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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

 


NÃO SOMOS ORIGINÁRIOS DA VIA LÁCTEA

 



No princípio julgávamos que a Terra era plana. Depois que estava no centro do Universo, sendo o Sol o seu centro. Depois descobrimos que existiam Galáxias, e mais tarde constatamos que estávamos dentro de uma galáxia também.

 



Mas agora graças aos dados do 2MASS (
The Two Micron All Sky Survey) o projecto de pesquisa astronómica que fez uma varredura sistemática da esfera celeste, descobrimos que estamos contidos na área da Via Láctea, mas não somos originalmente “daqui”. 

Os astrónomos descobriram que as galáxias se absorvem umas às outras, onde as menores são atraídas pelas maiores pela atracção gravitacional. E descobriram que a Via Láctea está em processo de absorção de 4 galáxias menores, e também que a Via Láctea esta em via de ser absorvida por Andrómeda, a maior do nosso grupo local. Em 1994 constataram que a Via Láctea estaria a absorver uma galáxia 10 mil vezes menos maciça que foi chamada de Galáxia Anã de Sagitário.

E agora descobriram que a nossa estrela pertence originalmente à galáxia de Sagitário e não à Via Láctea. Isto responde a algumas perguntas, como, “Porque vemos a Via Láctea do ponto de vista que vemos”. É que se fossemos “nativos” da Via Láctea, estaríamos no “disco principal” dela, e vê-la-íamos muito mais achatada do que vemos. Estamos numa perspectiva mais abaixo do plano central, onde não deveria haver estrelas, inclusive.

Outra, “Porque as estrelas da Via Láctea são em geral de idades diferente da nossa”. É que as estrelas da Galáxia de Sagitário têm idade similar à nossa. Agora essa questão é facilmente respondida.

Há pouco tempo descobriram que a área fora do Sistema Solar tem grande concentração energética (partículas) e não compreendiam o porquê disso, também constataram que o sistema solar vai para dentro dessa área. Mas não compreendiam exactamente o porquê da existência dessa área.

Agora sabemos que essa área é a área mais densa da Via Láctea, o seu disco principal.

E a descoberta mais recente é de que a Via Láctea se fundiu a outra galáxia, uma parceira chamada Gaia-Enceladus, 10 mil milhões de anos atrás. A pesquisa, que ajuda a compreender um pouco sobre os movimentos e as formações naturais do espaço, está na última edição da revista científica Nature.

A Via Láctea já teve uma "irmã" que foi engolida há 2 mil milhões de anos pela Galáxia mais próxima de nós, Andrómeda.

A descoberta foi feita por cientistas do Departamento de Astronomia da Universidade de Michigan a partir de um detalhado estudo das estrelas que circundam Andrómeda. Por muitos anos, acreditou-se que essa auréola de estrelas tivesse sido formada a partir da fusão de Andrómeda com pequenas galáxias.

Já era um consenso no meio astronómico de que grandes galáxias, como a Via Láctea, sempre são a fusão de galáxias menores. Assim, a Via Láctea não poderia ser diferente: também é produto de pequenas fusões.

 


É comum ouvir que o Sistema Solar, e a Terra, em particular, residem em um canto esquecido, nos subúrbios da Via Láctea. De facto, moramos num “braço menor” da nossa galáxia espiral, a que chamamos “Braço Local“, situado entre dois braços principais da Via Láctea. Mas, não tão menor quanto se supunha. Nos novos cálculos o nosso ‘Braço Local’ não é apenas uma pequena ramificação de um “braço principal”. Segundo Alberto Sanna, pesquisador do “Instituto Max Planck” de Radioastronomia, estes dados na verdade sugerem que o nosso Braço Local é uma “estrutura proeminente” da Via Láctea.


A galáxia de Sagitário, ao ser absorvida, contorce-se toda, com uma rotação em espiral, indo a cada volta mais para dentro da Via Láctea. Acredita-se que esse “ciclo” seja o mesmo clico apocalíptico de 26 em 26 mil anos.   Ou seja a cada “volta” dada pela Via-Láctea, entramos numa área mais densa energeticamente, e isso provoca várias mudanças no nosso Sistema Solar.

A descoberta foi feita por Steven Majewski, um professor de astronomia da Universidade da Virgínia. Ele publicou os seus estudos no Astrophysical Journal na data de 20 de Dezembro de 2009. Utilizou o catálogo Two-Micron All Sky Survey (2MASS) filtrando as estrelas de tipo M-Gigante, que não existem na Via Láctea mas somente na Sagitário.

A Via Láctea começou a absorver a Sagitário há 240 milhões de anos, e a absorção será completa em 2 mil milhões de anos, mas ela esta a passar por um momento crítico, em que mais tarde já não poderá manter os seus “braços” unidos pela própria atracção gravitacional, já que muitas estrelas foram “perdidas” para a Via Láctea. A atracção gravitacional que lhe dava estabilidade enfraqueceu.

