A FORÇA DA FÉ
Ninguém pode dar tudo de que é capaz quando o seu espírito é
embaraçado pelos problemas, ansiedade, medo, incertezas, assim como não pode
trabalhar fisicamente quando tiver cãibras, artroses ou outro problema orgânico
que o debilite.
O trabalho cerebral (conjunto
complexo do Hardware – suporte
físico, o cérebro – e software – a
memória aleatória que só acessa ao consciente quando a Mente e o Espírito estão
activos. Quando a Mente adormece para descansar, ou se retira, o cérebro - e o
Cerebelo - só têm armazenados dados fixos que têm como função a manutenção do
corpo e funcionamento de funções vitais "inconscientes") precisa de completa
liberdade. Portanto, a incerteza e a dúvida são os grandes inimigos daquela
concentração que é o segredo de toda a força. A confiança é a fonte dos
milagres em todo o género de esforços.
A Bíblia recorda-nos que foi pela fé que Abraão, Moisés e outros
personagens de grande carácter, conseguiram operar milagres. Insiste na
importância da fé e podemos considerar que o lema dos Evangelhos é: "Que tudo te seja feito,
segundo a tua fé". Está escrito que a fé duplica o nosso poder e multiplica
as nossas forças e que nada podemos fazer sem ela. Qualquer ser humano forte perde
o seu poder quando começa a duvidar e não ter confiança em si mesmo, ou na sua
habilidade.
A fé é o laço que une o consciente com o subconsciente (onde está armazenado todo o Arquivo da Alma
e que só chega ao consciente quando a Mente faz a ligação). Alma, como já sabemos, é o resultado da
experiência Espírito/matéria e que
funciona na união, ou conexão, entre a Mente criada por esta experiência no
mundo físico e o Espírito doado por Deus.
É
a fé que penetra nas profundezas da nossa vida interior e que em nós desperta o
divino. A fé abre a porta para o Poder infinito que portamos em nós pela
conexão entre o nosso Espírito e o Espírito Universal de Deus. A nossa vida reflecte
toda essa fé, forte ou fraca. A maioria não calcula a importância da fé, porque
a desconhecem e quando lhes falam nela resistem pela lavagem cerebral que
sempre levaram desde que nasceram contra tudo o que diga respeito ao espírito,
e contra a religiosidade que é conectada com a beatice.
O
plano foi sempre esse. Afastar o ser humano
da sua capacidade religiosa apoiada na verdade, sem dogmas e sem rituais. O
paganismo é que recorre aos rituais para "prenderem" as Almas. Este
plano faz com que as pessoas confundam a fé com a fantasia ou com a imaginação,
quando a fé é verdadeiramente a voz dum poder interior em comunhão com a
Omnipotência. É uma faculdade espiritual que sabe,
porque vê o caminho que outras faculdades humanas não conseguem discernir. É um
conhecimento tão real como o que obtemos por meio dos nossos sentidos.
É
um crime destruir nas crianças (como têm
feito até hoje os agentes da educação influenciados pelo sistema que pretende
sempre rebaixar o potencial latente no ser humano) a confiança em si mesmas (excesso de proteccionismo), não as
deixando explorar o mundo que as rodeia à vontade, e dizendo-lhes repetidamente que nunca triunfarão ou que nunca
poderão fazer os que os mais afoitos fazem porque é perigoso. Devemos deixá-las
"sonhar", porque estão a construir e a fortalecer a zona do seu
pensamento.
Os
pais, principalmente, e os professores parecem não compreender o quão
impressionáveis são os jovens, como se perturbam e perdem o alento com
sugestões de inferioridade ou de incompetência. As sugestões de inferioridade
têm causado mais tragédias e fracassos que nenhuma outra fonte de males. O
maior erro é o de nos estabelecimentos de ensino "escarrapacharem"
quadros onde listam os melhores alunos ou os mais fracos, numa competição que
para nada serve. Muitos alunos "medíocres" vingaram na vida como
grandes empresários e génios na investigação científica (podemos apontar como exemplo Eistein que foi um aluno medíocre) e
"bons" alunos revelaram-se um fracasso. Todos foram fortemente
influenciados por esta descriminação e são poucos aqueles que conseguem superar
esse anátema que foi colocado sobre eles. Lembrem-se dos grandes inventos que
mudaram a História. Normalmente partiram de indivíduos que à revelia das
certezas da ciência (como o caso dos irmãos
Wright, simples mecânicos, que inventaram o avião e provaram que o mais pesado
do que o ar podia voar) persistiram, tiveram fé e conseguiram.
