheiravam a ozono. As sentinelas foram volatilizadas, e o visitante
nunca mais apareceu.
A densidade do
fenómeno é muito inferior à da Idade Média, onde se observou, a cada ano,
aparição de estrangeiros luminosos. Em todos os relatos, relacionam-nos sempre
ao fogo e ao poder da transmutação de metais. A “energia” ainda não fora
inventada. Nos interrogatórios respondiam que esses seres não eram salamandras
nem criaturas do fogo, mas sim homens de outra espécie. Atribuem-lhes a
estranha série de incêndios que, durante a grande peste de Londres, destruiu
de súbito todas as casas que haviam sido contaminadas, somente estas,
impedindo assim que a peste se propagasse e exterminasse toda a população de
Inglaterra. Seria um caso de intervenção benéfica e benvinda.
A ideia
racionalista defendida por M. Homais, da Idade Média como um período de trevas,
está a ser contestada pelos historiadores de investigação. A Idade Média foi um
período de progressos rápidos, mais rápidos talvez que os nossos, mas que
visavam outros objectivos.
Nós perdemos a
noção, mas ela seria necessária para que nos pudéssemos colocar na mente de um
homem do ano 1000 ou 1200 e compreender a sua atitude perante os visitantes que
considerava como fazendo parte do mundo em que ele vivia. Devemos salientar que
os homens da Idade Média, que acreditavam nos visitantes, eram espíritos
essencialmente racionalistas, sem ligações com bruxaria ou com a Inquisição,
fenómenos diferentes. Não se nega que estes contactos possam ter ocorrido,
entre os visitantes e homens como Roger Bacon (Corrigiu
o Calendário Juliano, aperfeiçoou diversos instrumentos de óptica, descreveu a
Via Láctea como um agregado de estrelas, explicou a formação do arco-íris e
anteviu várias invenções modernas, como a máquina a vapor, o telescópio, o
microscópio, o aeroplano etc.)
Jerôme Cardan ou
Leonardo da Vinci.
Em todo o caso,
a Idade Média admite, praticamente sem discussão, que é possível entrar em
contacto com criaturas revestidas de armaduras luminosas que se chamavam “demónios”.
O termo “demónio” não comporta as conotações pejorativas de mal, ou diabólico,
que apresenta na nossa linguagem. Lembra mais o sentido dos demónios de
Sócrates, que discutiam com ele e lhe sugeriam ideias.
Depois de
aparecerem no começo da era cristã, os demónios luminosos surgiram com as
primeiras manifestações da franco-maçonaria, desde os séculos XIII e XIV. Foi
por causa deles que os francos-maçons se denominaram “Filhos da Luz” e, a
seguir, passaram a contar os anos não a partir do nascimento de Cristo, mas sim
de um ano de luz obtido adicionando os 4.000 anos à era cristã.
Começam a
ligar-se a eles aspectos mais ou menos interplanetários. Em 1823, o Dr. George
Oliver, historiador da franco-maçonaria, escreveu: “A antiga tradição maçónica – e tenho boas razões para
ser desta opinião – diz que a nossa ciência secreta existe desde antes da
criação do globo terrestre e que ela foi largamente expandida através de outros
sistemas solares”.
É, contudo, na
Idade Média que ocorrem as aparições mais numerosas de criaturas com
vestimentas de luz. Estes mensageiros encontram-se com rabinos, com quem
discutem longamente sobre a Cabala, os poderes de Deus, o conhecimento e a
exploração do Tempo, e outros assuntos. Afirmam conhecer os guardiões do Céu,
dos quais, entretanto, não fazem parte. Aparecem igualmente entre os monges e
os santos do Islão. São descritos sempre do mesmo modo. A sua atitude intelectual
é sempre racionalista. Falam de geometria, de uma sabedoria racional, à qual
Deus se submete.
Teríamos mais
conhecimentos sobre eles se os arquivos dos Templários e dos Ismaelitas nos tivessem chegado às mãos. (Os ismaelitas acreditam num único deus e no
profeta Maomé como mensageiro divino. O pensamento ismaelita apresenta
igualmente uma visão cíclica, desenrolando-se a história ao longo de sete eras.
