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sábado, 26 de janeiro de 2019


A FORÇA DA FÉ

 


 
Ninguém pode dar tudo de que é capaz quando o seu espírito é embaraçado pelos problemas, ansiedade, medo, incertezas, assim como não pode trabalhar fisicamente quando tiver cãibras, artroses ou outro problema orgânico que o debilite.

O trabalho cerebral (conjunto complexo do Hardware – suporte físico, o cérebro – e software – a memória aleatória que só acessa ao consciente quando a Mente e o Espírito estão activos. Quando a Mente adormece para descansar, ou se retira, o cérebro - e o Cerebelo - só têm armazenados dados fixos que têm como função a manutenção do corpo e funcionamento de funções vitais "inconscientes") precisa de completa liberdade. Portanto, a incerteza e a dúvida são os grandes inimigos daquela concentração que é o segredo de toda a força. A confiança é a fonte dos milagres em todo o género de esforços.

A Bíblia recorda-nos que foi pela fé que Abraão, Moisés e outros personagens de grande carácter, conseguiram operar milagres. Insiste na importância da fé e podemos considerar que o lema dos Evangelhos é: "Que tudo te seja feito, segundo a tua fé". Está escrito que a fé duplica o nosso poder e multiplica as nossas forças e que nada podemos fazer sem ela. Qualquer ser humano forte perde o seu poder quando começa a duvidar e não ter confiança em si mesmo, ou na sua habilidade.

A fé é o laço que une o consciente com o subconsciente (onde está armazenado todo o Arquivo da Alma e que só chega ao consciente quando a Mente faz a ligação). Alma, como já sabemos, é o resultado da experiência Espírito/matéria e que funciona na união, ou conexão, entre a Mente criada por esta experiência no mundo físico e o Espírito doado por Deus.

É a fé que penetra nas profundezas da nossa vida interior e que em nós desperta o divino. A fé abre a porta para o Poder infinito que portamos em nós pela conexão entre o nosso Espírito e o Espírito Universal de Deus. A nossa vida reflecte toda essa fé, forte ou fraca. A maioria não calcula a importância da fé, porque a desconhecem e quando lhes falam nela resistem pela lavagem cerebral que sempre levaram desde que nasceram contra tudo o que diga respeito ao espírito, e contra a religiosidade que é conectada com a beatice.

O plano foi sempre esse. Afastar o ser humano da sua capacidade religiosa apoiada na verdade, sem dogmas e sem rituais. O paganismo é que recorre aos rituais para "prenderem" as Almas. Este plano faz com que as pessoas confundam a fé com a fantasia ou com a imaginação, quando a fé é verdadeiramente a voz dum poder interior em comunhão com a Omnipotência. É uma faculdade espiritual que sabe, porque vê o caminho que outras faculdades humanas não conseguem discernir. É um conhecimento tão real como o que obtemos por meio dos nossos sentidos.

É um crime destruir nas crianças (como têm feito até hoje os agentes da educação influenciados pelo sistema que pretende sempre rebaixar o potencial latente no ser humano) a confiança em si mesmas (excesso de proteccionismo), não as deixando explorar o mundo que as rodeia à vontade, e dizendo-lhes repetidamente que nunca triunfarão ou que nunca poderão fazer os que os mais afoitos fazem porque é perigoso. Devemos deixá-las "sonhar", porque estão a construir e a fortalecer a zona do seu pensamento.

Os pais, principalmente, e os professores parecem não compreender o quão impressionáveis são os jovens, como se perturbam e perdem o alento com sugestões de inferioridade ou de incompetência. As sugestões de inferioridade têm causado mais tragédias e fracassos que nenhuma outra fonte de males. O maior erro é o de nos estabelecimentos de ensino "escarrapacharem" quadros onde listam os melhores alunos ou os mais fracos, numa competição que para nada serve. Muitos alunos "medíocres" vingaram na vida como grandes empresários e génios na investigação científica (podemos apontar como exemplo Eistein que foi um aluno medíocre) e "bons" alunos revelaram-se um fracasso. Todos foram fortemente influenciados por esta descriminação e são poucos aqueles que conseguem superar esse anátema que foi colocado sobre eles. Lembrem-se dos grandes inventos que mudaram a História. Normalmente partiram de indivíduos que à revelia das certezas da ciência (como o caso dos irmãos Wright, simples mecânicos, que inventaram o avião e provaram que o mais pesado do que o ar podia voar) persistiram, tiveram fé e conseguiram.

