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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020


O Controlo Mental à Escala Global e o Arrebatamento da Igreja — Parte 3

(Tradução minha para português de Portugal, sem adopção às regras do acordo ortográfico de 1990, e sem alterar o sentido do texto original, que poderá ser consultado no site que vem citado no fim. Apresento aqui uma versão leve com algumas imagens da Net para o texto não ficar tão condensado e ficar ao alcance de todos. Quem estiver interessado em ler o original, basta clicar no link. R)


Como Deus protegerá o Seu povo do controlo mental global descrito na Parte 1? Do mesmo modo como protegeu os israelitas das pragas do Egipto, Ele também pode guardar cada membro individual da igreja cristã cercando as nossas mentes com o Seu escudo protector. Entretanto, neste momento singular conhecido como fim dos tempos, Deus também poderá tirar-nos desta dimensão terrena por meio do Arrebatamento da Igreja!

Antes de iniciarmos este estudo sobre o Arrebatamento da Igreja, gostaria de dizer que, embora esse assunto gere um grande debate entre os irmãos cristãos, ele é uma área cinzenta sobre a qual se pode discordar sem comprometer a salvação eterna de uma das partes. Em outras palavras, se um cristão crê da forma errada sobre o tempo do Arrebatamento, mas baseia de forma correcta a sua salvação eterna unicamente no sacrifício vicário de Jesus Cristo na cruz, já se arrependeu de seus pecados e recebeu Jesus Cristo no seu coração, então esse cristão irá para o céu.

Na verdade, detesto debater com outros cristãos sobre o tempo do Arrebatamento, porque esse assunto tem criado separações desnecessárias na igreja, exactamente num tempo em que todos deveríamos estar unidos para enfrentar as severas dificuldades do fim dos tempos.

Dentro do cristianismo evangélico, há um ensino que se divulgou muito com relação ao Arrebatamento da Igreja, que acredito ser uma heresia que desorienta muitas pessoas, à medida que nos aproximamos do fim dos tempos. Esse ensino herético junta o Arrebatamento e o aparecimento do Anticristo como eventos que ocorrem de forma praticamente simultânea. Esse ensino está em grande parte baseado numa interpretação errónea de 2 Tessalonicenses 2, que ensina que, como o Espírito Santo restringe o aparecimento do Anticristo, quando o Arrebatamento ocorrer, o Espírito Santo deixará o mundo e levará os santos, permitindo que o Anticristo apareça.

Para avaliar esse ensino incorrecto que vincula o aparecimento do Anticristo com o Arrebatamento da igreja, permita-me citar um excerto de um artigo antigo, publicado originalmente em 1999, intitulado "Confirmação de Grandes Discrepâncias no Ensino Profético Padrão" (N1332):

Durante uma recente conferência sobre assuntos proféticos da Palavra da Vida, pude conversar directamente com o director da conferência, que apresentou a posição sobre o Arrebatamento da Igreja. Ao fazer-lhe algumas perguntas sobre vários assuntos com os quais sempre tive dificuldade, ele admitiu que aquilo que estava a ensinar não tinha fundamento nas Escrituras! Os ensinamentos eram a sua "interpretação particular". Essa admissão coloca o ensino profético padrão em descrédito.

Na noite da sexta-feira, esse director era um dos palestrantes e apresentou a visão padrão sobre o Arrebatamento da Igreja. Ele apresentou a visão de que a igreja de Jesus Cristo será arrebatada antes do início do período de sete anos da Tribulação, um ponto de vista com o qual concordo plenamente.

Nos mais de dez anos de pesquisa séria sobre o plano ocultista da Nova Ordem Mundial de produzir o Anticristo e o seu reino, fiquei repetidamente chocado com o modo preciso como os planos deles cumprem a profecia bíblica e as Escrituras. No entanto, em várias áreas, o plano da Nova Ordem Mundial parecia ligeiramente diferente do ensino bíblico profético tradicional. Eu estava confuso, pois se o plano era perfeitamente coerente com a profecia bíblica em muitas áreas, por que diferia em alguns pontos?

Sempre tive muitas perguntas sobre esse assunto, mais algumas perguntas sobre um par de outras passagens proféticas e sempre quis fazer essas perguntas a um erudito qualificado. Como não foi possível conversar com o director após a sua apresentação na noite da sexta-feira, decidi tentar falar com ele durante o intervalo no sábado.

Às 11 horas da manhã, aproximei-me do director, que estava sentado perto das escadas no segundo andar. Apresentei-me e perguntei se poderia fazer-lhe algumas perguntas. Recebendo o seu consentimento, comecei:

Pergunta No. 1 — "O Sr. ensina que a igreja será arrebatada antes do aparecimento do Anticristo, baseando-se em 2 Tessalonicenses 2, que diz que o Espírito Santo restringe o aparecimento do iníquo. No entanto, o Sr. ensina que, como o Espírito Santo habita em cada crente durante a Época da Igreja, essa passagem significa que, quando a restrição sair do caminho, ocorrerá o Arrebatamento da Igreja."

Ele respondeu: "Sim, está correcto." Retruquei: "Mas as Escrituras não dizem isso". Ele calmamente concordou que as Escrituras não dizem que o Arrebatamento da Igreja ocorrerá quando ou porque a restrição será tirada do caminho. "Mas essa é a minha interpretação". Fiquei chocado, porque os outros oradores na conferência tinham citado o apóstolo Pedro, que disse: "... nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação." [2 Pedro 1:20].

Outro conferencista naquela manhã tinha dito que toda a profecia precisava de "se ajustar como uma mão na luva". Todavia, o director acabara de admitir que esse importante ensinamento não estava directamente indicado nas Escrituras, mas era apenas a sua interpretação particular. Bem, posso dizer que quase todos os principais eruditos em profecia bíblica no mundo hoje ensinam que essa passagem significa que o Arrebatamento da Igreja ocorrerá quando a restrição for removida. Portanto, esses mestres dizem que, aqueles que serão arrebatados nunca precisarão de se preocupar em ver o Anticristo, ou de se preocupar com todas as guerras e as terríveis tragédias do período da Tribulação.

No entanto, o director daquela conferência profética acabara de admitir que as Escrituras na verdade não ensinam isso — é sua própria interpretação.

Na verdade, esse ensino é responsável pela crença comum que a sequência profetizada dos eventos será como segue:

  1.       O Espírito Santo restritor será retirado do caminho.

2.    Como o Espírito Santo habita em cada cristão nascido de novo durante a actual Época da Igreja, quando Ele for tirado do caminho, removerá do mundo os santos desta Época da Igreja, no evento chamado de Arrebatamento.

  1.        O Anticristo então estará livre para aparecer.

Antes de deixarmos este segmento, desejamos apontar outro erro no ensino bíblico profético tradicional com relação ao Arrebatamento. Em 2 Tessalonicenses 2:7, vemos que o Anticristo pode aparecer no cenário internacional somente após o poder de restrição do Espírito Santo ser "tirado do caminho". Observe atentamente as palavras aqui, pois não significam que o restritor (o Espírito Santo) será retirado do mundo; simplesmente significam que o poder de restrição contra o Anticristo será "tirado do caminho". A imagem aqui é a de um homem dono de uma casa posicionado à porta para impedir a entrada de um intruso. Subitamente, porém, o homem coloca-se de lado, permitindo que o intruso entre. O poder de restrição foi "tirado do caminho", mas o homem dono da casa permanece na cena.

