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terça-feira, 12 de junho de 2018


A BURUCRACIA NA COMUNIDADE EUROPEIA SOPREPÕE-SE AOS REPRESENTANTES ELEITOS

Depois da "imposição" da ultradireita que por mera ideologia humilhou a Grécia, um país de uma pretensa comunidade em que todos deveriam ser solidários e formarem um "bloco coeso" contra as arbitrariedades da alta finança e planos da Nova Ordem Mundial, já se devem ter interrogado sobre o "silêncio" que começou a pairar subitamente sob o caso Grego.

Não havia dia nenhum em que não se falasse da Grécia. Subitamente calaram-se.

Depois de a Grécia ter encetado conversações com os "Brics" sobre uma possível ajuda monetária, nada transpira no sistema imposto nas nações ocidentais, onde os Estados Unidos e Comissões Administrativas da União Europeia (que não tem nada de unido e onde as tais Comissões impostas pela Alemanha se assenhoraram do poder que deveria estar nas mãos dos Parlamentares Europeus) põem e dispõem ditatorialmente.

Os órgãos eleitos pelos povos que compõem a União Europeia foram "obrigados", por jogos de influência, a "nomearem" órgãos administrativos, cuja composição foi escolhida e imposta pela Alemanha e França, que de facto é que detêm o poder.

A nossa RTP tem informação suficiente, mas não faz chegar essa informação à maioria do povo.


 
Esquerdas europeias apelam a desobediência civil contra Eurogrupo (O Eurogrupo é um desses órgãos "nomeados" internamente por quem manda na Europa)

RTP 12 Set, 2015, 10:54 / atualizado em 12 Set, 2015, 10:59 | Mundo | Christian Hartmann, Reuters

São nomes grandes da esquerda - para já da Alemanha, da Grécia, da Itália e da França: os quatro apelam a uma "cimeira internacional para um Plano B na Europa". Hoje vão estar na festa do "Humanité" a angariar apoios. O antigo presidente do Partido da Esquerda alemã, Oskar Lafontaine, o dirigente da Frente de Esquerda francesa Jean-Luc Mélanchon, o ex-ministro das Finanças grego, Yannis Varoufakis, e o ex-vice-ministro italiano das Finanças, Stefano Fassina, são os primeiros subscritores do documento.

O objetivo da iniciativa é o de fazer prevalecer um "Plano A", em que o euro seja uma moeda colocada ao serviço do progresso social e do crescimento económico. A cimeira proposta deverá ter lugar em Novembro e baseia-se, em larga medida, na constatação de ter fracassado o diálogo entre a Grécia e o Eurogrupo.

Este, considera-se na declaração, pôs Tsipras "de joelhos" através de uma espécie de "golpe de Estado". Para já, e com efeito "dissuasor", deverá avançar-se com um "Plano B" contra "as arbitrariedades europeias, partindo do princípio de que "a Europa deve estar ao serviço dos interesses de europeus e europeias, e [que] as moedas são instrumentos para promover o bem comum, não instrumentos de tortura ou armas para a abolição da democracia".

Em concreto, e para já, os primeiros subscritores desta iniciativa anunciam várias ideias: "introdução de um sistema de pagamentos paralelo, moedas paralelas, transações digitalizadas em euros, saída da zona euro, bem como a transformação do euro numa moeda comunitária (democrática) ".

Esperemos pelo desenrolar dos acontecimentos, desejando que se consiga derrotar esta ditadura da direita ultraliberal e a Europa abrace novamente o sonho da Europa social com um Serviço Nacional de Saúde condigno para todos e subsistência assegurada para aqueles que trabalham, enquanto no activo, permitindo que esse sonho role sem atritos e fora do alcance da ganância da alta finança e seguradoras privadas.

Nos países dominados pelas companhias privadas seguradoras de saúde ou de reformas, vê-se perfeitamente a miséria que é, em que é tudo assegurado para quem tenha dinheiro (o endeusamento do dinheiro) e nada para os pobres ou classes médias baixas que morrem por lhes ser negado tratamentos porque o Seguro não tem cobertura.

Quem deseja impor estes sistemas privados são indivíduos que, por enquanto, estão bem na vida e julgam que nunca virão a precisar destes apoios sociais, não se importando com a larga maioria que está na pobreza e sem meios de subsistência suficientes. Portugal é um dos únicos países em que pessoas a trabalhar, e a ganhar um salário, são pobres.

Como é isto possível? É uma nova forma de escravatura.

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