SOBRE MARIA LUÍS ALBUQUERQUE
Povo de memória curta não é dono do seu destino
Em 19 de Julho de 2016 publiquei um texto intitulado “Maria Luís Albuquerque, os Swaps, o BPN, o PS e os Tachos”, inspirado num Blogue de Paulo Morais, e torno a comentar o que penso sobre a “nuvem” de dúvidas que pairou sobre os portugueses que, pelos vistos, e a começar pelos líderes e responsáveis pelo bom nome de Portugal, ficou completamente esquecido. O povo português tem uma memória muito curta, ou então, o nível de qualidade e competência baixou tanto que assuntos destes já não causam impressão e são considerados como banais. Essas pessoas que prejudicaram o país são recompensados enquanto o povo está cada vez mais pobre e sem valores morais para defender, porque já “assimilaram” os valores impostos pela nova era dos políticos de carreira formados nas escolas partidárias que só esperam benesses e não têm a mínima ideia do que se passa com as pessoas que não pertencem aos seus círculos de interesses.
Imagem: Sociedade, comunicação e política - SAPO
O nivelamento é feito por baixo e já não há verdadeiros Estadistas. É o salve-se quem puder. Nesta terra de cegos quem tem um olho é rei.
Podemos não estar dentro dos assuntos que passam nos bastidores, mas a desconfiança instalou-se e é esta a impressão que o cidadão comum tem, porque a regra parece ser esta. O nosso amigo da onça, o Durão, que nunca beneficiou Portugal contra a alta finança, também foi premiado e apesar das fortes críticas não quer saber de ética, honra, dignidade ou o quer que seja. Já está servido e os outros que se "desembrulhem".
Na altura em que Durão Barroso deixa a presidência do Goldman Sachs, o jornal Financial Times teve acesso a uma carta que Jean-Claude Juncker (então presidente da Comissão Europeia) dirigiu à provedora de Justiça Europeia, e noticiou que Durão Barroso deixaria de ser recebido em Bruxelas como ex-presidente da CE, perdendo todos os privilégios inerentes e passando a ser considerado representante de interesses privados. Recorde-se que também a ida de Lisboa para Bruxelas, deixando o cargo de primeiro-ministro nas mãos de Pedro Santana Lopes, não foi isenta de críticas.
Durão Barroso assumiu a presidência não executiva do banco de investimento norte-americano Goldman Sachs em 2016, após ter deixado a presidência da Comissão Europeia, em Outubro de 2014. Esta transição não foi pacífica e gerou algumas críticas. A 3 de Novembro de 2014 foi agraciado pelo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva com o Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique, uma honra geralmente reservada apenas a Chefes de Estado. Durão Barroso foi professor da Universidade Católica Portuguesa desde 2015. Durão Barroso foi reconduzido em 2022 na presidência da Aliança Global para as Vacinas (Gavi), cargo que desempenhava desde 29 de Setembro de 2020.
Quanto a Maria Luís Albuquerque, segundo Paulo Morais, a impressão é que esta senhora, de ar angelical, mas frio, e olhar sem expressão, é uma verdadeira "mercenária" da política que prova o que é com o novo "tacho" que recebeu (continuando como deputada) duma empresa que beneficia com as falências no país, a Arrow Global, sediada em Inglaterra. Ou seja: no meio de tudo, não importa o que se passa em redor. O que importa é o "tacho" e mais riqueza, mesmo a custo dos sacrifícios da maioria dos portugueses que só pagam e não podem reclamar. Ficou, na altura, com um ordenado de cerca de 4000 euros mensais a trabalhar apenas dois dias por mês e acumulou com o ordenado de deputada. Com certeza que com estes "tachos" não se preocupa minimamente com a "austeridade" que nunca chega ao seu lar. E as suas últimas declarações sobre as sanções a Portugal por Bruxelas, que não aconteceriam se fosse ela a Ministra das Finanças (?) só vêem em seu desabono.
Ela pertence a um grupo de alguns "operacionais" que os partidos do "arco do poder", na altura, (PSD, PS e CDS) têm interesse que lá continuem para irem tapando as irregularidades que cometem.
Assim estão sempre protegidos. "Uma vez nós, outra vez vocês" é a ordem.
O problema é que agora há mais dois partidos que podem ter acesso a estes segredos e desequilibram o esquema tão bem montado, e proveitoso, há mais de 40 anos.
Paulo Morais, que concorreu para Presidente da Republica, explicou muito bem o trajeto desta "senhora", fria, calculista e não Cristã certamente, pois não denota o mínimo de solidariedade para com o próximo.
Maria Luís Albuquerque chegou ao topo das Finanças em plena polémica em torno dos contratos de cobertura de risco nas empresas públicas, que lhe valeu a classificação de “senhora swap”. Isto, depois de já ter sido a “senhora BPN” e a cara das privatizações. (O currículo perfeito para gerir o dinheiro dos portugueses!!??)