Da mesma forma, o poder de restrição do Espírito Santo será somente "tirado do caminho", permitindo que o Anticristo apareça. O Espírito Santo estará muito presente no mundo durante todo o tempo, até a segunda vinda de Jesus Cristo, e depois também.

Entretanto, o ensino tradicional das profecias bíblicas diz que o Espírito Santo removerá todos os cristãos desta dimensão quando remover o Seu poder de restrição. Esse ensino pressupõe que o Espírito Santo será removido desta dimensão terreal, o que não é apoiado pelas palavras no texto bíblico. Nas palavras do director daquela conferência, esse ensinamento é somente uma "interpretação particular".

Cremos numa doutrina chamada "Iminência do Arrebatamento".

A Iminência do Arrebatamento da Igreja


"Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo." [Tito 2:13].

O termo "aguardando" no original grego tem o significado de uma expectativa constante. "Desejando, ansiando, com expectativa constante e com alegria" — Comentário Bíblico de Jamieson-Fausset-Brown.

Portanto, acreditamos que o Arrebatamento da Igreja seja iminente. Esperamos por ele em "constante expectativa", sabendo que poderá ocorrer a qualquer momento e sabendo que nenhuma profecia específica precisa de ser cumprida antes.

"Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas. Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios." [1 Tessalonicenses 5:4-6].

Esta Escritura aparece no contexto do magnífico tratamento que o apóstolo Paulo dá ao Arrebatamento da Igreja de 1 Tessalonicenses 4:13-18 até 5:1-3. A partir do verso 4 do capítulo 5, ele diz que o cristão não será surpreendido no Arrebatamento da Igreja, porque prestará atenção aos sinais mencionados nos versos anteriores. Ele então diz que os cristãos precisam de estar em constante expectativa do Arrebatamento:

  •      despertados.
  •      vigilantes (atentos).
  •      sóbrios (cautelosos, calmos, comedidos, circunspectos, observando tudo que acontece ao redor).

Em outras palavras, o apóstolo Paulo exorta-nos a mantermos um constante estado de expectativa que o Arrebatamento poderá ocorrer a qualquer momento.

O verso a seguir é especialmente importante para demonstrar a iminência do arrebatamento:

"De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo." [1 Coríntios 1:7].

Na versão Amplificada da KJV, a parte final do verso foi traduzida assim: "... enquanto esperam e vigiam, vivendo constantemente na esperança da manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo.".

Essa tradução atinge em cheio o coração da matéria. Estamos "esperando, vigiando e vivendo constantemente na esperança" da vinda de Jesus no Arrebatamento da Igreja.

Agora, vamos considerar o verso final, que fala da iminência do Arrebatamento:

"Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro." [1 João 3:2-3].

A palavra "esperança" no verso 3 é o Número 1860 na Concordância de Strong, e é definida como "expectativa do bom" — Strong's Greek and Hebrew Dictionary.



Os cristãos devem viver em constante expectativa do Arrebatamento, pois sabemos que ele é iminente, isto é, que pode ocorrer a qualquer momento, especialmente agora que Israel está de volta à sua terra. Nenhuma profecia bíblica específica precisa de ser cumprida antes de o Arrebatamento ocorrer, incluindo a formação final das dez super-nações (Daniel 7:7-8) e o subsequente aparecimento do Anticristo. (Leia os detalhes completos no artigo N2363.).

Portanto, se o Arrebatamento da Igreja não está vinculado rigidamente com o aparecimento do Anticristo, como vemos as coisas? Cremos nessa doutrina conhecida como "Arrebatamento Iminente", o que significa que o Arrebatamento é teologicamente iminente, isto é, que o próximo evento profético no calendário de Deus é o arrebatamento; nem uma única outra profecia precisa de ser cumprida antes de o Arrebatamento ocorrer.

Essa visão também significa que poderá existir um período significativo de tempo entre o Arrebatamento e o aparecimento do Anticristo.

A cronologia profética tradicional ensina que os eventos se movem rapidamente do Arrebatamento da Igreja para o Período da Tribulação, sem um intervalo intermediário algum entre eles. Mas, como já observamos anteriormente, não é isso que a Escritura diz; na verdade, podemos encontrar justificação suficiente para essa crença na Bíblia. Embora eu concorde que não existam pré-requisitos proféticos restantes, existem alguns factores de bom senso que devem ser levados em conta com relação à iminência do Arrebatamento e os eventos que ocorrerão em seguida. Como o Arrebatamento e o Período da Tribulação são sempre imaginados como próximos um do outro — isto é, que um ocorrerá após o outro dentro de uma janela de tempo relativamente pequena — os eventos que ocorrerem durante o último serão influenciados directamente pelo tempo do primeiro. Por esta razão, acredito que há uma conexão lógica aqui que continua a ser negligenciada!

Mais de um comentarista já disse a respeito da doutrina da Iminência, que o apóstolo Paulo esperava que o Arrebatamento ocorresse durante o seu tempo de vida. Embora isso possa ser verdadeiro, a minha opinião é que se ele tivesse conhecido as profecias que foram reveladas ao apóstolo João vários anos mais tarde, teria sabido que essa possibilidade era altamente improvável. Por exemplo, de acordo com Apocalipse 9:16, um exército de duzentos milhões de soldados será lançado contra a humanidade durante o Período da Tribulação pelos quatro anjos que anteriormente estavam presos junto ao grande rio Eufrates. O tamanho impressionante desse exército levou muitos nos dias da igreja primitiva a espiritualizarem a passagem bíblica, buscando uma explicação alternativa. A impressão deles é que todos os exércitos do mundo combinados não se aproximariam daquele número vasto, de modo que ele deveria indicar alguma outra coisa. Entretanto, com o passar do tempo, a população mundial teve um crescimento explosivo e a China sozinha pode hoje mobilizar um exército desse tamanho (a Índia, com a sua população de mais de um bilião de habitantes, provavelmente também pode). Portanto, o meu ponto é que a relativa proximidade do Arrebatamento e do Período da Tribulação significa que o Arrebatamento não poderia ter ocorrido antes dos dias em que vivemos hoje, por causa de profecias específicas como essa do exército de duzentos milhões de soldados!

Outra profecia relevante aqui é Apocalipse 17:12, que diz que o mundo será governado por dez reis — que, por sua vez, transferirão o seu poder e autoridade à besta. Mas como já declaramos repetidas vezes, embora o cumprimento dessa profecia esteja em fase de desenvolvimento agora, não parece provável que ela frutificará plenamente a curto prazo. (Leia os detalhes completos em N2363.). Portanto, isto significa que o início do Período da Tribulação ainda não está tão próximo como alguns afirmam. Entretanto, depois que o Arrebatamento da Igreja ocorrer, esse poder restritor significativo do Espírito Santo será "tirado do caminho", de modo que os Illuminati poderão executar os seus planos e programas muito mais rapidamente. A formação das dez super-nações é um excelente caso em vista. Uma vez que o poder de restrição do Espírito Santo, que trabalha por meio da igreja, for removido, os Illuminati poderão completar a criação das super-nações em questão de meses!


