A
ESCALA DAS CRIATURAS NÃO TERMINA NO HOMEM
Uma análise de factos
passados, a sua repetição através dos anos e a presunção de que
a ação predadora do ser humano faz com que essa escalada regular, e
cada vez mais intensa, irá continuar.
Com esta erupção do vulcão
de La Palma e o seu comportamento “teimoso” a vomitar lava
incandescente sem parar, lembrei-me de alguns ensinamentos que
aprendi na Filosofia Rosa-Cruz do
Cosmos que, para os mais
desatentos que permanecem aleados destes grandes eventos que se dão
no Planeta, todos estes fenómenos têm um propósito e provêm de
uma “consciência” desconhecida e incompreendida pela maioria da
humanidade. Todos os fenómenos no interior da Terra que provocam
reações na superfície são a resposta a um “mal-estar” ou
consequência de agressões externas, assim como acontece o mesmo no
corpo humano quando é agredido e ferido.
O corpo humano quando é
invadido por um agressor que vai perturbar o organismo, mobiliza
imediatamente os seus meios de defesa para isolarem a ameaça,
imobiliza-la e expulsá-la para o exterior, ou então dissolvê-la e
digeri-la. Os anticorpos são
proteínas produzidas pelas nossas células de defesa que
impedem que organismos patogénicos desencadeiem danos ao organismo.
Os glóbulos brancos
envolvem o agressor e expelem-no com aquilo a que chamamos,
popularmente, “pus”. Em casos mais graves, em que a luta é
titânica e o organismo esteja forte, até se formam “abcessos”
ou “furúnculos”, vulcões em miniatura, que são espremidos até
sair todo o mal.
A Terra age da mesma forma.
Para nós é a Natureza a manifestar-se, mas para os mais
avançados
espiritualmente, muito mais sensíveis, é a reação de um ser vivo,
de uma consciência, diferente do que estamos habituados.
Vou, portanto, contar uma
história a tentar “despertar” a consciência dos que têm a
paciência de ler o que escrevo e se aperceberem da maravilha da
Criação.
O corpo humano evolui
física e mentalmente acompanhando a evolução de tudo o que o
rodeia, adaptando-se às novas condições naturais e às condições
anormais criadas pelo próprio Homem.
Se analisarmos bem todos
os seres existentes na Terra, desde as últimas partículas através
dos átomos, moléculas e células, até ao Homem (que as inclui
todas) verificamos uma escala bem graduada ou hierarquia
dos seres unitários e, incomensuravelmente acima do Homem, o todo
vivente – entrando já no campo maravilhosos e cheio de vida das
Estrelas, Galáxias e Universos, sempre em expansão.
Há uma falha cósmica,
sem dúvida alguma.
Se
o vasto intervalo entre o ser humano e as partículas mais minúsculas
é preenchido por uma série de partes sub-humanas, certamente o
princípio da continuidade da natureza sugere que o igualmente o
vasto intervalo, entre o ser humano e a totalidade, deve ser
preenchido por séries de crescentes formas sobre-humanas.
E como o Homem só se apercebe dos factos à sua escala (na
hierarquia cósmica) não vê essa
evidência porque é difícil encontrar o que não se conhece nem se
sabe como é. Até agora o Homem preocupa-se quase exclusivamente com
os aspetos básicos do seu processo de sobrevivência biológica,
política, tecnológica, social.
É
como uma sociedade de vermes, ou larvas, que estão incapacitados, ou
psicologicamente inibidos de reconhecer numa borboleta uma versão
posterior de si mesmos, podendo nós, então, por analogia, pensarmos
que o Homem se encontra nas mesmas condições de inibição, ou
incapacidade, e que essa falha não se encontra vazia. Essa falha
aparente pode ter consequência de uma falta de visão e não de um
defeito do Universo.
Abramos um parêntesis,
para melhor compreensão: o primeiro ensinamento da Tábua de
Esmeraldas (pelo Trismegisto, que pode considerar-se
como o nome coletivo da Universidade do Egipto) a ANALOGIA DOS
CONTRÀRIOS. O cimo e o fundo, o lá de cima e o cá de
baixo, que possuem um elemento comum, cujo carácter fica determinado
pela continuação do texto hermético.
O segundo ensinamento é
o retorno
à unidade destes contrários, ou a síntese unindo em si todas as
antíteses inferiores, e é este o princípio da Lei
Universal
de Hoene Wronski. (O
seu trabalho principal envolveu a aplicação da filosofia à
matemática, a filosofia tendo precedência sobre as provas
matemáticas rigorosas. Ele escreveu sobre a filosofia da matemática.