Maria Luís Albuquerque é, segundo diz Paulo Morais, daquelas aves raras que permanecem eternamente a pairar de tacho em tacho, pelos governos, zelando para encobrir determinadas coisas, escapando ilesa, protegida por uma mão de Deus ou de Nossa Srª de Fátima (como diria o nosso saudoso PR Cavaco Silva). Já tem um bom cadastro..., perdão, currículo, que vem desde o governo Sócrates, onde era a responsável por decidir os contornos ruinosos, para o Estado, da nacionalização do BPN. Por isso não larga o poleiro, para manter longe de todos, aquilo que não faz bem a ninguém, saber-se. Maria Luís Albuquerque é a sua girl. Paulo Morais denuncia mais um caso de promiscuidade e nepotismo, protagonizado pela protagonista do Swatgate, MARIA LUIS ALBUQUERQUE... Antes de ser a atual secretária de estado do Tesouro do Governo de Passos Coelho, trabalhava para o governo do Sócrates, com um secretário de estado socialista, e curiosamente quando chegou ao último governo PSD, fez questão de levar com ela, para sua chefe de gabinete, a esposa desse secretário de estado socialista. Tudo isto faz o cidadão comum ter as suas dúvidas e expressá-las por todo o lado.
Favores com favores se pagam. Têm que se ajudar uns aos outros. Provavelmente a srª esposa do tal secretário de estado socialista, que Maria Luís ajudou, quando for promovida para secretária de estado, talvez leve consigo, um familiar de Maria Luís Albuquerque, que precise de ser chefe de gabinete.
Imagem: Portugal glorioso
Paulo Morais garante que esta é mais uma das conhecidas formas de evitar que se divulguem ou revelem as partes indesejadas dos conteúdos dos dossiers. Mantendo nos cargos os que ajudaram a realizar as tais partes indesejadas, ou contratando, apenas amigos e familiares da sua confiança. Perita em oferecer buracos aos portugueses. Fez parte do grupo que decidiu oferecer o buraco do BPN aos portugueses, e agora a quem irá oferecer o buraco das swap?"
Pelos vistos, pela forma como tratou o assunto, quando foi Ministra, provocou a sentença do tribunal Inglês em que Portugal terá de pagar 1 800 milhões de euros. Um grande trambolhão para esse governo PSD, e uma grande oportunidade para a empresa Arrow Global que irá continuar a beneficiar com as falências que virão por aí abaixo. Além disso, o facto de ter deixado o problema do Banif em suspenso, contra todas as recomendações de Bruxelas, e passar a "batata quente" para o Governo seguinte, cujo solução apressada irá beneficiar a Arrow Global, cheira muito a esturro.
Até parece que foi tudo muito bem premeditado. Será?
Quem iria beneficiar?
E os portugueses, que pagam isto tudo, continuam a olhar para o lado.
Agora, com este novo tacho que a "senhora" tem, acumulando com as funções de Deputada, a esquerda pôs-se em "bicos dos pés" e, como seria previsível, o "rigoroso" inquérito chegou à conclusão de que não há incompatibilidades e está dentro da Lei.
Como seria de esperar o PS absteve-se e a senhora pode trabalhar à vontade.
O PS tem telhados de vidro.
Apesar de eticamente ser reprovável esta situação tudo continua na mesma.
Mais uma prova de que estamos "condicionados" numa redoma muito bem montada pelos chamados partidos do arco do poder e as leis são feitas para proveito próprio desses partidos e seus "testas de ferro".
AGORA, completamente desmemoriados, os nossos competentes líderes resolveram recomendar a senhora para um alto cargo na Comissão Europeia. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nomeou Maria Luís Albuquerque para dirigir a influente pasta dos serviços financeiros, uma proposta que já suscitou preocupações quanto a conflitos de interesses.
O Observatório Europeu das Empresas (CEO), sediado em Bruxelas, afirmou que a nomeação de Albuquerque constituía um "grande conflito de interesses", tendo em conta que a eurodeputada deixou o seu cargo de ministra das Finanças para trabalhar numa agência sediada no Reino Unido que lidava com 300 milhões de euros de dívidas incobráveis relacionadas com o Banif, o banco português que foi resgatado em 2015.
Essas preocupações foram afastadas por von der Leyen, que disse aos jornalistas que "reforça a posição de Maria Albuquerque" o facto de ter experiência no sector privado, algo que a chefe da Comissão disse ser "muito importante".
"Depois de Durão Barroso ter trocado a Comissão pela Goldman Sachs, o PSD volta a envergonhar o país, com mais um escândalo de porta giratória", declarou Catarina Martins do BE, referindo-se ao antigo primeiro-ministro português que foi presidente da Comissão entre 2004 e 2014.
Acordem!
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