Uma data mais tardia para o Período da Tribulação significa uma data mais tardia para o Arrebatamento? Isso seria o caso se eles estivessem "unidos pela cintura", mas nada nas Escrituras declara isso como um facto. Tudo o que sabemos é que o "Dia do Senhor" (um período que inicia com o Período da Tribulação e termina quando o Senhor entregar o reino ao Pai, após o Reino Milenar — 1 Coríntios 15:24) só poderá iniciar quando dois pré-requisitos forem cumpridos: (1) ocorra a apostasia e (2) o homem do pecado se manifeste:

"Ora, irmãos, rogamos-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele, que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto. Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição." [2 Tessalonicenses 2:1-3].

O livro de Daniel especifica que o Período da Tribulação terá início com a confirmação de uma aliança de sete anos do Anticristo com Israel:

"E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador." [Daniel 9:27].

Portanto, isso permite levantar uma questão lógica: o cumprimento dos dois pré-requisitos de 2 Tessalonicenses 2:1-2 — a apostasia da igreja e a manifestação do Anticristo — serão seguidos imediatamente pela confirmação da aliança com Israel? Acreditamos que isso é altamente improvável devido à natureza do engano ao povo judeu, que o Anticristo precisará de realizar. Veja o seguinte: o acto da assinatura da aliança com os líderes de Israel, conforme predito em Daniel 9:27, é um acto messiânico. Os judeus não permitirão que uma pessoa qualquer seja nomeada como o seu Messias, a não ser que a vejam cumprir as profecias messiânicas do Velho Testamento. Lembre-se da observação do apóstolo Paulo que "os judeus pedem um sinal." (1 Coríntios 1:22).

Os planeadores iluministas podem ver a necessidade de o Anticristo precisar de "cumprir" todas as profecias e expectativas messiânicas, para que os líderes judeus fiquem convencidos de que ele é o Messias esperado há tanto tempo. Os iluministas compreendem que os judeus ortodoxos, especialmente, não se deixarão convencer por meros sinais e maravilhas, mas quererão ver se ele cumpre aquelas profecias.

Quantas profecias existem para o Anticristo cumprir? A minha compreensão é que existem cerca de 300 profecias relacionadas com o fim dos tempos e a Segunda Vinda de Jesus. Se o Anticristo encenar o cumprimento de uma profecia por dia — o que é um ritmo incrível — então precisará de aproximadamente um ano inteiro para "cumprir" todas elas. É minha crença que os líderes judeus ortodoxos não estarão prontos para proclamar o Anticristo como sendo o Messias judaico por quem a nação está esperando até que ele cumpra essas profecias messiânicas precisamente. Somente então os líderes religiosos judeus proclamarão que o Anticristo é o Messias judaico.

Somente essa proclamação permitirá que o Anticristo "firme uma aliança" com Israel.

O Anticristo poderá estar no cenário internacional por diversos anos antes que os judeus se convençam que ele é o seu Messias. Investiguei as Escrituras proféticas e observei que, embora a Bíblia limite a actuação do Anticristo a somente sete anos judaicos após ele firmar a aliança, não existe limitação ao número de anos em que ele poderá estar em cena entre a sua aparição inicial e a confirmação da aliança.

O erudito bíblico Arthur Pink, no seu livro The Antichrist, levanta a possibilidade de que o intervalo de tempo entre o Arrebatamento e o início do período de sete anos da Tribulação poderá ser de até quarenta anos!! Independente se o intervalo entre esses dois eventos será ou não tão longo assim, o facto é que a doutrina da Iminência do Arrebatamento realmente pressupõe um intervalo de certa duração significativa.

Semanas atrás, publicamos um artigo em que argumentamos que o aparecimento do Anticristo deverá ocorrer somente dentro de mais alguns anos, porque está claramente vinculado com a formação da configuração final das dez super-nações, conforme a profecia de Daniel 7:7-8 (leia os detalhes completos no artigo N2363, intitulado "Uma Única Profecia Sequencial Fornece um Meio de Sabermos o Tempo Aproximado em Que o Anticristo Aparecerá").

Quando você examina o progresso que os Illuminati fazem rumo à formação completa das dez super-nações, precisa de entender que o aparecimento do Anticristo está mais distante do que a maioria das pessoas pensa; entretanto, como o Arrebatamento da Igreja não está rigidamente vinculado ao aparecimento do Anticristo, poderá ocorrer na próxima semana, ou no próximo mês, ou no próximo ano!

Além disso, o Período da Tribulação somente terá início quando o Anticristo firmar a aliança com os líderes de Israel, e esse evento certamente ocorrerá algum tempo após ele aparecer pela primeira vez na cena internacional. Esse momento da assinatura da aliança é a "gota d'água" para aqueles de nós que são pré-tribulacionistas, de modo que o Arrebatamento poderá ocorrer imediatamente antes da assinatura do documento. Se o Senhor aguardar até esse momento para arrebatar a Sua noiva, a igreja então passará pelas dores de parto finais (a Terceira Guerra Mundial) que produzirá o Anticristo e todos os seus horrores associados. Como essa guerra também será o evento de gatilho que os Illuminati usarão para derrubar todos os governos existentes no mundo para que possam estabelecer uma ditadura global, os cristãos terão de enfrentar perseguições, prisões e martírio.

Sempre advertimos as pessoas a estarem preparadas para passarem por esses tempos terríveis.

Mas, o Senhor poderá chamar-nos antes desses eventos horríveis ocorrerem. Quando eu preparava a Parte 1 desta série, documentando o controlo mental em escala global que agora está disponível para os Illuminati por meio das torres HAARP, GWEN e a nova tecnologia da televisão digital (HDTV), fiquei pensando que, talvez o modo como o Senhor Jesus planeia proteger a Sua amada noiva, a igreja, de sofrer o controlo mental, é tirar-nos daqui por meio do Arrebatamento.

Teremos de esperar para ver, mas aguardaremos do modo como o apóstolo Paulo nos instruiu:

"... enquanto esperam e vigiam, vivendo constantemente na esperança da manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo." [1 Coríntios 1:7, tradução Amplificada da KJB].

Essa é a Iminência do Arrebatamento!

Data da publicação: 6/7/2009
Transferido para a área pública em 13/6/2011
Revisão:
http://www.TextoExato.com
A Espada do Espírito:
http://www.espada.eti.br/n2370c.asp

 

 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020


O Controlo Mental à Escala Global e o Arrebatamento da Igreja — Parte 2


(Tradução minha para português de Portugal, sem adopção às regras do acordo ortográfico de 1990, e sem alterar o sentido do texto original, que poderá ser consultado no site que vem citado no fim. Apresento aqui uma versão leve com algumas imagens da Net para o texto não ficar tão condensado e ficar ao alcance de todos. Quem estiver interessado em ler o original, basta clicar no link. R)
 
 
Antes de estudarmos a questão de o arrebatamento ser o modo de Deus livrar o Seu povo do controlo mental global, vamos primeiro examinar a base bíblica para o arrebatamento anterior à Tribulação.

