O SER HUMANO ESTÁ “AMARRADO”

Em 2016 escrevi sobre a Saga do ser humano no sentido de lenda ou canção de louvor sobre a História humana. Tudo se mantém na mesma e como este texto foi publicado no início do meu blogue, a falta de experiência não permitiu “arejar” melhor a narrativa com algumas imagens tornando a leitura mais fácil e menos enfadonha, tornando-o também mais atualizado.

A instrumentalização da vida humana ocorre no sentido de perpetuar a obtenção do lucro, o que, não tende a acontecer apenas em relação ao material genético, órgãos e tecidos humanos, entretanto na orientação de modificar o ser humano em um meio para o alcance de um fim entendido com mais interessante e útil.

Imagem: Clube de jornalistas

Somos inundados por “Estórias” de violência, terror, guerras, sendo até os jogos para as crianças virados para estes temas de conquista, morte e realização pessoal pela lei do mais forte e acumulação de riquezas, sem um estímulo para a solidariedade e procura de um mundo mais pacífico.

Imagem: Imago História

Apesar disso, todos falam em paz e liberdade, mas a realidade desmente-os. Não há paz em lado nenhum (onde não há uma guerra aberta, há o terrorismo e a instabilidade social). Ninguém vive sossegado. O seu lar está sempre sujeito à invasão de ladrões, sádicos, psicopatas e até de próprios agentes das forças policiais e de segurança que deviam velar pela paz e sossego. A corrupção impera por todo o lado e não se pode confiar em ninguém.

Vou iniciar uma saga de fé e esperança no futuro, no desejo da criação de um mundo de solidariedade, de fraternidade e de respeito pela Vida, pelo planeta, pela natureza, pelos animais e plantas, e autentica solidariedade entre todos os humanos. Um mundo ideal, a que a Bíblia, chama Reino de Deus.

Quando lemos a Bíblia pensamos que esse Reino já existe, no astral superior, e precisamos de reunir condições para lá entrar, mas não é assim. Esse reino deve ser criado pelo próprio ser humano, na sua dimensão material, e pelas suas características superiores, justas, de bondade, solidariedade, respeito pela vida, onde todos os seres, humanos, animais e plantas, possam conviver em harmonia e paz, equilibrando, consequentemente, a própria natureza do planeta que não precisa de reagir como tem feito (catástrofes múltiplas, cada vez mais repetidas) para se libertar deste parasita atual em que o ser humano se transformou que só destrói por prazer e para proveito próprio.

Todos os que são guiados pelo Espírito Universal são filhos de Deus. Todos os que acordarem e restabelecerem a conexão do seu espírito, doado no nascimento, com o Espírito Universal Santo, têm a obrigação de tentar acordar os que ainda permanecem adormecidos pelas forças malignas que não querem que o ser humano evolua e seja seu escravo.

Como diz S. Paulo na sua carta aos Romanos, nós não recebemos um Espírito de filho de escravos para recair no medo, mas um Espírito de filhos adotivos pelo meio do qual clamamos: Abbá! Pai!

O próprio Espírito Santo assegura ao nosso espírito que somos filhos de Deus.

E se somos filhos somos também herdeiros como Cristo, uma vez que, tendo participado nos seus sofrimentos, também participaremos da sua glória.

A própria Criação espera com impaciência a manifestação dos filhos de Deus – por enquanto entregues ao poder do nada – não por sua vontade, mas sim pela “guerra” que lhe foi movida por quem queria a posse da Terra, que foi dada ao Homem por Deus.

Desde Adão e Eva que o plano sinistro de domínio foi ativado.

De acordo com o livro de Génesis, o Jardim do Éden continha a árvore da vida, da qual Adão e Eva deveriam comer depois de passarem no teste de obediência representado pela árvore proibida. No entanto, eles falharam neste teste e foram proibidos de comer da árvore da vida.

Ao tentar Eva, que arrastou Adão para o pecado, o contato direto do Homem com Deus foi cortado. O ser humano ficou, logo à partida, desprotegido e impreparado para se opor a Satanás, e aí começou a ser envolvido por uma teia de desinformação e confinado num mundo criado para ele – a Matrix – em que, por falta de informação e falta de contato com o exterior foi “adormecido” e escravizado por leis do materialismo mais baixo.