Cada uma destas eras é iniciada por um profeta, que traz consigo uma escritura
sagrada. Cada profeta é acompanhado por um companheiro silencioso, que
revela os aspectos esotéricos da escritura. Os seis primeiros ciclos estiveram
associados aos profetas Adão, Noé, Abraão, Moisés, Jesus e Maomé. O
companheiro silencioso de Maomé foi Ismael, que regressará no futuro para ser o
profeta do sétimo ciclo. Este sétimo ciclo implicará o fim do mundo. Até esse
momento o conhecimento oculto deve ser preservado em segredo e revelado apenas
a iniciados). O que infelizmente não aconteceu. É certo que,
como os Templários e os Ismaelitas tinham por missão a entrada de uma Terra
Santa que não é, de modo nenhum, a Palestina. Uma Terra Santa que não é
localizável no nosso tempo e no nosso espaço, que possui uma geografia sacra
diferente da nossa, estudada especialmente por dois franceses, Guénon e Henry
Corbin.
Aí, também se pode tentar substituir a mitologia antiga por
uma moderna, falar não de uma Terra Santa, mas de uma porta que se abre para
uma outra dimensão, superior às três conhecidas, uma estrutura da Terra mais complexa
que o globo que se vê de um satélite e na qual a nossa civilização crê de
maneira pouco crítica quanto às civilizações acreditam na Terra plana.
Jacques Bergier, um dos investigadores destes seres
luminosos, é de opinião de que se tratariam de pesquisadores enviados por seres
capazes de acender e extinguir estrelas, pesquisadores talvez criados por tais
seres. E acredita que a sua origem talvez seja a própria Terra, em uma região
dificilmente localizável num mapa-múndi.
Sabe-se, com certeza, que após se manifestarem frequentemente
na Idade Média, prosseguiram as suas actividades durante o Renascimento.
Visitaram Cardan. Assim como o seu contemporâneo J.N.Porta (1537 – 1615) que
escreveu uma enciclopédia, Magia Naturalis, cuja primeira edição data de
1584. O autor procura associar as pesquisas experimentais o saber recebido de
fonte natural. Daí o título “Magia Natural”. Porta foi o primeiro a estudar
cientificamente as lentes, a descrever um telescópio, a predizer a fotografia.
Tem, portanto, merecido lugar na história das ciências, só que foi menos
estudado no domínio que nos interessa.
O Cardeal d’Este, que se apaixonou pelos seus trabalhos,
fundou em 1700, uma organização que se reunia na sua casa e que se chamava “Academia
de Segredos”. Foi como que um organismo intermediário entre os agrupamentos
desconhecidos na Idade Média e do início da Renascença, e o Colégio Invisível.
Podemos observar, por exemplo, sobre a Ordem Rosa-Cruz, cujos escritos
mencionavam constantemente os demónios, assim como as lâmpadas perpétuas que
lhes deixaram. Fulcanelli escreveu: “Os adeptos portadores do título são
somente irmãos pelo conhecimento e pelo sucesso dos seus trabalhos. Nenhum
juramento era exigido, nenhum estatuto os ligava entre si, nenhuma regra além
da disciplina hermética livremente aceita, voluntariamente observada,
influenciava o seu livre arbítrio. Foram e são ainda isolados, trabalhadores
dispersos no mundo, pesquisadores cosmopolitas, segundo a mais estreita acepção
do termo. Como os adeptos não reconheciam nenhum grau de hierarquia, a
Rosa-Cruz não era uma graduação, mas apenas a consagração dos seus trabalhos
secretos, a da experiência, luz positiva cuja fé viva lhes havia revelado a
existência… Jamais houve entre os possuidores do título outro laço senão a
verdade científica confirmada pela aquisição da pedra. Se os Rosa-Cruzes são
irmãos pela descoberta, o trabalho e a ciência, irmãos pelas obras e pelos
actos, isso ocorre com um conceito filosófico, o qual considera todos os
indivíduos como membros da mesma família humana”.
https://www.youtube.com/watch?v=QXNL23G_O1Q
Jacques Bergier diz que não crê absolutamente em uma
organização estruturada dos Rosa-Cruzes, como lojas ou células. Ele acredita em
encontros entre pesquisadores livres, alguns dos quais já visitados por
demónios. Muitos tiveram em seguida conhecimentos surpreendentes e podemos
perguntar de onde Cyrano de Bergerac tirou a descrição de um foguete por
estágios ou de um poste receptor de TSF. Pois, se os demónios não difundem o
saber, eles o transportam, talvez, de um pesquisador para outro. Talvez mesmo
mantivessem, fora do alcance da Inquisição, um certo saber onde seriam
conservados os manuscritos.