Está provado que a compreensão da profecia bíblica é progressiva — à medida que os eventos mundiais continuam a desdobrar-se, os elementos que antes eram considerados alegóricos agora fazem pleno sentido! Além disso, desde 1989, os espíritos-guia demoníacos dizem aos autores de livros de Nova Era para prepararem os seus aderentes para o arrebatamento simultâneo de todas as pessoas cujos sistemas de crenças nunca poderão ser compatíveis com o Cristo da Nova Era!


O arrebatamento da igreja é muito real, e até os Illuminati sabem disto!

"Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras" — apóstolo Paulo em 1 Tessalonicenses 4:18.

Já usei muito esta ilustração, mas a julgar pelos comentários que recebemos desafiando a nossa posição que o arrebatamento ocorrerá antes da Tribulação, aparentemente ela precisa de ser repetida com frequência: o que estava anteriormente fora dos limites da razão agora tornou-se bastante razoável à luz dos eventos actuais.

Por exemplo: até o início do século XX, a maioria dos comentaristas via o exército de duzentos milhões de soldados mencionado em Apocalipse 9:16 como algo totalmente fantástico e que deveria ser considerado como uma alegoria — representativo de alguma outra verdade espiritual. Como todos os exércitos do mundo daquela época combinados não atingiriam aquele número astronómico, os comentaristas achavam que a passagem não deveria ser entendida literalmente. Entretanto, setenta e cinco anos depois, ficamos a saber que a China sozinha poderia mobilizar um exército daquele tamanho, se desejasse. Novamente, aquilo que antes estava fora dos limites da razão tornou-se agora bastante razoável! O mesmo princípio aplica-se às demais profecias — o tempo inevitavelmente lança mais luz sobre a interpretação.

Similarmente, a história da igreja mostra que em alguns casos, foram necessários várias centenas de anos para que todas as grandes doutrinas da fé fossem codificadas e solidificadas. Por exemplo, a justificação unicamente pela fé não foi completamente "firmada" até aos dias de Martinho Lutero, nos anos 1500s. Assim, não vamos cair na armadilha de pensar que tudo o que os primeiros pais disseram seja sacrossanto e esteja fora de revisão.

Até hoje, muitos ainda ridicularizam o conceito do que caracterizam como "um arrebatamento secreto" porque insistem que uma pessoa supostamente chamada Margaret McDonald concebeu a ideia em 1830 — e a ideia foi adoptada posteriormente pela denominação Irmãos Plymouth, e popularizada por meio dos esforços de C. I. Scofield, e a sua famosa Bíblia de Referência.

Para responder a essas objecções, tudo o que podemos dizer é: "O que dizem as Escrituras?" A posição (como afirmamos enfaticamente) encaixa-se com todas as Escrituras e fazem mais sentido do que aquelas que são anteriores a ela? Vamos descobrir examinando o assunto da forma mais objectiva que pudermos.

Que haverá uma remoção instantânea da igreja do mundo (Seres humanos e não os Templos das Instituições. R) é algo que está fora de disputa, porque 1 Tessalonicenses 4:13-18 e 1 Coríntios 15:51-53 declaram isso. A principal diferença de opinião gira em torno de quando ocorrerá essa remoção, pois muitos insistem que será simultânea à Segunda Vinda de Cristo no fim do Período da Tribulação, e não antes do início do período de sete anos conhecido como "Septuagésima Semana de Daniel".

Todos os crentes concordam que Deus certamente arrebatará os seus filhos eleitos deste mundo a qualquer tempo que escolher, mas existem várias razões lógicas para acreditarmos que esse evento ocorrerá antes da Tribulação.

Primeiro, precisamos de compreender que o principal propósito do Período da Tribulação ("O Dia do Senhor") é punir e refinar a nação de Israel — não a igreja de Jesus Cristo — que é a Sua amada noiva. Parte (senão a maioria) da confusão em torno desse assunto é causada pela compreensão incorrecta do termo "escolhido" como se referisse aos filhos de Deus. (Nota: E a Igreja de Jesus Cristo não se trata de nenhuma igreja institucional mas sim os seres humanos. Os seres humanos comungados na mesma doutrina cristã é que são a Igreja, independentemente de templos, catedrais, construções materiais com símbolos e estatuetas, ou locais consagrados para se reunirem. R)

A igreja é formada exclusivamente de indivíduos eleitos, mas existem dois grupos distintos de eleitos fora da igreja: O primeiro é formado pelos santos do Antigo Testamento e o segundo é o grupo daqueles que serão salvos durante o período da Tribulação. Portanto, quando vemos o termo "escolhidos" usado em Mateus 24, juntamente com algumas referências nos evangelhos de Marcos e Lucas — precisamos de entender que esses não são os santos da Época da Igreja — por razões que serão explicadas em detalhes posteriormente. A maioria das profecias sobre o Período da Tribulação encontra-se no Antigo Testamento e, portanto, é claramente destinada a Israel. Adicionalmente, não faz absolutamente nenhum sentido o Senhor fazer a Sua noiva passar pelos horrores inimagináveis da Tribulação — mesmo considerando-se que a igreja é formada por pecadores merecedores do inferno. Ele salva-nos pela Sua graça e não por algum mérito nosso, de modo que propósito haveria em punição durante a Tribulação? Enquanto estivermos nestes corpos mortais, o pecado continuará a caracterizar a nossa existência e nenhuma punição apagará a nossa natureza pecaminosa. Somente após recebermos os nossos corpos glorificados é que finalmente estaremos livres do pecado.

Além disso, aqueles que insistem que o período da Tribulação servirá para remover "as máculas e as rugas" [Efésios 5:27] da igreja antes que ela possa apresentar-se diante de Cristo, negligenciam um facto básico: Essa crença forma a base para o Purgatório pagão, de modo que aqueles que acreditam que a igreja precisa de passar por um período de "purificação" aceitam a mentira do Purgatório!

As imperfeições humanas e toda a mancha do pecado precisam de ser removidas de nós como um pré-requisito para que possamos comparecer na presença de Deus — e isso será realizado instantaneamente no arrebatamento [1 Coríntios 15:50-58]. Os cristãos que constituem a igreja são imaculados, pois Jesus Cristo imputou-nos a Sua perfeição.

O Dia do Senhor


Vejamos o que dizem as Escrituras do Antigo Testamento sobre o assunto "Dia do Senhor" — "o tempo de angústia de Jacob" — para obter uma melhor compreensão da sua aplicação a Israel. Como veremos, poucos temas bíblicos associados com o fim dos tempos atraíram tanta atenção ou foram tão enfatizados no Antigo Testamento.

Quando os profetas mencionam "o dia do Senhor", soam frequentemente como Amós, que escreveu:

"Ai daqueles que desejam o dia do SENHOR! Para que quereis vós este dia do SENHOR? Será de trevas e não de luz. É como se um homem fugisse de diante do leão, e se encontrasse com ele o urso; ou como se entrando numa casa, a sua mão encostasse à parede, e fosse mordido por uma cobra. Não será, pois, o dia do SENHOR trevas e não luz, e escuridão, sem que haja resplendor?" [Amós 5:18-20].

