O “JOGO” ENTRE EUA E RÚSSIA
Há muito que as ditas “sanções” dos EUA contra a Rússia são uma ilusão.
Para não irmos muito atrás, vamos comentar apenas o que consegui averiguar a partir de 2014 sobre o que se estava a passar neste “jogo” de engano, desta treta das “sanções”.
AhAhAhAhAh...
No tempo do Presidente Obama, a Rússia começou a implicar com a Polónia, por um método da “guerra fria”, notificando que iria suspender a importação de frutas e legumes, ao mesmo tempo que medidas similares seriam consideradas contra os países da União Europeia em conjunto. Portanto uma clara ação hostil contra o ocidente.
A Rússia começou por dizer que foram violadas as condições sanitárias, numa manobra deliberada de provocação aos EUA. Os norteamericanos não podiam fingir que não perceberam esta provocação. Esta decisão de Moscovo foi um ataque bem direcionado contra a Polónia, na altura aliada forte protetora da retaguarda dos Estados Unidos, que exportava, naquela altura, dois terços de toda a sua produção de frutas e legumes para a Rússia.
O Presidente Obama, dos EUA, teve de assistir de longe, sem mover um músculo. Os EUA não tinham condições para oferecer uma compensação financeira a Varsóvia pelo prejuízo que iria ter. A solução seria pois recorrer a Bruxelas e começar um ciclo vicioso de “sanções”.
Toda a informação sugeria que a Rússia entrou em modo de contestação. A União Europeia teria de incluir na sua contabilidade que em breve Moscovo começaria a remover as cláusulas de tratamento preferencial (isenção de taxas e impostos aduaneiros) que garantiam aos produtos que a Ucrânia exportava para o mercado russo.
A Agência Reuters disse que Moscovo estava a preparar as novas regras necessárias. Um grande problema para a União Europeia, porque os Estados Unidos estavam com as mãos firmemente cerradas no que tenha a ver com dinheiro, e esperariam que a Europa (ou seja a Alemanha) compensaria a Ucrânia por qualquer perda, o que significaria salvar a economia daquele país porque, sem as exportações para o mercado russo, a industria ucraniana ruíria.
Vladimir Putin apercebeu-se da decadência económica dos EUA e tratou de dar início aos seus planos de expansão da Grande Rússia, contando que o ocidente não interferiria.
Mas, todos os olhos estavam postos na parte da Terceira Rodada de “Sanções” que envolveriam transferências para a Rússia de “tecnologias sensíveis” no setor do petróleo. O discurso de Obama deixou a impressão de que nas “Sanções” a exploração e a produção de petróleo seriam terrivelmente atingidos.
A Agência Reuter, porém, contou uma história bem diferente, em análise aprofundada da situação presente do mercado petrolífero a conclusão é que era muito complicado e que era provável que Obama teria dado “um tiro no pé”. Ou seja, a Reuters informou:
a) A Rússia dependeu sempre, tradicionalmente, da tecnologia ocidental, sobretudo por uma questão de conveniência. Agora será obrigada a pôr a mão na massa e a desenvolver tecnologias próprias, o que só fará acelerar a erosão que já se observa no monopólio do ocidente sobre aquela tecnologia.
b) A China, principalmente, apostará na situação que se vê e, no final, será a grande vencedora nessa questão,
c) E as sanções contra a Rússia, muito provavelmente, marcarão o fim da liderança tecnológica do ocidente no setor do petróleo.
Curiosamente os especialistas em petróleo questionaram o fundamento da onda de propaganda de Obama. No periódico sobre petróleo “Peak Oil News” alertaram:
“Os estudiosos da política externa no Departamento do Estado talvez não compreendam que a produção do petróleo na Rússia acaba de atingir um pico do período pós-URSS e daqui em diante já estaria em declínio. O efeito das “sanções” dos EUA-UE será apressar esse declínio russo, o que fará subir os preços do petróleo, no instante em que dos EUA atinja o seu máximo possível e imediatamente depois caia em mergulho inevitável, de nariz rumo ao fundo do poço, o que deve acontecer em 2017-2020. A Rússia ainda estará a exportar petróleo naquele ponto futuro, e beneficiará dos preços mais altos (talvez suficientemente mais altos a ponto de compensar a produção perdida por causa das “sanções”. Os EUA, por sua vez, que ainda serão um dos maiores importadores de petróleo do mundo, estarão ante a repetição do choque de petróleo de 2008, que contribuiu para o seu crasch financeiro”.
“Não há dúvidas de que os especialistas em política externa do Departamento do Estado acreditam sinceramente na propaganda recente, sobre os EUA repentinamente convertidos em nova superpotência energética, capaz de abastecer a Europa de petróleo e gás, para substituir as exportações russas. É possível que os europeus sejam doidos a ponto de também terem embarcado nessa fantasia. Mas essa aposta tem de altíssima, o que tem de ruinosa. Deve-se esperar que os jogadores acordem dessas alucinações, antes de o “jogo” ficar realmente feio”.