O Seu livro “Introdução
a um curso de matemática” foi
publicado em Londres em 1821 .
Ele criticou Lagrange,
fez
uso de séries infinitas e apresentou suas próprias ideias para
expansões em série de uma função. Disto surgiu a “série
Universal Hoene Wronski” ou “La série universelle de Wronski”.
Isso consistia no desenvolvimento de uma função como uma série em
termos de funções arbitrárias. Ele também deu a sua "lei
suprema" ou "La loi suprême", que era uma lei que
estabelecia uma regra geral para calcular os coeficientes. Os
coeficientes nesta série são determinantes agora conhecidos como
Wronskianos).
Devemos estudar a
Natureza através da constituição do ser humano, e não o ser
humano através da Natureza. Realmente, segundo a analogia e a sua
lei fundamental, o ser humano, a Natureza e Deus (Espírito
Universal) são análogos, mas não similares, e os princípios
reencontram-se analogicamente no outro, o que levou a dizer que o
Homem era um pequeno Mundo (Microcosmos) e a Natureza
um grande Mundo (Macrocosmos) ou um Homem em grande
e que ambos reproduziam a lei da constituição divina “Deus
fez o Homem à Sua imagem”.
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Eis a analogia formulada
na Bíblia, e eis o ponto de partida de todas as analogias entre o
Criador e a criatura, sem que nunca se possa confundir um com
o outro. Podemos deste modo, e com um exemplo simples, fazer uma
comparação que, por analogia, nos faz compreender melhor a nossa
ideia: O óleo e a água são impossíveis de se misturarem
intimamente. Mas basta um pouco de carbonato de sódio para
transformar estes dois contrários num sabão perfeitamente
homogéneo. Ora, a Alma (substância) faz o mesmo papel entre
o Corpo Físico (matéria) e o espírito (essência),
como podemos representar com o seguinte esquema:
Água
↔ Carbonato de Sódio
↔ Óleo
→ Sabão
Corpo
Físico ↔ Alma
↔ Espírito
→ Homem Indivíduo, ser vivo
Logicamente também, e
por analogia, podemos imaginar uma criatura que ultrapasse o
Homem, como este ultrapassa uma Célula, e indagar como tal
criatura diferiria de nós para viver.
Aparentemente existem
limites para o tamanho de um organismo. Se este é muito grande não
pode sobreviver nas condições permitidas num Planeta, e imaginemos,
então, esse ser a destacar-se do corpo primitivo para se tornar um
corpo celeste, devido às suas dimensões gigantescas. Nestas novas
condições não só podia ser muito volumoso como precisava de
sê-lo, na imensidão inimaginável do espaço aberto, em que poderia
criar condições propícias à sobrevivência.
Reparemos que estamos a
imaginar dentro dos nossos conceitos de vida possível e meios de
sobrevivência, podendo também admitirmos outras hipóteses
diferentes da nossa realidade conhecida. Esse gigante precisaria
de criar condições de vida com a aproximação de outro Corpo
Celeste, neste caso uma Estrela, para lhe dar energia e formar a sua
defesa para os excessos, como sejam criar uma atmosfera, água,
canais de irrigação, florestas.
É absurdo! pensarão
alguns.
Mas voltemos ao ser
humano. Para que quer ele o cabelo, as mãos, o sangue, o suor? Não
será para regularizar as manifestações de vida e proteção do
Corpo? Porque não podemos então imaginarmos o mesmo Corpo Celeste,
neste caso um Planeta, que também precisa do mesmo para sobreviver?
Os cabelos têm vida,
pois crescem, caem, morrem, adoecem, perdem a cor e o brilho e mudam,
assim como as árvores apresentam os mesmos sintomas à escala de um
Planeta. Para a conservação e alimentação do corpo, corre o
sangue nas veias e artérias transportando os nutrientes para os
locais necessários. As águas de um rio, e as gigantescas correntes
marinhas, têm as mesmas funções num Planeta. Onde falta a água há
desolação e morte. Onde falte o sangue também há desolação e
morte. Se os rios em proporção às dimensões do Planeta são como
veiazinhas superficiais do Corpo, o que diremos das gigantescas e
misteriosas correntes que cruzam os mares (algumas com larguras
até mil quilómetros) e que poderemos chamar de grandes “rios”
da Terra?
Essas correntes circulam
entre as águas do mar como num leito, independentes e com
características próprias, não se sabendo como se originaram e qual
a “força” que as impele. Uma delas tem um fluxo mil vezes
superior ao do rio Amazonas nas cheias, e a energia que desloca em
comparação é como uma bomba nuclear em relação a um fogo de
artifício dos festejos do Carnaval.