Embora o "Dia do Senhor" como um termo teológico, inclua tudo o que acontece em todo o período durante o qual Deus cumpre as Suas promessas e traz a história ao fim, a ênfase encontrada na maioria das passagens do Antigo Testamento está no período tenebroso de tribulação e julgamento que iniciará aquele dia. Ele é retratado como um tempo terrível para a humanidade; dias repletos dos juízos de Deus em que a Terra será devastada e esvaziada, e os seus habitantes morrerão aos milhões. Haverá trevas, aflições e ais, à medida que a ira de Deus for totalmente liberada contra a humanidade rebelde [compare Deuteronómio 4:30-31; Isaías 2:19, 24:1,3,6,19-21; Jeremias 30:7; Daniel 12:1; Joel 1:15, 2:1-2; Amós 5:18-20; Sofonias 1:14-15,18]. Conforme descobrimos nessas passagens do Antigo Testamento, as nações pagãs e o povo eleito de Deus, Israel, experimentarão o julgamento divino, pois a abrangência da Tribulação será mundial.

Como Jeremias disse em 25:32-33:

"Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Eis que o mal passa de nação para nação, e grande tormenta se levantará dos confins da terra. E serão os mortos do SENHOR, naquele dia, desde uma extremidade da terra até à outra; não serão pranteados, nem recolhidos, nem sepultados; mas serão por esterco sobre a face da terra. Uivai, pastores, e clamai, e revolvei-vos na cinza, principais do rebanho, porque já se cumpriram os vossos dias para serdes mortos, e dispersos, e vós então caireis como um vaso precioso. E não haverá refúgio para os pastores, nem salvamento para os principais do rebanho."

No entanto, apesar de todos os horrores daquele tempo terrível, o objectivo é claro que ele levará ao Livramento. Eis algumas citações dos profetas:

"Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante; e é tempo de angústia para Jacob; ele, porém, será salvo dela." [Jeremias 30:7; ênfase adicionada].

"Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que com mão forte, e com braço estendido, e com indignação derramada, hei-de reinar sobre vós. E vos tirarei dentre os povos, e vos congregarei das terras nas quais andais espalhados, com mão forte, e com braço estendido, e com indignação derramada. E vos levarei ao deserto dos povos; e ali face a face entrarei em juízo convosco; como entrei em juízo com vossos pais, no deserto da terra do Egipto, assim entrarei em juízo convosco, diz o Senhor DEUS. Também vos farei passar debaixo da vara, e vos farei entrar no vínculo da aliança. E separarei dentre vós os rebeldes, e os que transgrediram contra mim; da terra das suas peregrinações os tirarei, mas à terra de Israel não voltarão; e sabereis que eu sou o SENHOR." [Ezequiel 20:37-38].

"E acontecerá em toda a terra, diz o SENHOR, que as duas partes dela serão extirpadas, e expirarão; mas a terceira parte restará nela. E farei passar esta terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro. Ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: É meu povo; e ela dirá: O SENHOR é o meu Deus." [Zacarias 13:8-9; ênfase adicionada].

[Observe que dois terços de Israel serão mortos e somente um terço sobreviverá aos rigores do julgamento de Deus!].

O Período da Tribulação objectiva fazer a purificação [veja também Apocalipse 7:9 e 14:4] e preparar a conversão nacional de Israel [compare com Ezequiel 20:37-38; Zacarias 13:1,8-9, citado anteriormente]. De tudo isso, devemos compreender que a Tribulação do mundo inteiro está bem próxima. Entretanto, até mesmo esse mais terrível de todos os tempos será usado por Deus para o bem final, e levará a história em direcção ao fim que Ele planeou. Estes são alguns textos adicionais para estudo:

Dia do Senhor: Isaías 2:12; 13:6; Ezequiel 13:5; 30:3; Joel 1:15, 2:1,11,31; Amós 5:18-20; Obadias 1:15; Sofonias 1:7,14; Zacarias 14:1; Malaquias 4:5.

Tribulação: Deuteronómio 4:30-31; Isaías 2:19, 24:1,3,6,19-21, 26:20-21; Jeremias 30:7; Daniel 9:27, 12:1; Joel 2:1-2; Amós 5:18-20; Sofonias 1:14-15,18.

Ponto Inicial Profético da Tribulação de Sete Anos


Quando o cronómetro profético dos sete anos começará a funcionar, de acordo com a Escritura? Esta é uma questão extremamente válida, porque um grande número de cristãos acredita que o aparecimento do Anticristo é que sinalizará o início da Septuagésima Semana de Daniel. Mas, este não será o caso! A única profecia que nos diz o evento que dará início ao período de sete anos da Tribulação é Daniel 9:27:



"E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador."

Em outras palavras, quando a caneta na mão do Anticristo tocar o papel em que a aliança nacional com Israel está impressa, o cronómetro do período de sete anos da Tribulação começará a funcionar, e continuará em funcionamento até ao fim do período, quando Jesus Cristo virá em grande poder e glória! Entrar em uma aliança em Israel é um acto messiânico e requer primeiro que os judeus aceitem o Anticristo como o seu Messias.

Como os judeus ainda requerem um sinal, os Illuminati planearam que o Anticristo encene o cumprimento da maioria das profecias e expectativas messiânicas dos judeus. (Peter Lemesurier, em The Armageddon Script, leia a resenha aqui). Como existem cerca de 300 profecias relacionadas com o fim dos tempos, se o Anticristo encenar o cumprimento de uma delas por dia, precisará de quase um ano inteiro para terminar. Na verdade, ele precisará de quase dois anos inteiros para cumprir tudo, o que significa que provavelmente entrará na cena mundial cerca de dois anos antes de realmente confirmar a aliança.

A igreja de Jesus Cristo poderá ser arrebatada bem antes de o Anticristo confirmar a aliança com Israel; portanto, o arrebatamento poderá ocorrer antes do aparecimento do Anticristo, que será após a Terceira Guerra Mundial destinada a produzi-lo. Não há profecia alguma que vincule o arrebatamento da igreja com o aparecimento do Anticristo. Eruditos bíblicos modernos tentaram vincular o arrebatamento com o Anticristo com base numa compreensão imprecisa de 2 Tessalonicenses 2, um facto que será tratado em detalhes na Parte 3 desta série.


Arrebatamento Anterior à Tribulação — Bases na Lógica, no Bom Senso e na Bíblia


Agora que estabelecemos a base para o Período da Tribulação e mostramos como ele se refere a Israel e não à igreja, voltemos a nossa atenção para os aspectos lógicos e de bom senso para o arrebatamento antes da Tribulação. Já dissemos que é um ponto irrealista e espiritualmente improdutivo pensar que o Senhor sujeitaria a Sua amada noiva aos terríveis eventos da Tribulação. Aproveitando que estamos no assunto da noiva de Cristo, vamos dar uma rápida olhadela nos antigos costumes hebraicos de noivado e casamento.