Obviamente que os europeus não eram doidos. Bateram na mesa e exigiram que o gás ficasse fora do pacote de “sanções” que Obama propunha. A questão era simples: as economias europeias não viveriam sem o gás russo (Washington Post).
Ou seja, a Rússia é que pode bater na mesa. A reação mais detalhada dos Russos, à Terceira Rodada de sanções, veio do Ministro Lavrov das Relações Exteriores. Explicou o que se passava, numa conferência de imprensa em Moscovo, acusando os EUA de estar a calibrar deliberadamente as tensões, torpedeando toda e qualquer iniciativa de paz que apareça. Disse estar informado por parceiros europeus de que as atitudes europeias ante as sanções contra a Rússia eram “artificiais”.
O jornal britânico Independente até publicou que Berlim e Moscovo estavam sim, bem próximos de firmar um acordo terribilíssimo sobre a Ucrânia, mas tiveram de pô-lo em suspenso quando quando o avião da Malaysian Arlines foi derrubado no leste da Ucrânia.
A tensão foi-se arrastando até que a Rússia, talvez por erro tático, resolveu invadir a Ucrânia supondo que a fraqueza dos EUA e divisões entre os Estados da União Europeia, permitiriam uma anexação rápida.
Só que, outros interesses se levantaram, e as ameaças de Putin, que só entende a linguagem da força, só provocou maior união na União Europeia e fez com que países tradicionalmente neutros aderissem apressadamente à NATO.
E
não dá resultado. Porquê???
Mas o JOGO mantém-se e as tais “sanções” não causam grande efeito, e a Europa que apoia e financia a Ucrânia continua, ironicamente, a comprar o petróleo e gás russo, financiando neste caso a Rússia para manter a sua guerra de agressão.
Como?
E a relutância de Trump em penalizar Putin? Porquê?
E agora, com outro “fiasco” em que Trump se está meter, para satisfazer o seu desejo de estar na ribalta, apesar de Congressistas o avisarem que não tem poder para declarar guerra a outras Nações sem a autorização do Congresso dos Estados Unidos, com o ataque que Israel fez ao Irão. Isso só vai beneficiar a Rússia, porque o petróleo do Irão vai faltar e os preços subirão em flecha. Isto quer dizer que o petróleo russo continua a circular clandestinamente, apesar das tais “sanções” impostas pelos EUA e União Europeia. É tudo uma farsa.
E a China está muito calada, mas avisou: Não quer que a Rússia perca esta guerra.
Só
promete...
Enquanto Donald Trump não se cala e só diz baboseiras para estar na ribalta, não consegue levar praticamente nada avante. O homem mais “poderoso” do mundo é o idiota de serviço. Putin faz o que quer e está em roda livre e Trump nada faz para o travar. Só ameaças, mas nada de concreto. Estabelece prazos para a Rússia parar com os ataques à Ucrânia e Putin não obedece. Depois tem o descaramento de dizer que as negociações do seu enviado especial à Rússia correram muito bem e acaba por não cumprir as sanções que prometeu. Em vez de ter uma reunião a três (Ucrânia, Rússia e EUA) reuniu apenas com Putin. Para quê?
Está mais do que visto, que nada será feito que prejudique realmente a Rússia. E as ameaças não intimidam Putin. E o “superhomem” vai-se entretendo com as “tarifas” e afasta cada vez mais os seus aliados tradicionais que, na realidade, defendiam a retaguarda dos EUA para poder movimentar-se melhor na cena internacional.
De que tem medo o senhor Trump?
Os
imbecis de serviço só reúnem... e são postos de lado pelo novo
senhor e nada fazem. Só conversa.
Será que estas tomadas de posição (Invasão da Crimeia, Chechénia, Geórgia, Ucrânia, Irão e Gaza, à revelia do direito internacional) impunes, irão legitimar e abrirão caminho a outras “invasões” dos mais fortes. A China, seguindo estes exemplos pode, muito bem, invadir Taiwan. E os EUA poderão invadir o Panamá, Gronelândia e tudo aquilo que julguem ser de interesse para a sua segurança, pois não haverá moral para alguém ripostar. É a lei do mais forte.
É o Caos!
Os EUA estão em pleno declínio, com as ações de Trump a aumentar a dívida externa e nada a correr como ele quer. Os EUA estão à beira do colapso e o pior é que arrastarão a Europa na sua queda estrondosa. O dólar está a perder valor e a deixar de ser a moeda tradicional para as transações mundiais, porque os BRICS, sem espalhafato e calmamente estão a substituir o dólar nas transações mundiais e o idiota de serviço não se apercebe disso e vive noutra dimensão, noutro mundo criado por ele em que é o senhor de tudo e de todos. E afastou todos os aliados credíveis que sempre salvaguardaram a retaguarda dos EUA enquanto eles atuavam como polícias do mundo.