Outra constatação surpreendente é que a Via Láctea tem dois buracos negros no centro, é obvio que um deles o menor veio de outra galáxia, não temos a certeza que seria o buraco negro da Sagitário, mas já que a Galáxia de Sagitário, não tem buraco negro é bem capaz de ser.

 


Um novo estudo feito por astrofísicos da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, acaba de abrir um leque de oportunidades para o estudo de buracos negros. Os pesquisadores identificaram que há uma dúzia deles reunida em torno do buraco negro supermassivo Sagittarius A, localizado no centro da nossa galáxia. E, ao que tudo indica, mais alguns milhares de buracos negros vivem na região.

“A via Láctea é a única galáxia que nós temos para poder estudar como buracos negros supermassivos interagem com buracos negros menores, porque nós simplesmente não podemos ver essas interacções em outras galáxias,” explica Chuck Hailey, líder do grupo que fez a descoberta e co-director do Laboratório de Astrofísica de Columbia. “De certa forma, este (a Via Láctea) é o único laboratório que temos para estudar este fenómeno.”

De acordo com um trecho de um texto da NASA, “o buraco negro da Via Láctea, com uma massa de 4,1 milhões de ‘Sóis’, não é bem um monstro em hibernação, mas apresenta ‘soluços’ periódicos conforme gases e estrelas e nuvens caem dentro dele.”

O buraco negro é considerado a força mais poderosa do universo, e surge de explosões de supernovas prestes a morrerem. Tais objectos constituem tamanha força gravitacional que nem a luz consegue escapar.

O estudo da distribuição dessas regiões também pode ajudar a entender a interacção entre essas deformações do espaço-tempo.

Ao observar os detritos de Sagitário, foi verificado que ele teria formado uma área esférica de matéria escura em redor da Via Láctea, algo que foi completamente inesperado. Segundo Weinberg de Princeton, ou a matéria escura tem características muito mais elaboradas do que se pensa ou a Via Láctea é uma galáxia bastante excêntrica. Essa entrada na zona de mais radiação da Via Láctea, apesar de ser lenta, já permite observar alguns efeitos colaterais, como:

SOL - Postula-se que esta é a verdadeira razão para o aquecimento global. Os níveis mais elevados da energia da Via Láctea é quase certo que é a causa de uma maior actividade solar. De facto, as temperaturas têm sido vistas a aumentar em praticamente todos os planetas no nosso sistema. Isso parece muito além de qualquer fenómeno local, como os gases com efeito de estufa, etc.

LUA - A primeira fase de geração de atmosfera na Lua, onde uma atmosfera crescente foi detectada que atinge até 9,000 km de altura.

VÉNUS - Mudanças físico-químicas significativas foram observadas em Vénus, e uma inversão da posição de manchas escuras e foi detectada pela primeira vez uma diminuição do enxofre na atmosfera. Uma mudança no espaço interplanetário que vem apresentando cada vez mais partículas carregadas.


MARTE - Uma série de transformações da atmosfera marciana a aumentar a qualidade da biosfera. Em particular, um crescimento de nuvens na região do equador e um crescimento anormal de concentração de ozono. O satélite Mars Surveyor encontrou uma densidade atmosférica duas vezes maior do que a projectada pela NASA anteriormente. Esta combinação de eventos  retardou o início da próxima missão em um ano.

JÚPITER - A duplicação da intensidade do campo magnético em Júpiter (baseado em dados de 1992), e uma série de novos estados e processos observados neste planeta, como um rescaldo de uma série de explosões em Julho de 1994 (causadas pelo Cometa "SL-9) . Com a maior actividade e mais expulsão de plasma para a atmosfera criando um cinturão de radiação na faixa de brilho decímetro (13,2 e 36 cm), também aparecimento de grandes anomalias boreais e uma mudança no sistema de correntes de Io e Júpiter. Uma corrente de hidrogénio ionizado, oxigénio, nitrogénio, etc., está a ser dirigida para Júpiter das áreas vulcânicas de Io por um tubo de fluxo de um milhão de amperes. Ela afecta o carácter do processo magnético de Júpiter e intensifica a génese de plasma.

SATURNO - Aumento das auroras boreais em Saturno, e provavelmente, em breve, elas irão aumentar na Terra também.

ÚRANO e NEPTUNO - Deslocamentos polares em Úrano e Neptuno e o crescimento abrupto da Magnetosfera de Úrano. Mudança da dinâmica da reflexão da luz em Neptuno.

PLUTÃO - Um aumento até agora inexplicável de manchas escuras em Plutão e MakeMake (Planeta anão).



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