Uma vez que os pais concordassem com o casamento dos seus filhos e o noivado formal fosse declarado (o noivado naquele tempo tinha o mesmo vínculo de indissolubilidade que o casamento), o noivo então iria providenciar uma casa para viver com a noiva. Normalmente, isso levava até dois anos para ser concluído. Enquanto esperava, a noiva permanecia na casa do seu pai, mas vivia numa "expectativa do retorno do noivo a qualquer momento". As suas malas ficavam prontas, por assim dizer, pois ela ansiava com expectativa pelo dia em que o seu pretendido voltaria para ela. Então, quando o noivo finalmente ficava preparado para receber a sua noiva, um alegre grupo de celebrantes, juntamente com os "amigos do noivo" — os paraninfos, ou padrinhos, na terminologia actual — vinham à casa da noiva à meia-noite, e um amigo do noivo gritava "Aí vem o noivo!" A noiva, logicamente, devia acordar e abrir a porta para os celebrantes. Nesse ponto, ela acompanhava o grupo festivo até a casa do pai do noivo, onde a cerimónia de casamento ocorria — e depois disso, o casal mudava-se para a sua nova casa, para uma lua-de-mel que normalmente durava sete dias.

Os paralelos entre o costume hebraico do casamento e o arrebatamento da igreja são inegáveis! A noiva (a igreja) deve esperar a vinda do noivo (Jesus Cristo) na casa do seu pai (este mundo, controlado por Satanás). Quando o noivo volta após um período de separação de dois anos (aproximadamente 2.000 anos até aqui), a noiva é levada para a casa do pai do noivo (a casa do Pai Celestial) onde ocorre a cerimónia de casamento. A lua-de-mel na nova casa (as "moradas" de João 14:2) dura sete dias (corresponde aos sete anos do Período da Tribulação aqui na Terra). Portanto, enquanto Israel estiver a ser finalmente purificado durante o período de sete anos da Tribulação, a igreja — a noiva — desfrutará de um período de lua-de-mel com Jesus Cristo no céu!

Assim, encontramos outro forte argumento para um arrebatamento anterior à Tribulação em 1 Tessalonicenses 5:9, em que lemos: "Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo."

Esse verso, considerado no contexto, está obviamente conectado com o ensino de Paulo a respeito do arrebatamento — pois esse é o assunto do capítulo 4 e verso 13 até o capítulo 5 verso 11. Uma das principais razões que motivou Paulo a escrever essa primeira carta era que a igreja de Tessalónica estava entristecida pelo destino dos seus amados. Aquelas pessoas também tinham crido e aparentemente tinham morrido sem terem sido tomadas nos céus por Cristo (como Paulo tinha ensinado anteriormente, isso aconteceria algum dia). No entanto, como Paulo só esteve com eles por aproximadamente um mês, o conhecimento que eles tinham do assunto era incompleto. Portanto, para corrigi-los nesse mal-entendido, Paulo diz que os seus familiares mortos "em Cristo" na verdade (somente por um momento) precederiam aqueles que estarão vivos no instante do arrebatamento.

Observe que Paulo usa a palavra "consolai-vos" duas vezes no seu discurso, num esforço de aliviar os seus temores; depois ele conclui com o verso citado anteriormente (5:9), dizendo que Deus não os tinha destinado para a ira — a ira divina que está reservada para a nação de Israel (em particular, e para o restante do mundo em geral) e, portanto, devemos compreender que esse ensino a respeito do arrebatamento objectiva ser uma fonte de consolação para todos os crentes da Época da Igreja.

Como o Diabo não tinha acabado de atormentar aqueles cristãos tessalonicenses, circulou a falsa noção de que por causa da perseguição que eles experimentavam, o "dia do Senhor" (o Período da Tribulação) já estava presente e eles tinham perdido o arrebatamento! Isso levou Paulo a escrever a sua segunda epístola, em que lhes deu (e a nós também) dois sinais inegáveis, sem os quais o Período da Tribulação não poderá iniciar! No verso 3 do capítulo 2, Paulo diz-nos que não devemos deixar-nos enganar por ninguém, pois "aquele dia" não virá sem que ocorra antes a apostasia — um afastamento, ou partida, dependendo da interpretação que se tenha da palavra grega apostasia — juntamente com o aparecimento do "homem do pecado", o Anticristo. Assim, precisamos de compreender que esses dois eventos terão de ocorrer antes do início do período da Tribulação.

Para clarificar, a palavra que Paulo usou nesta passagem no texto grego foi apostasia, que tem dois significados:

1) Um afastamento das posições da fé mantidas anteriormente; a apostasia da igreja hoje está tão profunda e generalizada que a resistência da igreja à podridão do mundo foi corroída a partir de dentro, deixando em grande parte uma casca vazia onde uma igreja vibrante costumava reunir-se. Outro ponto interessante refere-se à "apostasia" de 2 Tessalonicenses 2:3. A maioria vê isso com um afastamento em massa da fé, antes do Período da Tribulação, e essa certamente parece ser uma possibilidade quando o Anticristo ascender ao poder e as pessoas de todo o mundo começarem a adorá-lo. No entanto, ao longo dos anos, vários mestres proeminentes insistiram que a palavra grega apostasia também pode ser traduzida como "partida" — como na partida da igreja deste mundo — e crêem que isso se refira a um arrebatamento anterior à Tribulação. Entretanto, alguns estudiosos do grego — muitos dos quais adoptam a posição anterior à Tribulação — não concordam com a interpretação de "partida", de modo que esse ponto em particular está longe de ser resolvido.

O Comentário Bíblico Amplificado usa as palavras "partida da igreja" na nota de rodapé para esse verso — 2 Tessalonicenses 2:3 — pois isso dá o significado total da palavra, apostasia.

Com essa compreensão, vamos ao significado número 2:

2) Uma súbita captura ou arrebatamento — dos eleitos da igreja.

 



Somente após o arrebatamento da igreja o "homem do pecado" será revelado! No entanto, essa Escritura não ensina que o arrebatamento da igreja e o aparecimento do Anticristo serão eventos praticamente simultâneos, como muitos cristãos acreditam. Em vez disso, ela simplesmente significa que o arrebatamento precisa de ocorrer primeiro e então, em algum ponto posterior, o Espírito Santo retirará o Seu poder de restrição o suficiente para que o Anticristo possa aparecer. Esse intervalo de tempo poderá ser de algumas horas, ou alguns anos, um ponto que será discutido na Parte 3.

Agora, gostaria de lhe fazer uma pergunta: Que outra razão poderia ter motivado Paulo a apresentar esse ensino aos tessalonicenses, se não tivesse em vista o arrebatamento anterior à Tribulação?

A Promessa de Jesus de Tirar os Seus Fiéis Desta Dimensão


Outra porção das Escrituras que se aplica à nossa discussão encontra-se em Apocalipse 3:10, onde o Senhor glorificado dirige palavras à igreja de Filadélfia:

"Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há-de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra." [ênfase adicionada].

Considere a palavra hora. É um termo limitado à Terra. Uma vez que você saia da Terra e do sistema solar, essa palavra não tem a mesma relevância! Além disso, "hora" é uma palavra que indica tempo. Ela pode referenciar uma hora real no relógio, ou um período curto de tempo, mas independente de como seja usada, é sempre uma palavra para indicar tempo. Como tal, essa palavra está associada com esta dimensão terreal.