E já se provou que as “tais” sanções são uma miragem porque o idiota é o ativo principal da Federação Russa. Só o Presidente Português é que mostrou tê-los no sítio ao dizer abertamente que Donald Trump tem agido em benefício de Putin. E os “medrosos” de serviço criticam essa posição com medo de represálias. Enfim...
Putin exige a não entrada de aliados da Ucrânia. Se ele tem tratados de assistência mútua com a Coreia do Norte e China, que enviam tropas para combater na Ucrânia, porque motivo a Ucrânia, um país soberano, não pode pedir ajuda aos seus aliados, nos mesmo moldes da Rússia?
O mundo está cego e vai atrás destes loucos.
E a Europa (des)Unida que até tem muito mais população do que a Federação Russa e uma economia muito superior, continua a vaguear e a permitir que dois membros da (des)União sabotem tudo e dão apoio abertamente à Rússia.
Vejamos: O total de habitantes da UE é de 450,4 milhões de habitantes. O Reino Unido tem 69,23 milhões e se contarmos com o Canadá que está ao lado da União Europeia são mais 41,29 milhões. Ou seja: cerca de 581 milhões de habitantes.
A Federação Russa tem, para contrapor, apenas 143,5 milhões de habitantes (senso de 2024) contando com os que já foram mortos na guerra da Ucrânia.
O PIB da União Europeia são 17 mil milhões de Euros (19,865 mil milhões de dólares americanos). E o PIB per capita médio igual 34.859 dólares. O PIB do Reino Unido são 3.643,83 mil milhões de dólares e per capita de 47.265 dólares. O PIB do Canadá soma 2.241 mil milhões de dólares e PIB per capita de 54.289 dólares. Ou seja: Os três aliados somam cerca de 25.800 mil milhões de dólares do PIB e cerca de uma média de 45.500 dólares de PIB per capita.
A Rússia contrapõe 2.057 mil milhões de dólares (2024, cálculo do FMI) de PIB e 14.391 dólares de PIB per capita.
O PIB varia muito conforme os membros da EU, mas podemos comparar com apenas um do meio da tabela. A Itália, por exemplo, tem um PIB superior ao da Rússia (2.373 mil milhões de de dólares), com apenas 59 milhões de habitantes, e um PIB per capita de 40.226 dólares. A média da EU é de 34.859 dólares.
Conclusão: O ocidente europeu com o seu aliado canadense tem condições mais do que suficientes para enfrentar a Rússia. Precisa é que a União Europeia se una na realidade e expurgue os elementos podres. Se estão a sabotar constantemente as decisões das comissões europeias e estão abertamente ao lado da Rússia, devem ser penalizados e afastados passivamente até eles compreenderem que a Europa tem que ter uma política comum e não pode continuar a depender dos EUA.
Todos dizem que têm problemas na economia e sustentabilidade. É universal, pois os recursos são mais escassos e a produção não pode aumentar indefinidamente. Já não se fabricam produtos para durar. É tudo para um curto prazo e as fábricas não pararem. Um circulo vicioso e pouca gente com possibilidades para consumir produtos inúteis.
Portanto os problemas económicos tanto atingem a Europa como os EUA e a Rússia.
Mas a Europa fica em vantagem desde que se una. Tem gente, poder nuclear, meios e preparação para ser auto-suficiente sem se submeter à chantagem das “tarifas” para ser obrigada a “comprar” produtos norte-americanos. Há outros mercados mais apetecíveis das nações emergentes que até querem negociar com a Europa sem chantagens nem “tarifas” malucas.
Porque razão esta migração gigantesca de povos para a Europa e EUA?
Se a Europa estivesse mal não seria tão procurada por tanta gente.
E o sonho do “senhor” não se concretizará. Basta ver o último evento dos BRICS na China onde a aliança entre a China e Rússia se fortaleceu, e o acolhimento de Putin foi tão destacado, como que a avisar que essa aliança é indestrutível. A China só tem beneficiado com a guerra que Putin arranjou na Ucrânia e não vai abdicar disso. E os EUA que se cuide, o que vai ser um pouco difícil porque a Administração Trump cortou as pontes todas com os antigos aliados fiáveis que sempre defenderam a retaguarda dos EUA. E ao contrário do que o Sr Trump diz, isso paga-se e não é a Europa e o Canadá que exploravam os EUA. Prestavam um serviço discreto e muito necessário para a segurança daquele país.
Os EUA atualmente estão sós, e os BRICS vão destruir o dólar.