Encontram-se estas concepções no esoterismo judaico da Idade
Média. Estas criaturas de luz, muito activas, do ano 1000 ao ano 1500,
desapareceram totalmente. No século XVII, são encontrados em pequeno número, e
desapareceram inteiramente no século XVIII.
Os demónios deixavam atrás de si estranhos objectos. Por
exemplo, uma esfera metálica de que falam os Templários nas suas confissões.
Ela não somente emitia luz, mas também radiações hoje desconhecidas. No Chipre,
ela teria destruído várias cidades e muitos castelos. Quando foi lançada no
mar, levantou-se uma tempestade, e naquela região nunca mais houve peixes (Chipre
fora conquistada por Ricardo I de Inglaterra, em 1191, durante a Terceira
Cruzada, para servir de base de apoio e fornecimento contra os sarracenos. Um
ano mais tarde Ricardo vendeu a Ilha aos Cavaleiros Templários que ainda a
conservaram por bastante tempo até a venderem a Guido de Lusinhão).
Há também as lâmpadas perpétuas de que falam as tradições
judaicas da Idade Média, Islão e Rosa-Cruzes. As lâmpadas funcionariam
indefinidamente, sem azeite, sem nenhum produto de queima e sem se consumirem.
Não se podia tocar nelas sob pena de provocarem uma explosão capaz de destruir
uma cidade inteira. Também falam de forças, energias, que parecem físicas e que
não correspondem aos conhecimentos da época. Muitos textos judaicos afirmam que
estas lâmpadas provêm de lâmpadas do Céu.
Infelizmente os relatos que datam da Renascença, sobre estas
lâmpadas encontradas em túmulos na Alemanha e Inglaterra, não puderam ser
confirmados. Algumas lâmpadas muito estranhas e de grande beleza foram
encontradas em Lascaux, mas ignora-se como funcionavam. Uma tradição afirma que
a descoberta de uma tumba secreta com uma lâmpada perpétua teria sido a origem
da criação da maçonaria inglesa. Mas, como sempre, não há factos, revelados ao
público, que o confirmem.
Tem-se pretendido, em particular, que a Ordem do Templo, que
não foi perseguida em Inglaterra, ao contrário do que aconteceu em toda a
Europa (excepto Portugal, que a converteu na Ordem dos Hospitalários ou de
Cristo) tenha fundado a Maçonaria Inglesa. Mas não há dúvidas de que tenha
havido alguma ligação entre a Maçonaria e as “criaturas de luz”, vindas para
ensinar. Não se pode sustentar, porém, que a Maçonaria tenha prolongado a
tradição dos “Guardiões do Céu”.
Esta tradição corresponde às aparições precisas, humanamente
controláveis que determinaram uma fase precisa da série de hipotéticas intervenções
estudadas no livro de Jacques Bergier (Os Extraterrestres na História).
Para um homem da Idade Média, fosse ele cristão, muçulmano ou judeu, seria tão
natural discutir com um ser de luz como receber a visita de um viajante de país
longínquo. Se estas criaturas inspiravam curiosidade, e por vezes cobiça, pelos
conhecimentos que mostravam possuir, nunca inspiraram medo ou terror. A partir
de um certo nível de cultura, pareceia que os cristãos, muçulmanos e judeus,
acreditavam num Centro onde o alto saber era conservado e onde os
visitantes iam até eles.
Hoje, certos eruditos acreditam na existência desses Centros,
mas poucas pessoas na Europa, ou na América (com o avanço da “Ciência
racional”) o crêem. Existem “lendas” que os esotéricos exploram sobre a
existência desses centros do saber, e muitos exploradores pereceram na demanda
deles. Hitler, por exemplo, mandou expedições “científicas” para os locais
considerados sagrados, e possíveis centros de saber, onde se supõe estarem
civilizações altamente avançadas, de seres superiores.
Também corre a lenda desses seres superiores na Antárctida, o
que motivou várias expedições secretas que, por qualquer motivo, é considerada
uma região “proibida” aos curiosos. E da lenda passamos a factos como a
expedição recente, organizada pelas igrejas Ortodoxa e de Roma e com o apoio do
presidente da Rússia, para entregar aos seus “verdadeiros” donos a “Arca de
Gabriel” descoberta recentemente.
Publiquei um enxerto dessa expedição, sobre a Arca, em 10 de
Janeiro de 2022, neste meu blogue.
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