As sete igrejas mencionadas no Apocalipse, capítulos 2 e 3, eram igrejas literais que existiam na Ásia Menor no tempo em que João escreveu o Apocalipse. Muitos eruditos bíblicos acreditam que elas representam sete períodos distintos da história da igreja, finalizando com os "laodiceienses" — um tempo de espiritualidade morna imediatamente anterior ao período da Tribulação. Outra interpretação é que são sete tipos de igrejas, contendo membros individuais que são representativos de todas as expressões de espiritualidade e fidelidade a Jesus Cristo. E é para o carácter "filadelfense" fiel dos cristãos genuínos (que estiverem vivos naquele tempo), que a promessa é feita: "eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo". Observe que a promessa é "guardar da hora" e não "guardar na hora" da tribulação, como alguns pós-milenistas insistem que é o caso.

Noé foi salvo "da" ira de Deus no dilúvio, mas passou pela hora! Ló foi salvo da ira de Deus, mas passou pela hora. Jesus Cristo promete à igreja que a livrará da hora da provação que virá sobre todo o mundo.

Outro ponto interessante é que a igreja é mencionada frequentemente até ao Apocalipse 3, mas então no verso 1 do capítulo 4, João recebe uma súbita ordem "Sobe aqui" (simbólica do arrebatamento?) e a igreja não é mencionada novamente até muito mais tarde, onde a encontramos como a "esposa do Cordeiro", no capítulo 21.

Em seguida, no verso 4 do capítulo 4, encontramos os vinte e quatro anciãos (presbuteros no texto grego) assentados em volta do trono celestial e vestidos de branco e com coroas de ouro. Estar vestido de branco significa que a pessoa é uma vencedora [Apocalipse 3:4-5] e as coroas são consistentemente retratadas no Novo Testamento como representativas de recompensa. Assim, o facto de os anciãos estarem assim vestidos indica que o julgamento ante o Tribunal de Cristo [2 Coríntios 5:10] já ocorreu e os galardões já foram distribuídos! Se você duvida dessa interpretação, apenas veja o verso 3 do capítulo 5, em que encontramos estas palavras: "E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele." O verso 4 continua "... ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler, nem de olhar para ele." Meu amigo, Jesus Cristo é homem e Deus ao mesmo tempo — a segunda pessoa da Trindade — mas esses comentários obviamente não se referem a Ele! Como então essas pessoas estão no céu, se não pelo arrebatamento? É nossa compreensão das Escrituras que o próprio Jesus Cristo foi o primeiro homem a ressuscitar e entrar nos céus como "as primícias dos que dormem".

Se é assim, os santos do Antigo Testamento ou do período da Tribulação não poderão preceder a igreja nos céus como homens ressuscitados por causa do que encontramos nos seguintes versos:

"Mas de facto Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda." [1 Coríntios 15:20-23; ênfase adicionada].

Consideradas no contexto, a frase, "os que são de Cristo" refere-se à igreja e, portanto, são os próximos na fila a serem ressuscitados — com nenhum outro grupo precedendo-os.

Acople esses factos com Apocalipse 7:13-14 e precisamos de chegar à outra conclusão:

"E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são, e de onde vieram? E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro." [ênfase adicionada].

Que esses são os santos do período da Tribulação está fora de qualquer discussão! Como acabamos de ver em 1 Coríntios 15:20-23, Cristo é as "primícias dos que dormem" e depois disso os que pertencem a Ele serão ressurrectos. Assim, quando Apocalipse 7:13-14 nos informa dos santos do período da Tribulação nos céus, isso requer que a igreja tenha sido arrebatada em algum ponto anterior!

Em que ponto a Tribulação começará na Terra? Em Apocalipse 6:1, encontramos o Senhor Jesus Cristo abrindo o primeiro selo, que sinaliza o início, mas observe algo que acontece antes disso no capítulo 5: Os versos 8 e 9 dizem-nos que "os quatro animais" e os vinte e quatro anciãos (esses anciãos representam claramente todos os cristãos) cantam um novo cântico, dizendo:

"Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação; e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra."

A expressão "toda a tribo, e língua, e povo, e nação" está obviamente a referir-se a um grupo muito maior do que apenas os vinte e quatro anciãos. Depois, há a exortação do apóstolo Paulo a respeito do dia do Senhor:

"Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas. Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios; porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embebedam, embebedam-se de noite. Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação; porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele. Por isso exortai-vos uns aos outros, e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis." [1 Tessalonicenses 5:1-11; ênfase adicionada].

Por que Paulo os ensinou (e nos ensinou) a vigiar se o evento não é iminente — poderia ocorrer a qualquer momento e está em seguida no calendário profético de Deus? Observe a cuidadosa distinção que Paulo faz entre os pronomes "vós" e "eles". Esse contraste destina-se a mostrar que nós, ao contrário daqueles que estão perdidos, não seremos apanhados desprevenidos quando o dia do Senhor vier como um ladrão de noite.

Mateus 24 — Uma Compreensão Elementar


Isto traz-nos ao assunto de Mateus 24 — na minha humilde opinião, o capítulo mais mal compreendido e mal aplicado de toda a Bíblia, no que se refere às profecias. Até mesmo os doutores em teologia, que deveriam conhecer melhor, tropeçam nessa porção das Escrituras e a consideram inteiramente fora do contexto quando tentam aplicar uma parte dela ao arrebatamento. O senso comum diz que Paulo sabia sobre o que falava em 1 Coríntios 15:51, quando disse:

"Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados." [ênfase adicionada].

O que a palavra "mistério" (grego musterion) significa quando é usada no Novo Testamento? Ela refere-se a uma Escritura anteriormente não revelada! Em outras palavras, Paulo diz-nos algo aqui, aproximadamente nos anos 59-60, que nunca antes tinha sido revelado por Deus: o assunto do arrebatamento. Esse facto apenas exige que nenhuma das palavras de Cristo em Mateus 24 possa estar a referir-se ao arrebatamento! Por que esse ponto é importante? Bem, vamos apenas olhar para o capítulo e destacar alguns detalhes.

Na cena que temos diante de nós, o Senhor responde às perguntas feitas pelos Seus discípulos. É muito provável que nesse ponto particular, o grupo era formado unicamente de judeus. Jesus Cristo ainda não tinha morrido e a Época da Graça ainda não tinha iniciado, de modo que 100% do que encontramos nos relatos dos evangelhos está sob a lei e não sob a graça! Nenhum dos profetas do Antigo Testamento "viu" a Época da Igreja porque Deus não lhes revelou isso — era um "mistério" divino! O ensino do Senhor aqui é perfeitamente coerente com esse princípio. Ele está a instruir os judeus sobre o que a "geração" [verso 34] experimentará durante o Período da Tribulação, pois a igreja ainda não estava visível e ainda seria revelada! Com essa ideia em mente, observe que os versos 4-13 descrevem as condições que o remanescente judaico eleito experimentará durante os dias tenebrosos do período da Tribulação — o "tempo da angústia de Jacó".

Mateus 24:9 diz claramente que: "Então vos hão-de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome." Deus selará 144.000 judeus no início desse período terrível e é para eles que esse discurso é dirigido. O verso 13 tem sido mal compreendido e mal aplicado por muitos cristãos pensando que precisamos de "perseverar até ao fim" para sermos salvos, quando na realidade isso está a referir-se ao livramento físico dos judeus que estarão vivos na Segunda Vinda de Cristo — no fim do Período da Tribulação!