Na verdade, são o
sistema circulatório do Planeta, tão vital como a rede
vascular do ser humano. Como arados monstruosos, revolvem os
mares desvendando nutrientes ricos em minerais para a vegetação
marinha, a qual está na base da alimentação dos peixes,
influenciando enormemente a distribuição da vida sobre o globo e o
clima.
O ser humano tem também
o seu organismo recheado de parasitas benévolos na flora intestinal,
ou microbiótica. O nosso corpo é habitado por
aproximadamente cem triliões de células bacterianas, um número dez
vezes maior do que a quantidade de células humanas. Sim, estudos
comprovam que as bactérias são invariavelmente parte considerável
de nós. No entanto, ao contrário do que se imagina popularmente,
muitas delas fazem mais bem do que mal, sendo fundamentais para a
nossa sobrevivência e realizando funções relevantes. Mas os
parasitas prejudiciais também são muitos, que têm de ser
combatidos pelas defesas internas e se necessário pela atuação
consciente do hospedeiro que injeta anticorpos mais potentes.
Como o ser humano, que
precisa da corrente sanguínea para equilibrar as variações
superficiais da temperatura, a Terra sem estas correntes estaria
condenada. Seria um desastre, pois calcula-se que um acréscimo de 1%
nas radiações solares são o suficiente para elevar a temperatura
do ar uns quinze graus centígrados, e se não houvesse esta ação
moderadora a temperatura, correndo riscos de aumentar apenas um grau
e pouco, seria suficiente para torrar a vida sobre o globo. O que
evita esta catástrofe é o efeito moderador das correntes oceânicas
Enfim, se ampliarmos as
criaturas que conhecemos, ajustando o seu físico e comportamento ao
tamanho, teremos criaturas conhecidas por Planetas e Estrelas,
talvez. Notando a diferença entre Estrelas e Planetas, podemos
imaginar que o Planeta se assemelha a formas de vida conhecida por
nós.
E as Estrelas? Não se
assemelharão a uma forma de vida mais evoluída do que a conhecida,
e não estarão a ocupar o tal intervalo aparentemente vazio entre o
Homem e a totalidade?
A maioria das Estrelas
que brilham no céu, senão todas, podem ser “uma coisa viva”,
pois nascem, crescem, morrem, têm uma finalidade, um habitante
próprio do espaço cósmico. A escala das criaturas não termina
necessariamente no Homem. Já Platão, na antiguidade, postulara:
“Existem quatro espécies de seres. Os
do ar, as aves; os da água, os peixes; os da terra, os pedestres; os
dos céus, os astros, cujo elemento é o fogo”.
Teria Platão razões
obscuras para fazer esta afirmação?
O ser humano foi criado
semelhante ao Criador, não na aparência física, mas sim nos
atributos que irão sendo desenvolvidos neste Mundo Escola que se
encontra na área mais densa do Mundo Físico.
Nos
Universos subsistem vários mundos ou estados da matéria, desde a
mais densa à mais diáfana por onde os seres vivos irão transitar
na sua ascensão progressiva. Esses estados, em que o Espírito
Universal de Deus se encontra cristalizado formando a matéria,
vão-se tornando menos densos até chegar ao espírito puro, de luz,
o objetivo a alcançar por todos os seres sencientes criados que
adquiriram uma Alma individual, uma consciência. Estes Mundos
vibracionais, por onde os seres vivos transitam, são conhecidos
comummente como “planos dimensionais”
pela ciência ou “Céus”
pelos espiritualistas.
A divisão entre “Céus”
não é arbitrária, mas sim necessária porque a substância de cada
um está sujeito a leis que praticamente não atuam sobre outros,
como por exemplo, no mundo físico mais denso a matéria está
sujeita à gravidade, contração e dilatação, no “segundo Céu”
(plano dimensional superior, ou Mundo Astral) não existe o
frio nem existe o calor e os corpos levitam tão facilmente como
gravitam. Enquanto no mundo físico a distância e o tempo
são fatores predominantes, no mundo astral são quase inexistentes.
Ou seja, de plano para plano dimensional as características diferem,
e o que determina essas características é o Espírito Universal de
Deus, o Espírito Santo, expressando-se a Si mesmo no Mundo Visível
sob a forma de várias correntes de Vida, em variados graus de
desenvolvimento.
Em certo sentido, o Mundo
Físico é uma Escola modelo onde o Homem (no nosso caso concreto)
aprende a dominar e a manipular a matéria até ter condições para
transitar para uma nova dimensão mais elevada onde aprenderá novas
lições de aperfeiçoamento no seu caminho para o Pai.