 

A fé está intimamente ligada aos génios e é a grande condutora das obras grandiosas. Foi pela fé que se fizeram as grandes descobertas, as grandes invenções, os grandes engenheiros, e as grandes inspirações de todo o esforço humano. Se tivéssemos uma ampla concepção do que nos é possível, se tivéssemos sempre mais confiança em nós mesmos, poderíamos realizar infinitamente mais obras. E se melhor compreendêssemos a nossa origem divina melhor teríamos essa confiança.

O problema é que as forças malignas têm influenciado o ser humano e tentam convencê-lo de que ele foi depravado pela natureza e pelo pecado. Deus não criou o Homem depravado nem pecador. Deus deu-lhe Poder e Autoridade e o Homem, pela fraqueza da carne, é que se deixa influenciar e provocar, ele mesmo, o mal.

A inferioridade do ser humano é auto-infligida. Deprecia-se a si mesmo, vê-se fraco e inferior, em vez de se elevar à altura em que reside a superioridade. O ser humano, como Deus o criou, não é um decaído. O pecado é que o fez decair. O ser humano aviltou-se e condenou-se à mediocridade, por meio da inferioridade dos seus pensamentos, mas pode resistir porque tem poder e autoridade para isso. Quanto mais alimentar o seu espírito, quanto mais se espiritualizar e melhorar a conexão entre a Mente e o seu Espírito, mais se elevará e derrotará as forças invisíveis do mundo das trevas.

A fé vivifica todas as nossas faculdades. Quanto maior for a nossa fé, mais íntima se tornará a nossa união com o poder Universal. Não há hábito mais valorizador da vida do que o de acreditar sempre mais no Bem do que no Mal, e ter como positivo que triunfaremos em tudo o que empreendermos. Quem só vê dificuldades nunca pode fazer nada de grande. Quem triunfa é aquele que vê o alvo e afronta os obstáculos.

Foi-nos dada a fé para nos apoiarmos e segurarmos, quando não conseguimos ver a Luz nem conseguirmos resolver os problemas. Não devemos temer as responsabilidades. Não devemos deixar para amanhã aquilo que podemos resolver hoje à espera que as condições melhorem. Poderes enormes virão ao nosso apelo, desde que haja fé.

Num texto dei o exemplo de Einstein, na sua fé (não digo religiosa no termo clássico, mas na sua Intuição que, ao fim e ao cabo, até vem da nossa religiosidade interior apoiada na Verdade) em que não lhe sendo possível confirmar experimentalmente a sua teoria da relatividade, para ser "científica", se baseou apenas no conceito filosófico e cálculos matemáticos subjectivos, que foi sendo provada com o avanço da ciência e tecnologia.

Muito daquilo que Einstein afirmou como possível, baseado apenas no cálculo e conceito filosófico sem poder "provar" pela experimentação (como exige a ciência) foi-se provando com o tempo. Ou seja, tudo é possível, mas por enquanto ainda improvável.

 
Para completar esta informação, surgiu no jornal i uma notícia que se enquadra perfeitamente no que afirmei. Na edição online do jornal i de 12 de Fevereiro (não apontei o ano) vem o seguinte: "Foram detectadas directamente pela primeira vez ondas gravitacionais, anunciou esta Quinta-feira a Colaboração Científica Internacional LIGO (Laser Interferometer Gravitational – Wave Observatory). Estas tinham sido teorizadas por Albert Einstein há 100 anos. As ondas gravitacionais resultam de eventos astronómicos cataclísmicos, com a colisão de buracos negros. Tal como a queda de uma pedra num lago produz vários arcos, as ondas gravitacionais deformam o "tecido" do espaço-tempo e, consequentemente, os objectos que o atravessam".

E para os muito curiosos. Lembrem-se sempre que é preciso observar, recolher informação por mais bizarra que pareça e, quando começar a cruzar os dados recolhidos, descobrirá que muitas se completam e "encaixam" perfeitamente, dando lugar a algo coerente que ganha forma. Quando começam a surgir esses pontos comuns e se verifica que "puxam" para o mesmo lado, então é altura de investigar e montar o puzzle.
NÃO HÁ COINCIDÊNCIAS. Há sempre um propósito e tudo está presente, bastando estar atentos para nos darmos conta das causas dos factos quando passam pela nossa frente.

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