Lembre-se que isso não pode aplicar-se aos cristãos de forma alguma, pois naquele ponto — quando Jesus proferiu as palavras registadas em Mateus 24 — a igreja ainda era um mistério [Efésios 3:1-6]. Observe que o verso 14 diz: "E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.".

Meus amigos, o evangelho da graça ainda era desconhecido naquele tempo! Esse "evangelho do reino" — a mensagem que João Baptista e Jesus Cristo pregaram e à qual o Senhor se refere aqui — era "Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.".



Essa mensagem será pregada novamente durante o período da Tribulação pelos 144.000 israelitas citados em Apocalipse 7 e pelas "duas testemunhas" de Apocalipse 11:3. O fim do Período da Tribulação — que ocorrerá na Segunda Vinda de Cristo — não acontecerá até que essa mensagem específica do evangelho tenha sido ouvida por todas as nações e por meio da qual elas saberão que o reino literal de Jesus Cristo na Terra está prestes a ser iniciado. Quando o Senhor disse isso aos seus discípulos, Ele tinha acabado de ser rejeitado como rei pela nação de Israel e sabia que as Suas palavras eram para uma futura geração de descendentes. Em nenhum lugar a igreja aparece aqui.

Começando com o verso 15, temos o início da "Grande Tribulação" — os três anos e meio finais, que serão tão terríveis que o Senhor fez o seguinte comentário no verso 21:

"Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver." [Mateus 24:21].

Que os judeus são o foco principal desse discurso é deixado claro no relato paralelo encontrado em Marcos 13. Observe o fraseado do verso 9:

"Mas olhai por vós mesmos, porque vos entregarão aos concílios e às sinagogas; e sereis açoitados, e sereis apresentados perante presidentes e reis, por amor de mim, para lhes servir de testemunho." [Marcos 13:9; ênfase adicionada].

Pelo que sei, os judeus não costumam levar os cristãos às suas sinagogas por razão alguma, muito menos para surrá-los! No entanto, durante a Tribulação, os 144.000 judeus eleitos serão perseguidos pelo seu próprio povo, bem como pelos gentios.

Em seguida, no verso 22, temos uma frase muito interessante sobre a abreviação "daqueles dias" por Deus, pois se Ele não fizesse isso, nenhuma carne se salvaria! Isso tem uma relação directa com o verso 36 — outro comentário feito pelo Senhor que tem sido mal aplicado há muitos anos. Os pastores dizem aos seus rebanhos, com base no verso 36, que ninguém poderá saber o "dia e a hora" do arrebatamento — quando esse verso não tem absolutamente nada que ver com o arrebatamento, pois considerado no contexto correcto, está claramente a referir-se à Segunda Vinda. A perseguição e matança serão tão grandes que Deus abreviará aqueles dias para que alguns permaneçam vivos para povoar o Reino Milenar. Como o período será abreviado (algo menor que o número total de dias profetizado por Daniel), ninguém saberá o dia e a hora exactos!!

Lembre-se que todo o capítulo 24 de Mateus está a lidar com os judeus sob a lei e não com a igreja sob a graçaa igreja e o arrebatamento, naquele tempo, ainda eram mistérios não revelados dos conselhos de Deus. Quando Jesus Cristo proferiu as palavras registadas em Mateus 24, o apóstolo Paulo ainda era um fariseu que trabalhava para o Sinédrio; o Espírito Santo não tinha ainda revelado o "mistério do arrebatamento" para ele.

O verso 44 tem sido usado para fortalecer o argumento que ninguém pode saber o tempo do arrebatamento, quando na verdade ele está a falar dos judeus aterrorizados que estarão escondidos e as suas mentes preocupadas com a sobrevivência — não em contar o número de dias que faltam na "Grande Tribulação", conforme informado ao profeta Daniel (um dos argumentos usados contra "saber o dia e a hora"):

"Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há-de vir à hora em que não penseis." [Mateus 24:44].

Pense nisto — os cristãos são exortados em todo o Novo Testamento a vigiar e aguardar o retorno do Senhor para nos levar para si mesmo e somos ensinados que não virá como uma surpresa, de acordo com o seguinte:

"Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas. Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios." [1 Tessalonicenses 5:4-6; ênfase adicionada].

Assim, novamente, vemos que as afirmações em Mateus 24 não podem estar a referir-se ao arrebatamento.

O ajuntamento dos escolhidos de Deus "desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus" [verso 31] é "logo depois da aflição daqueles dias..." [verso 29] — Novamente, essa é a Segunda Vinda e não o arrebatamento. As ilustrações "será levado um, e deixado o outro" dos versos 40 e 41 — tão frequentemente usadas para ilustrar o arrebatamento — na verdade referem-se à separação das ovelhas e dos bodes discutida em Mateus 25:33; os que ficarem são aqueles que entrarão no Reino Milenar. E essa passagem está, logicamente, em um contexto não interrompido, e é parte dos comentários estendidos do Senhor com relação à Sua segunda vinda.

É compreensível que muitos tentem usar Mateus 24 como texto de prova para o arrebatamento, pois grande parte do capítulo parece " encaixar-se " nele, mas, como vimos — uma inspecção cuidadosa revela que isso simplesmente não é o caso.

Embora muitos bons homens tenham "quebrado a cara" tentando prever a data do arrebatamento, Mateus 24:36 não é uma barreira legítima! Acreditamos que, no ano em que o arrebatamento ocorrer, será ao soar da "última trombeta" da Festa das Trombetas.

Os eventos mundiais e as atitudes nacionais estão a convergir aparentemente a um perfeito alinhamento com o que as Escrituras dizem que serão as condições existentes na época do aparecimento do Anticristo. Assim sendo, e pelas razões detalhadas anteriormente, acreditamos que o arrebatamento realmente possa ocorrer a qualquer momento. Você está preparado para encontrar o Senhor nos ares?

Nota Final da Cutting Edge


Que fique bem claro que não adoptamos a posição do arrebatamento anterior à Tribulação porque não somos "corajosos" o suficiente para passar pelas perseguições do Anticristo. Muitas pessoas nos escrevem fazendo exactamente essa acusação. Essa noção é uma tolice, por um único facto bem simples: Embora a igreja seja poupada das perseguições do Anticristo, passará pela fase final das dores do parto que produzirão o Anticristo [Mateus 24:8].

Quando passarmos pelas "guerras, rumores de guerra, nações levantando-se contra nação, reino contra reino, terramotos em muitos lugares", teremos a impressão que estamos a passar pelas perseguições do Anticristo no período da Tribulação. Todos os cristãos hoje precisam de amadurecer espiritualmente bem depressa, pois não sabemos quando seremos cercados, perseguidos e até torturados por causa da nossa fé.

A ideia que ensinamos o arrebatamento anterior à Tribulação porque desejamos "escapar" da perseguição é risível e totalmente falsa.

Verdadeiramente, o fim dos tempos está bem diante de nós. O mundo está na iminência de ver o aparecimento do iníquo.

Ensinamos o arrebatamento anterior à Tribulação porque a Bíblia o ensina e porque os Illuminati estão a advertir os seus membros para se prepararem para ele!

Data da publicação: 27/6/2009
Transferido para a área pública em 30/5/2011
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