Depois da “morte” no
mundo físico, em que o Homem perde os corpos Denso e Vital, a sua
Alma que contém os três átomos-semente, a quinta essência dos
veículos abandonados, encontra-se “adormecida” no cemitério
coletivo da humanidade. Ali, o Homem não possui órgãos próprios
para funcionar, completamente inconsciente até despertar no Mundo
Astral, ou segundo “Céu”. Ali, não entende onde está e não
pode pensar. Sente uma grande paz e sabe que “e´”.
Quando o indivíduo
“morre”, o Corpo Físico fica na Terra (regressa ao pó),
a Alma vai “dormir” no cemitério coletivo da humanidade e o
espírito que o vivificava regressa ao seio do Espírito Universal.
Então, quando a Alma desperta envolta num novo Corpo,
adequado para funcionar naquele Mundo Astral, ou plano dimensional, o
espírito que o vivificava no Mundo Material regressa e junta-se
novamente ao seu companheiro vivificando-o nesse novo mundo, onde
continuará a sua aprendizagem, inclusivamente a aprender a construir
toda a classe de Corpos incluindo o humano.
O propósito da Vida
não é a felicidade, mas sim a experiência.
Se não aprendermos com
as agruras e felicidades da vida quotidiana a Natureza (o Espírito
Universal) proporcionará experiências cada vez mais duras até
gravar na nossa consciência que “o
caminho do transgressor é muito duro”.
E isto continuará até que nos vejamos forçados a tomar uma
nova direção e a dar mais um passo para uma vida melhor.
A fonte central da vida
encontra-se nas Estrelas que têm o seu sistema solar no Universo.
Para facilitar a cada classe de uma onda evolutiva o grau de
irradiação (calor e vibração) necessária às suas fases
particulares de evolução, foram segregados em diferentes planetas a
diferentes distâncias de cada sol. É esta a razão de ser do nosso
Sistema Solar e de todos os outros sistemas solares do Universo.
Isto para as ondas de
evolução semelhantes à nossa. A manifestação activa depende da
separatividade, da limitação da Vida pela Forma. A dado momento
cessa a distinção entre a Vida e a Forma, não só no Homem e nos
reinos inferiores como também nos Mundos e Globos, as bases da Forma
para a Vida em evolução.
Para o Homem poder
expressar-se no mundo físico denso, era necessário desenvolver um
corpo apropriado. Todos os seres na escala da existência, elevados
ou inferiores, necessitam de veículos apropriados para se poderem
expressar em qualquer mundo.
Os Planetas, por exemplo,
têm uma evolução ulterior. Quando os seres de um planeta se
desenvolvem até certo grau, o planeta converte-se num Sol, o
centro fixo de um novo sistema solar.
Entremos então no tema
que interessa aqui realçar: a
constituição da Terra e as erupções vulcânicas.
Os cientistas modernos
sabem muito pouco sobre o assunto. Em relação aos fenómenos
sísmicos, as teorias mudam constantemente, descobrindo com
frequência novas razões que tornam insustentáveis as hipóteses
anteriores. Investigam minuciosamente a crosta terrestre, não
conseguindo descer a profundidades verdadeiramente reveladoras.
Quanto às erupções
vulcânicas, tentam compreendê-las de maneira puramente mecânica,
do mesmo modo que procuram compreender qualquer coisa do Mundo
Físico. Dizem que o centro da Terra está em ignição e concluem
que as erupções vulcânicas são produzidas pela entrada
“incidental” de água nesse interior, ou dão uma explicação
mecânica equivalente.
Em certo sentido, as suas
teorias têm alguma base mecânica, deixando sempre de lado as causas
espirituais que têm o seu peso na realidade.
Mesmo entre os ocultistas
a investigação da misteriosa constituição da Terra é considerada
um dos mais difíceis problemas. Não está ao alcance de todos, esse
estudo dos segredos de um Planeta Físico. Para conseguir investigar
plenamente, é preciso ter passado pelas nove Iniciações ou
Mistérios Menores e a primeira das Grandes
Iniciações.
Para os ocultistas, o
Mundo está longe de ser uma coisa “morta”. Antes pelo contrário.
Tudo é compenetrado pelo Espírito Universal de Deus, o fermento que
produz as mudanças dentro e sobre o Planeta.
As diferentes classes de
cristais, os metais, a disposição dos vários estratos, tudo tem um
significado muito maior do que aquilo que o investigador materialista
pode compreender. Para o ocultista, o modo em que estão colocados é
sumamente significativo. Nesta matéria, como em outra qualquer, a
ciência oculta está comparada à ciência moderna na mesma relação
que a Fisiologia Comparada à Anatomia.