Mas a prisão teve apenas resultado no corpo físico, porque o espírito não pode ser aprisionado. A única arma de Satanás, pela ação dos seus agentes demoníacos, é o poder de sugestão que pode exercer sobre o ser humano. O ser humano não foi despojado do Poder e Autoridade que Deus lhe deu. Está apenas “adormecido” e só pela sugestão é que o próprio ser humano dá execução ao mal que paira sobre a Terra.

Os demónios (espíritos do astral inferior, para muitos) não podem fazer o mal diretamente sobre o ser humano. Só podem sugestionar o Homem ou possuí-lo para determinados fins. O homem é apenas a ferramenta que os agentes do mal utilizam para poderem atuar na Terra.

Portanto, desde que o ser humano resista, eles não podem fazer nada. Motivo porque é necessário “acordar” aqueles que estão adormecidos e se deixam manipular.

Motivo porque S. Paulo afirma na sua carta aos Romanos 8:20,21:”A Criação abriga a esperança, pois ela também será liberta da escravidão da corrupção, para participar da liberdade e da glória dos filhos de Deus”.

O restabelecimento da conexão entre o espírito (uma centelha do Espírito Universal, ou como sempre afirmei que o nosso espírito como uma centelha do Espírito de Deus está sempre conectado com o Espírito Santo) e a Mente (que juntamente com a experiência material do corpo físico formou a Alma individual) faz o indivíduo perceber e agir conforme a vontade de Deus. Em lugar da Lei dos instintos egoístas, surge a Lei do Espírito que dá a Vida.

Trata-se de um novo dinamismo interior que liberta o Homem da tirania da lei do pecado e da morte. Em lugar do pecado ou egoísmo, que determina o ser e o agir do ser humano, existe agora o Espírito do Amor, em lugar da morte, existe a Vida. A unidade entre querer o bem e realizá-lo é recomposta. A situação desesperada do Homem é superada. Com isso, as relações sociais podem ser refeitas e a estrutura social injusta e opressora pode ser vencida.

Toda a Criação, e não só o Homem, tem gemido e sofrido dores de parto até agora. Nós, que possuímos os primeiros frutos do Espírito, esperamos a libertação do nosso corpo. O Espírito vem em nosso auxílio, pois a maioria nem sabe o que convém pedir, e intercede pelos cristãos conforme a vontade do Pai.

A luta contra o egoísmo e influência do mal é possível para aqueles que entram no âmbito do Espírito. Esta luta não terminou, mas está em contínuo processo e vivemos na esperança de conseguir a vitória final. Este anseio é universal e expressa-se nos clamores da Natureza e do Homem. A Natureza espera ser libertada do uso egoísta para ser partilhada e colocada ao serviço de todos. O ser humano espera ser livre de toda a exploração e opressão que escravizam o seu corpo, a fim de se colocar ao serviço dos seus irmãos.

A salvação plena é uma realidade futura. Cego pelo sistema egoísta e injusto, o ser humano muitas vezes não consegue ver o caminho, e é o Espírito Santo que o guia. O necessário é não cortar de vez a conexão entre a nossa Mente e o nosso Espírito que nos transmite tudo o que o Espírito Universal de Deus lhe envia.

Muitos, cuja conexão ainda não está completamente cortada, no meio da estática vão recebendo algumas orientações, a que chamam intuições ou pressentimentos. Quanto maior a espiritualização do indivíduo que acordou, melhor será a conexão e melhor será a compreensão do saber universal.

Conforme nos diz S. Paulo na carta aos Romanos, “sabemos que todas as coisas concorrem para o bem dos que aceitam Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu projeto. Aqueles que Deus antecipadamente conheceu, também os predestinou a serem conformes à imagem do seu Filho, para que este fosse o Primogénito entre muitos irmãos. E aqueles que Deus predestinou, também os chamou. E aos que chamou, também os tornou justos. E aos que tornou justos, também os glorificou”.

O projeto de Deus é chamar, é predestinar, tornar justo e glorificar cada um e a todos os seres humanos, fazendo com que todos se tornem imagem do Seu Filho e se reúnam como a grande família de Deus. O projeto não exclui ninguém. Mas o Homem é livre e pode aceitar ou recusar tal projeto (usando o Livre Arbítrio), pode escolher a Vida ou a Morte, salvar-se ou condenar-se.