A
fé está intimamente ligada aos génios e é a grande condutora das obras
grandiosas. Foi pela fé que se fizeram as grandes descobertas, as grandes
invenções, os grandes engenheiros, e as grandes inspirações de todo o esforço
humano. Se tivéssemos uma ampla concepção do que nos é possível, se tivéssemos
sempre mais confiança em nós mesmos, poderíamos realizar infinitamente mais
obras. E se melhor compreendêssemos a nossa origem divina melhor teríamos essa
confiança.
O
problema é que as forças malignas têm influenciado o ser humano e tentam
convencê-lo de que ele foi depravado pela natureza e pelo pecado. Deus não
criou o Homem depravado nem pecador. Deus deu-lhe Poder e Autoridade e o Homem,
pela fraqueza da carne, é que se deixa influenciar e provocar, ele mesmo, o
mal.
A
inferioridade do ser humano é auto-infligida. Deprecia-se a si mesmo, vê-se
fraco e inferior, em vez de se elevar à altura em que reside a superioridade. O
ser humano, como Deus o criou, não é um decaído. O pecado é que o fez decair. O
ser humano aviltou-se e condenou-se à mediocridade, por meio da inferioridade
dos seus pensamentos, mas pode resistir porque tem poder e autoridade para
isso. Quanto mais alimentar o seu espírito, quanto mais se espiritualizar e
melhorar a conexão entre a Mente e o seu Espírito, mais se elevará e derrotará
as forças invisíveis do mundo das trevas.
A
fé vivifica todas as nossas faculdades. Quanto maior for a nossa fé, mais
íntima se tornará a nossa união com o poder Universal. Não há hábito mais
valorizador da vida do que o de acreditar sempre mais no Bem do que no Mal, e
ter como positivo que triunfaremos em tudo o que empreendermos. Quem só vê
dificuldades nunca pode fazer nada de grande. Quem triunfa é aquele que vê o
alvo e afronta os obstáculos.
Foi-nos
dada a fé para nos apoiarmos e segurarmos, quando não conseguimos ver a Luz nem
conseguirmos resolver os problemas. Não devemos temer as responsabilidades. Não
devemos deixar para amanhã aquilo que podemos resolver hoje à espera que as
condições melhorem. Poderes enormes
virão ao nosso apelo, desde que haja fé.
Num texto dei o exemplo de Einstein,
na sua fé (não digo religiosa no termo
clássico, mas na sua Intuição que,
ao fim e ao cabo, até vem da nossa religiosidade interior apoiada na Verdade) em
que não lhe sendo possível confirmar
experimentalmente a sua teoria da relatividade, para ser
"científica", se baseou apenas no conceito filosófico e cálculos
matemáticos subjectivos, que foi sendo provada com o avanço da ciência e
tecnologia.
Muito daquilo que Einstein
afirmou como possível, baseado apenas no cálculo e conceito filosófico sem
poder "provar" pela experimentação (como exige a ciência)
foi-se provando com o tempo. Ou seja, tudo é possível, mas por enquanto ainda
improvável.
Para completar esta informação,
surgiu no jornal i uma
notícia que se enquadra perfeitamente no que afirmei. Na edição online do jornal i de 12 de Fevereiro (não apontei
o ano) vem o seguinte: "Foram
detectadas directamente pela primeira vez ondas gravitacionais, anunciou esta
Quinta-feira a Colaboração Científica Internacional LIGO (Laser Interferometer Gravitational – Wave Observatory). Estas
tinham sido teorizadas por Albert Einstein há 100 anos. As ondas gravitacionais
resultam de eventos astronómicos cataclísmicos, com a colisão de buracos
negros. Tal como a queda de uma pedra num lago produz vários arcos, as ondas
gravitacionais deformam o "tecido" do espaço-tempo e,
consequentemente, os objectos que o atravessam".
E para os muito curiosos. Lembrem-se sempre que é preciso observar, recolher
informação por mais bizarra que pareça e, quando começar a cruzar os dados
recolhidos, descobrirá que muitas se completam e "encaixam"
perfeitamente, dando lugar a algo coerente que ganha forma. Quando começam a surgir esses
pontos comuns e se verifica que "puxam" para o mesmo lado, então é
altura de investigar e montar o puzzle.
NÃO HÁ COINCIDÊNCIAS. Há sempre
um propósito e tudo está presente, bastando estar atentos para nos darmos conta
das causas dos factos quando passam pela nossa frente.
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