Conhecer os diversos
estratos da Terra e as posições relativas dos Planetas no
firmamento e não conhecer o seu emprego e significado na vida e
objetivo do Cosmos, é tão inútil como conhecer unicamente as
posições dos ossos, músculos, nervos, etc., sem compreender as
funções que desempenham na economia do Corpo Humano.
A Terra é composta de
estratos, semelhantes a uma cebola. Há nove estratos e um núcleo
central. Esses estratos são revelados gradualmente aos iniciados,
cada estrato em cada iniciação. No final das nove iniciações, o
iniciado domina todas as etapas, mas não tem acesso aos
segredos do Coração Central.
Em termos antigos, esses
nove graus chamam-se os “Mistérios Menores”. O número 9
é o número raiz do estado atual da nossa evolução. Na Bíblia,
por exemplo, os capítulos e versículos com o número 9 são de
grande importância e vinculativos.
O número 9 tem um
significado que nenhum outro número possui. É o número de Adão, a
vida que começou a sua evolução como Homem e que alcançou o
estado humano durante este período evolutivo a que os ocultistas
chamam de “Período Terrestre”.
Se
em lugar do livro do Génesis,
que trata da criação do Homem, examinarmos o livro da Revelação
(Apocalipse), que trata do seu
desenvolvimento futuro, veremos que o número da Besta é o 666.
Somando os três algarismo dá-nos 18 e 1+8=9, ou seja, o número da
humanidade, em si mesma a causa do mal que não permite o seu
progresso.
O número dos que se
salvarão é 144.000. Somando os seus algarismos temos novamente o
número 9, o que significa, praticamente, que será salva na sua
totalidade porque é insignificante a quantidade dos incapazes de
progredir na nossa evolução actual. Mesmo os poucos que fracassam
não ficarão completamente perdidos. Deus com a Sua infinita bondade
dará outra oportunidade aos seus filhos. Para isso deu a Graça da
salvação, independentemente das ações de cada um.
O número 9 está também
oculto na idade de Jesus Cristo: 33 (3x3=9), e de modo análogo
nos 33 graus da Maçonaria.
São também 9 os meses
da gestação do Homem, durante os quais é construído o eficiente
Corpo Físico atual. Há também nove perfurações no Corpo humano:
dois olhos, duas fossas nasais, dois ouvidos, uma boca e dois
orifícios inferiores.
Tendo passado por nove
iniciações menores, conseguindo entrar em todos os estratos da
Terra, o Homem deve obter acesso ao Coração Central, que se abre
mediante a primeira das quatro Grandes Iniciações. Nela aprende a
conhecer o segredo da Mente, essa parte do seu ser iniciada na Terra.
Depois desta Grande Iniciação é um adepto (Para aceder aos
pormenores é necessário estudar a “Cosmogonia dos Rosacruzes ou
Conceito Rosacruz do Cosmos”, que poderá estudar na Fraternidade
Rosacruz de Portugal, inscrevendo-se para o Curso de Filosofia
Rosacruz).
O Diagrama, a seguir, do
Conceito Rosacruz do Cosmos de Max Heindel, dá uma ideia da posição
dos estratos terrestres. Omitem-se indicações sobre o Coração
Central para mostrar mais claramente a formação da corrente em
forma de 8 no nono estrato. Os estratos estão representados como se
tivessem igual espessura, mas, na realidade, uns são muito mais
delgados do que outros.
Começando pelo exterior,
aparecem na ordem seguinte:
1 – Terra
Mineral: É a cobertura ou crosta terrestre, de que trata a
Geologia no quanto tem sido possível penetrar.
2 – Estrato
Fluídico: A matéria neste estrato é mais fluídica. Não é
líquida, mas sim parecida a uma pasta viscosa e espessa. Tendo a
propriedade da expansão, como a de um gás excessivamente explosivo,
é mantida no seu lugar pela enorme resistência da crosta exterior.
Se esta pressão fosse afastada, todo o estrato fluídico desaparecia
no espaço, produzindo uma formidável explosão. Esse estrato
corresponde às Regiões Químicas e Etérica do Mundo Físico.
3 – Estrato
Vaporoso: Nos primeiro e segundo estratos não há realmente
vida consciente. Porém, neste terceiro estrato existe uma corrente
de vida que flui continuamente e que, vibrando como no Mundo do
Desejo, rodeia e interpenetra a nossa Terra (Desejos superiores –
atracção, sentimento. Desejos inferiores – Repulsão).
4 – Estrato
Aquoso: Neste estrato estão as possibilidades germinais de
tudo quanto existe sobre a superfície da Terra. Aqui estão as
forças arquétipos dos minerais, porque esta é a expressão física
da Região do Pensamento Concreto (Mundo do Pensamento: Ego –
Pensamento abstracto. Mente – Pensamento concreto).
5 – Estrato
Germinal: Têm sido baldados os esforços dos cientistas
materialistas para descobrir a origem da Vida, não compreendendo
como surgiram coisas viventes de matéria antes morta. Na realidade,
de acordo com a explicação oculta da evolução, a questão deveria
ser: como se originaram as coisas mortas. A vida existia antes das
formas mortas. Ela construiu os seus Corpos de substância
vaporosa e subtil, muito antes de condensar-se na crosta sólida da
Terra. Só quando a Vida abandona as formas, estas cristalizam,
endurecem e morrem. O carvão de pedra nada mais é do que corpos
vegetais cristalizados. O coral é também produto da cristalização
de formas animais. A Vida abandona as formas, e as formas morrem. A
Vida nunca penetra numa forma para despertá-la à vida. A Vida sai
das formas e elas morrem. Dessa maneira, as coisas “mortas”
aparecem. Neste quinto estrato existe a fonte primordial da Vida, da
qual brotou o impulso que construiu todas as formas da Terra.
Corresponde à Região do Pensamento Abstrato.
6
– Estrato Ígneo:
Por estranho que pareça, este estrato possui sensibilidade.
O prazer e a dor, a simpatia e a antipatia, produzem aqui o seu
efeito sobre a Terra. Em geral, supõe-se que a Terra em nenhuma
circunstância pode ter sensibilidade. Entretanto, quando o ocultista
vê segar o grão maduro, cortar as flores ou, no Outono, arrancar as
frutas das árvores, sabe do prazer que isso produz na Terra. É
semelhante ao prazer que a vaca sente quando é ordenhada. A Terra
experimenta um grande prazer em nutrir a sua progénie de formas.
Esse prazer alcança o maior grau no tempo da colheita. Por outro
lado, quando se arrancam as plantas pela raiz, é evidente para o
ocultista que a Terra sente dor. Por essa razão, não se deve comer
alimentos vegetais que cresçam debaixo da terra. Estão cheios de
força terrestre e carecem de força solar, além de estarem
envenenados por terem sido extraídos com as raízes. A batata é a
única excepção a esta regra porque, primitivamente, crescia na
superfície da terra. Só em tempos relativamente recentes começou a
crescer debaixo do solo. Deve ser comida com prudência. Os
ocultistas alimentam os seus corpos com frutos que crescem ao sol,
porque contêm mais força solar, de qualidade superior, e a sua
colheita não causa sofrimento algum à Terra. Os trabalhos de
lavoura não produzem nenhuma dor à Terra. Toda a desintegração da
crosta dura produz um sentimento de liberdade, de alívio, como se
alguém que tira um peso das costas. Toda a solidificação é fonte
de dor.
Os “sentimentos” da
Terra estão especialmente ativos no sexto estrato que corresponde ao
Mundo do Espírito da Vida (Espírito Universal, Espírito de
Grupo Mineral, Espírito de Grupo Vegetal, Espírito de Grupo Animal
e EGO HUMANO). Para compreender os sentimentos de prazer que ela
experimenta quando se quebra uma rocha, e a dor que lhe produzem as
solidificações, devemos recordar que a Terra é o Corpo de um
Grande Espírito. Este, para nos facilitar meios mais adequados e
convenientes para podermos viver e obter experiência, teve de
cristalizar o seu Corpo até ao estado de solidez actual. (Nos
chamados planetas gasosos, essa solidificação não existe porque
não têm seres físicos para evoluir).
À medida que prossegue a
evolução e o Homem aprenda as lições correspondentes aos extremos
de concretização em que se encontra, a Terra vai-se tornando mais
branda e o seu espírito vai-se libertando. A isto se refere Paulo
quando diz que toda a criação se está
a mover e gemer, à espera do dia da libertação.
7 – Estrato
Reflector: Esta parte da Terra corresponde ao Mundo do Espírito
Divino. Para aqueles que não estão familiarizados com o que a
Ciência Oculta se conhece como “Os Sete Segredos Indizíveis
(impossíveis de
descrever)”, as propriedades deste estrato parecerão
particularmente absurdas e grotescas. Nele, todas as Forças que
conhecemos como “Leis da Natureza” existem como forças morais,
ou antes, imorais. No princípio da marcha consciente do Homem, essas
forças estavam piores do que agora. Tudo indica que tais forças
melhoram com o progresso moral da humanidade. Qualquer falha moral
tem certa tendência a estimular essas forças da Natureza,
produzindo perturbações sobre a Terra,
enquanto a procura de ideais elevados as torna menos inimigas do
Homem.
Portanto,
as forças deste estrato são o reflexo exato do estado moral da
humanidade, pelo que, pelo ponto de vista oculto, a “Mão de Deus”,
que castigou Sodoma e Gomorra, não é uma tola superstição.
Assim, como a
responsabilidade individual, ante a Lei da Consequência, traz
a cada pessoa o justo resultado das suas obras, boas ou más, assim
também uma responsabilidade coletiva ou nacional atrai sobre os
grupos humanos resultados equivalentes aos atos efetuados em
conjunto. As forças naturais, em geral, são os agentes de tal
justiça retribuidora. Produzem inundações ou terramotos ou a
benéfica formação de óleos e carvões de várias classes, de
acordo com os merecimentos.
8 - Estrato Atómico:
É o nome dado pelos rosacruzes ao oitavo estrato da Terra, a
expressão do Mundo dos Espíritos Virginais. Parece ter a
propriedade de multiplicar todas as coisas que nele estão, porém,
só as coisas já formadas definitivamente. Uma peça informe de
madeira ou pedra não tem existência ali, mas qualquer coisa já
formada, que tenha forma ou vida, como uma flor ou um quadro, é
multiplicada nesse estrato em grau maravilhoso.
9 – Expressão
Material do Espírito Terrestre:
Há ali correntes em forma de lemniscata (o
famoso "oito deitado", tido como um símbolo do infinito.
http://equilibriofloralsaude.com/geometria-sagrada-o-que-e-lemniscata-artigos
) intimamente relacionadas com o cérebro, coração e órgãos
sexuais da raça humana. Correspondem ao Mundo de Deus.
10
– Centro do Ser do Espírito
Terrestre: Nada se pode dizer sobre
ele atualmente salvo que é a última semente de tudo quanto existe
dentro e sobre a Terra, e corresponde ao Absoluto.
Desde
o sexto estrato, o Ígneo, até à superfície da Terra, há um certo
número de furos em lugares diferentes. O seu orifício exterior é
chamado “cratera vulcânica”. Quando as forças da Natureza do
sétimo estrato são estimuladas, põe-se em movimento o sexto
estrato. A Agitação pode exteriorizar-se através das crateras
vulcânicas em forma de erupções. O material explosivo é tomado da
substância do segundo estrato, por este ser a contraparte densa do
sexto estrato, assim como o Corpo Vital, o segundo veículo do Homem,
é a contraparte densa do Espírito da Vida, o sexto princípio. Este
estrato fluídico, de qualidade expansiva e sumamente explosiva,
concentra quantidade ilimitada de material da zona de erupção. O
contacto com a atmosfera exterior endurece a parte que não se
volatiliza no espaço e forma a lava e o barro, da
mesma maneira que o sangue ao fluir de uma ferida coagula e estanca.
A lava formada cerra o caminho às partes internas da Terra.
Assim
como é fácil deduzir que as tendências e antiespirituais dos
homens despertam, por reflexão, a atividade destruidora das forças
naturais do sétimo estrato, comprova-se que os povos degenerados
geralmente são os que sucumbem nessas catástrofes. (O
Taiti, que adotou o Vudu como religião oficial do Estado,
entregando-se totalmente às práticas de feitiçaria, é o maior
exemplo. No entanto a República Dominicana, que faz fronteira na
mesma ilha, cristãos devotos, escaparam à enorme catástrofe que
caiu sobre eles por duas vezes. O Taiti ficou completamente
destruído. Coincidência?)
As erupções vulcânicas
do Vesúvio, também seletivas, juntam-se a outros povos cujo
destino, gerado debaixo da Lei da Consequência, obriga, por várias
razões, a uma morte violenta. As pessoas são levadas de diversos
países, por forças sobre-humanas, até ao lugar onde se faz o
“ajuste de contas”.
A lista dessas erupções,
durante os últimos dois mil anos, mostra
que a sua frequência tem aumentado em proporção direta ao
crescimento do materialismo. Ultimamente, especialmente em
que o círculo da ciência materialista tanto se alargou e, com
crescente arrogância e absoluto desprezo, negou tudo quanto fosse
espiritual, as erupções vulcânicas aumentaram. Enquanto nos
primeiros mil anos d.C., houve somente seis erupções onde as
últimas tiveram lugar num período de mais ou menos 50 anos, como se
verá.
A primeira erupção da
era cristã, no ano 79 d.C. destruiu as cidades de Herculano e
Pompeia. As outras erupções tiveram lugar nos anos 203, 472, 512,
652, 982, 1036, 1158, 1500, 1631, 1737, 1794, 1822, 1855, 1872, 1885,
1891, 1906…
Portanto, nos primeiros
mil anos houve seis erupções. Nos segundos mil houve doze,
ocorrendo as últimas cinco num período de 51 anos. Do número total
de 18 erupções, as nove primeiras ocorreram até à Idade Média,
ou seja, nos 1600 anos de domínio do mundo ocidental pelos chamados
“gentios” ou pela Igreja Romana. As restantes sucederam nos
últimos trezentos anos, período em que apareceu e se desenvolveu a
Ciência moderna, com as suas tendências materialistas que apagou
quase todo o vestígio de espiritualidade, especialmente na última
metade do século XIX. As erupções deste período compreendem quase
um terço do número total de erupções ocorridas na nossa Era.
Depois da morte, o Corpo
Denso de qualquer indivíduo desintegra-se, mas a soma total das suas
forças pode encontrar-se no sétimo estrato da Terra, o refletor,
onde as formas passadas, como forças, se conservam como que
armazenadas. Conhecendo o tempo em que um homem morreu é possível,
pelos ocultistas, encontrar nesse reservatório a sua forma. Ela está
guardada nesse sétimo estrato (será ali o cemitério coletivo da
humanidade, que por ser no interior da Terra é representado nas
gravuras antigas do mundo cristão, numa distorção sectária, como
o Hades que é conectado com uma espécie de Inferno?) e é
multiplicada pelo oitavo estrato, o atómico. Assim, este tipo
de estrutura pode ser reproduzido e modificado por outros, e
empregado novamente para a formação de outros Corpos. Ou seja, as
tendências cerebrais de um homem podem reproduzir-se milhares de
anos depois, tornando-se, em parte, a causa da atual tendência dos
cientistas para o materialismo.
Resta ainda muito para
aprender e a modificar erros dos atuais homens da ciência
materialista. Ainda que lutem até ao último momento contra o que,
zombando, qualificam de “ideias ilusórias” dos cientistas
ocultistas, veem-se obrigados a aceitar as suas verdades. É só
questão de tempo.
Mesmer, com a sua força
magnética para sugestionar os pacientes, foi ridicularizado, mas
quando os materialistas chamaram, a este fenómeno, “hipnotismo”,
passou a ser “científica”.
A senhora Blavastsky
disse que a Terra tinha um terceiro movimento, além da rotação e
translação. E que esse movimento era conhecido pelos antigos
egípcios, mostrando o famoso planisfério de Dendera, onde se
encontram registos das tais revoluções. Toda a sua obra, incluindo
“a doutrina secreta”, só mereceram a zombaria e o sarcasmo.
(Hoje sabe-se que a Terra além do movimento de rotação em volta
do seu eixo e o movimento de translação em volta do Sol e que, como
a madame Blavastsky previu, existe um terceiro movimento chamado de
precessão em que o eixo da Terra tem um
movimento circular semelhante ao movimento de um pião quando perde
velocidade, em que o eixo oscila no sentido horário, o que provoca a
mudança da estrela que indica o polo norte. Descobriu-se também um
quarto movimento chamado de Nutação em que há
uma variação no seu eixo de rotação a cada 18,6 anos. Por último
há um deslocamento do periélio que corresponde
o movimento em que há variação da órbita terrestre em torno do
Sol, havendo uma repetição cíclica de 21 mil anos).
Brasil
Escola UOL
Podem ser mencionados
muitos exemplos de ensinamentos ocultos mais tarde, corroborados pela
ciência. Um deles é a teoria atómica, sustentada pelas filosofias
gregas e, por último, na “Doutrina Secreta”.
Em suma: as afirmações
aqui feitas serão consideradas como fantásticas. Cada um pensa por
si e ainda não podem alcançar estes acontecimentos. Estas
informações dirigem-se aos poucos que conseguiram libertar as suas
Mentes dos grilhões da ciência e da religião ortodoxa, que estão
prontos para aceitar enquanto se não PROVE estar errado.
Podemos
concluir, como uma certeza, que o ser humano deixou de ser um
parasita benévolo que ajudava este organismo gigantesco a estar
saudável para se transformar num parasita altamente malévolo, cujas
ações tendem a matar o seu hospedeiro, pelo que a resposta está a
ser cada vez mais forte, como que um aviso para que o Homem mude a
sua atitude e não ser completamente destruído. Em toda a História
da Terra, ela sobreviveu sempre. Os parasitas é que foram
eliminados, como eliminados são os parasitas maléficos que tentam
“matar” o Homem. O hospedeiro normalmente encontra uma solução
para erradicar quem lhe faça mal.